terça-feira, 28 de abril de 2009

Astrônomos detectam 'gêmeo gordo' da Terra fora do Sistema Solar


Concepção artística mostra o planeta rochoso (à esquerda) em seu sistema estelar (Foto: AP/ESO)


Planeta tem menos de duas vezes o tamanho do nosso, diz pesquisa.Objeto foi detectado a cerca de 20 anos-luz daqui.

Da Associated Press

Pesquisadores ligados à Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul anunciaram nesta terça (21) a descoberta do menor exoplaneta (ou seja, um planeta que fica fora do Sistema Solar) já encontrado. Apelidado pelo astrônomo suíço Michel Mayor e seus colegas de "Planeta e", o objeto é um gêmeo mais gordo da Terra, com pouco menos de duas vezes a massa de nosso planeta e provável composição rochosa. O objeto está na constelação de Libra, no sistema estelar Gliese 581, a 20,5 anos-luz daqui. No entanto, as chances de ele abrigar vida são baixas, porque ele está muito perto de sua estrela e, por isso, deve ser quente demais.

Planetas 'caem' dentro de sóis e desaparecem, diz estudo


O planeta Gliese 581 E é o mais leve fora do sistema solar

Da BBC

Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que alguns planetas descobertos fora do nosso sistema solar "caem" dentro de seus próprios sóis e desaparecem. Segundo o astrônomo Rory Barnes, da Universidade de Washington, trata-se da primeira prova de um fenômeno já previsto por modelos computacionais no ano passado, que mostravam que a força da gravidade é capaz de "puxar" um planeta para dentro de seu sol. "Quando examinamos as propriedades de planetas extra-solares, podemos ver que esse fenômeno já ocorreu com alguns deles", afirmou Barnes. Os modelos computacionais apontam a localização dos planetas em um determinado sistema solar, mas a observação direta mostrou que, em alguns desses sistemas, os planetas que deveriam estar mais próximos de seu sol não existem mais.

Segundo os cientistas, a proximidade entre esses astros faz com que um "puxe" o outro com uma força gravitacional cada vez mais intensa, que causa uma deformação na superfície do sol, provocando ondas na sua superfície gasosa. "As ondas distorcem a forma dessas estrelas, e quanto maior essa distorção, mais rapidamente as ondas 'puxam' o planeta para dentro", explicou Brian Jackson, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, e chefe da equipe de pesquisadores.

Massas gasosas
A maioria dos planetas descobertos fora do nosso sistema solar são gigantes massas gasosas, como Júpiter, mas ainda maiores que este planeta.Entretanto, no início deste ano, astrônomos detectaram um planeta extra-solar mais parecido com a Terra do que qualquer outro encontrado até o momento.

Batizado de CoRoT-7 B, o astro tem uma órbita a cerca de 2,4 milhões de quilômetros de seu sol - uma distância menor do que Mercúrio está do nosso Sol. Com isso, o planeta estaria em vias de ser 'absorvido'. "A destruição deste planeta é lenta, mas inevitável", decretou Jackson."As órbitas desses planetas mudam em uma ordem de dezenas de milhões de anos. Em um certo momento, o planeta fica tão perto de seu sol que, começa a ser desmantelado por ele", disse o cientista."Ou o planeta é destruído antes de atingir a superfície do sol, ou, no processo de destruição, sua órbita acaba entrando em intersecção com a atmosfera desse sol e o calor dele faz o planeta desaparecer."

Os cientistas esperam que o estudo, a ser publicado no Astrophysical Journal, facilite a compreensão de como as estrelas destroem planetas e como esse processo afeta as órbitas planetárias.

Astrônomos detectam objeto mais distante já visto no Universo


Imagem do mais distante disparo de raios gama já detectado (Foto: Nasa)

Astrônomos de diversos países descobriram o objeto mais distante do universo, depois que um satélite em órbita detectou uma explosão de raios gama que teria ocorrido há 13 bilhões de anos. "Trata-se da explosão de raios gama mais remota já detectada, e é também o objeto mais distante já descoberto", assegurou Nial Tanvir, que liderou a equipe que faz as observações no Very Large Telescope (VLT), no norte do Chile, parte do ESO (Observatório Europeu do Sul).Na quinta-feira passada, o satélite Swift, da Nasa, detectou uma explosão de raios gama de dez segundos de duração na constelação de Leão. Rapidamente um grupo de telescópios localizados em diferentes partes do planeta, acompanhou a explosão até que seus efeitos desaparecessem.

As explosões de raios gama são invisíveis aos humanos, mas após liberarem uma intensa explosão de radiação muito energética, são detectáveis durante poucas horas na luz visível e mediante raios infravermelhos próximos. Através das observações infravermelhas realizadas durante as 17 horas seguintes à explosão pelo VLT, foi possível estabelecer a maior distância já observada em um objeto cósmico. Como a luz se movimenta a uma velocidade finita, olhar mais longe no universo significa retroceder no tempo, por isso que a explosão ocorreu quando o universo tinha cerca de 600 milhões de anos. "Agora podemos ter certeza de que explosões ainda mais remotas serão descobertas no futuro, o que abrirá uma janela no estudo das primeiras estrelas", afirmou Tanvir.

EFE

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...