quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Telescópios captam nova imagem de conjunto de estrelas a 5 mil anos-luz

Cygnus OB2 reúne mais de mil astros jovens e foi visto por três aparelhos.
Registro pode ajudar a saber como essas 'fábricas' se formam e evoluem.

Do G1, em São Paulo

Dois telescópios espaciais e um terrestre combinaram dados para formar uma nova imagem de um aglomerado com mais de mil estrelas jovens chamado Cygnus OB2, a 5 mil anos-luz de distância da Terra.
Só o telescópio Chandra, da agência espacial americana (Nasa), detectou 1.700 fontes de raios X, das quais 1.450 são provavelmente estrelas nesse aglomerado.

As imagens do Chandra são as que aparecem em azul e foram mescladas com informações infravermelhas do telescópio espacial Spitzer (em vermelho) e dados ópticos (em laranja) do instrumento terrestre Isaac Newton, que fica na ilha canária de La Palma.
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Cygnus aglomerado de estrelas  (Foto: Nasa/Divulgação) 
Cygnus OB2 é um aglomerado de estrelas jovens que fica a 5 mil anos-luz da Terra
 (Foto: Nasa/Divulgação)
 
Segundo os astrônomos, esse registro pode ajudar a entender como essas "fábricas" de estrelas se formam e evoluem.

Novo planeta 'vizinho' fica em região que poderia abrigar vida, diz estudo

Super-Terra' HD 40307g faz parte de um sistema que inclui seis planetas.
Corpo fica a uma distância de seu astro principal que favorece água líquida.

Do G1, em São Paulo

Um novo planeta localizado na "vizinhança" da Terra, a 42 anos-luz, poderia ter o clima e a atmosfera parecidos com os nossos e ser capaz de abrigar vida, aponta um estudo feito por astrônomos das universidades de Hertfordshire, na Inglaterra, e Goettingen, na Alemanha.

Essa "super-Terra", denominada HD 40307g, fica em um sistema de seis planetas e orbita a chamada zona habitável, distância da estrela principal onde a água, se estiver presente, pode ser encontrada em estado líquido.

Superterra planeta (Foto: J. Pinfield/University of Hertfordshire) 
 
Concepção artística mostra 'super-Terra' à esquerda, orbitando a estrela (mais brilhante) e outros 2 planetas do sistema. Ainda não se sabem detalhes sobre esse corpo (Foto: J. Pinfield/Universidade de Hertfordshire)
 
Anteriormente, os cientistas acreditavam que esse sistema reunia apenas três planetas em volta do astro anão HD 40307, mas uma nova análise de dados permitiu detectar outros três corpos, incluindo o HD 40307g – que tem pelo menos sete vezes o tamanho da Terra, um ano de 197,8 dias e está longe de sua estrela a uma distância de 90 milhões de quilômetros. Nosso planeta, por exemplo, está a cerca de 150 milhões de quilômetros do Sol.

Segundo a equipe coordenada pelos pesquisadores Mikko Tuomi, de Hertfordshire, e Guillem Anglada-Escude, de Goettingen, assim como a Terra, o novo planeta também poderia ter um movimento de rotação sobre o próprio eixo, o que criaria um efeito de dia e noite semelhante ao nosso.

Segundo os cientistas, sistemas como esse serão alvo da próxima geração de supertelescópios, tanto espaciais quanto terrestres.

No início do ano, a sonda espacial Kepler, da Nasa, descobriu um planeta com órbita parecida com a da Terra, chamado de Kepler 22d. Só que esse corpo fica muito distante, a 600 anos anos-luz daqui.

Descoberta explica comportamento anormal de nebulosa planetária

Astrônomos não tinham consenso para explicar jatos simétricos.
Estudo do Observatório Europeu do Sul foi publicado pela 'Science'.

Do G1, em São Paulo

 
Nebulosa planetária Fleming 1 (Foto: ESO/H. Boffin)
 
Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (8) resolve uma questão que os astrônomos tentavam solucionar havia tempos. A observação feita pela equipe do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), do qual o Brasil faz parte, confirmou uma teoria já existente, e pode servir ainda para aprimorá-la.

O estudo é sobre um fenômeno conhecido como nebulosa planetária que, apesar do nome, não envolve um planeta, de fato. Uma nebulosa planetária é uma concha brilhante de gás situada em torno de anãs-brancas – estrelas do mesmo tipo que o Sol, no último estágio de vida.

Mais especificamente, a nebulosa estudada foi a Fleming 1, conhecida por ter jatos extraordinariamente simétricos, o que é estranho para conjuntos como esse. Os astrônomos nunca haviam chegado a um consenso para explicar esse comportamento atípico.

O grupo liderado por Henri Boffin combinou observações do telescópio VLT e dados anteriores e concluiu que, no centro dessa nebulosa não há apenas uma, mas sim duas estrelas, que giram uma em torno da outra.
Pares como esse são conhecidos como estrelas binárias, e a hipótese já tinha sido apresentada para explicar esse fenômeno. Com a descoberta, os cientistas melhoram a compreensão de como esses conjuntos se formam no Universo.

"Os nossos resultados confirmam de modo consistente o papel desempenhado pela interação entre pares de estrelas, no sentido de darem forma, ou até formarem, as nebulosas planetárias," afirmou Boffin, em material divulgado pelo ESO.

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