quarta-feira, 24 de outubro de 2007

China lança com sucesso satélite para orbitar a Lua

Imagem divulgada pela agência oficial Xinhua mostra momento do lançamento (Foto: AP)

China lançou nesta quarta-feira (24) com sucesso o Chang'E 1, primeiro satélite do país asiático que orbitará ao redor da Lua. A iniciativa representa um passo decisivo no programa espacial do país asiático, que espera enviar seus astronautas a esse satélite por volta de 2020. O nome Chang'e-I é inspirado em uma deusa tradicional chinesa: segundo a lenda, ela viajou à Lua e habita nela. O satélite foi lançado às 18h05 (8h05 de Brasília) a partir da base espacial de Xichang, na província de Sichuan. O Chang'e-I deve entrar na órbita de transferência entre a Terra e a Lua em 31 de outubro, e em 5 de novembro alcançará a órbita lunar para explorar o astro por um ano. A nave fotografará a superfície do satélite e analisará a poeira lunar com câmeras e espectrômetros.

O lançamento é o primeiro passo do programa lunar chinês. Depois, outro veículo não-tripulado aterrissará na Lua. Mais tarde, dentro de cerca de 15 anos, deverão chegar ao satélite os primeiros astronautas chineses. A corrida espacial chinesa causa nervosismo entre países como Índia e Japão, que também querem desenvolver viagens espaciais, e Estados Unidos, que temem a utilização do programa com fins militares. O lançamento desta quarta foi o primeiro aberto a espectadores, após décadas de sigilo.

Fonte: G1

Duas mulheres no comando se encontram no espaço pela primeira vez

A comandante do ônibus espacial Discovery, Pamela Melroy (Foto: AP)

Um grande salto está prestes a ser dado para as mulheres. Quando o ônibus espacial Discovery for lançado ao espaço nesta terça (23), uma mulher estará sentada na cadeira de comando. E lá em cima, na Estação Espacial Internacional (ISS), uma outra estará esperando para saudá-la.
Esta será a primeira vez, em 50 anos da história espacial, que duas mulheres estarão no comando de duas tripulações ao mesmo tempo.

E isso não é jogada de marketing da Nasa, mas uma coincidência que agrada a comandante do ônibos espacial, Pamela Melroy, e a da estação espacial, Peggy Whitson.
"Para mim, é o que tem de mais interessante nisso tudo", disse Melroy, uma coronel reformada das Forças Armadas que se tornará a segunda mulher a comandar um vôo espacial. "Não foi algo planejado ou orquestrado para acontecer."Realmente, as duas semanas de Melroy na missão de construção na ISS foram originalmente planejada para ocorrer antes da missão de seis meses de Whitson. "Este é um acontecimento muito especial para nós", disse Melroy. "Há um número suficiente de mulheres no programa e coincidentemente isso poderia acontecer, o que é maravilhoso. Diz muito sobre os primeiros 50 anos dos vôos espaciais."Whitson -- a primeira mulher a chefiar uma estação espacial -- chegou ao posto avançado orbital a bordo da nave russa Soyuz em 12 de outubro. Ela viajou com dois homens, entre eles um cosmonauta que a acompanhará durante todo o período de seis meses.

Onze anos atrás, pouco antes de Shannon Lucid ser enviada à estação espacial russa Mir, um oficial russo disse durante uma entrevista ao vivo que ele estava contente pela presença de uma mulher na estação, porque "nós sabemos que mulheres adoram limpar".
"Não ouvi nada parecido dos russos", disse Whitson em entrevista à agência de notícias Associated Press na semana passada. "Os cosmonautas são muitos profissionais. Ter trabalhado e treinado com eles durante anos antes de chegar essa oportunidade facilitou as coisas, porque não se tornou algo diferente para eles."

"Então creio que tenho mais sorte. Provavelmente Shannon quebrou mais barreiras nesse ponto do que eu", acrescentou Whitney, que passou seis meses a bordo da estação espacial em 2002.Melroy, de 46 anos, ex-piloto de testes de Rochester, NY, e Whitson, 47, uma bioquímica com Ph.D. que cresceu em uma fazenda em Iowa, estão entre as 18 mulheres astronautas da Nasa. Setenta e três são homens.


A contagem regressiva para o lançamento do Discovery começou neste sábado. Este será o terceiro vôo de Melroy em uma nave espacial; no primeiro, ela era co-piloto.
Melroy se tornou astronauta em 1995 e Whitson, em 1996. E agora, pouco mais de dez anos depois, as duas protagonizam um encontro inédito na história espacial. Definitivamente um grande passo para as mulheres, já que até o ano de 1978 elas não eram aceitas como autronautas pela Nasa.

Fonte: G1

Ônibus espacial Discovery decola com sucesso na Flórida

O ônibus espacial Discovery partiu com sucesso às 13h38 (no horário de Brasília) de ontem (23) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). A nave leva ao complexo orbital o módulo "Harmony II", que vai unir os componentes japoneses e europeus.

A contagem regressiva começou no sábado (20), depois da Nasa ter determinado, na quarta, que os problemas detectados na cobertura das asas do Discovery não seriam uma ameaça à segurança do vôo. "Todos os nossos sistemas estão em bom estado. Não há nada a comentar", disse o responsável do lançamento, Charlie Blackwell-Thompson. A nave americana leva alimentos e equipamentos para a ISS, além do módulo Harmony II, que será agregado à estrutura da estação internacional durante cinco caminhadas ou atividades extraveiculares. Quatro das cinco caminhadas espaciais serão realizadas por tripulantes do Discovery e, a quinta, pelos ocupantes da ISS.

Este vôo espacial será o primeiro da história em que duas mulheres estarão no comando da nave e da Estação Espacial Internacional. O Discovery será comandado pela coronel Pamela Melroy, enquanto a ISS segue sob o comando da bioquímica Peggy Whitson. A tripulação do Discovery também inclui o italiano Paolo Ángelo Néspoli, astronauta da Agência Espacial Européia (ESA), a especialista Stephanie Wilson e os astronautas George Zamka, Scott Parazynski, Douglas Wheelock e Daniel Tani. Tani vai substituir o astronauta Clay Anderson no ISS, que voltará à Terra a bordo do Discovery. O módulo italiano Harmony II, que será instalado na ISS, aumentará o espaço interior do laboratório orbital e fornecerá pontos de conexão com os módulos europeu e japonês. Ele é similar ao módulo hexagonal Unity, que conecta as seções americana e russa na ISS.

O retorno da nave está previsto para 6 de novembro, às 7h47.

Fonte: G1

Restos de uma supernova


Explicar e entender os mecanismos que determinam o fim da vida de uma estrela de grande massa é muito difícil. Como se não bastasse isso, explicar e entender o que sobra depois da morte de uma estrela de grande massa, também não é nada fácil. Os remanescentes de supernova guardam mais perguntas do que respostas.


A fotografia acima, composta por imagens em raios-X e no visível, mostra bem a complexidade da fase final de estrelas com 10 ou mais massas solares. Este remanescente de supernova é conhecido como G292.0+1.8 e está a uma distância de 20.000 anos luz de nós na constelação do Centauro. Ele é conhecido como um dos três remanescentes de nossa galáxia a conter oxigênio.


Por isso, o G292 é alvo de constantes estudos.Esta última imagem do Chandra mostra estruturas complicadas em rápida expansão. Além de oxigênio, outros elementos pesados como neônio e silício foram produzidos durante a explosão. Estes (e mais outros) elementos químicos contaminam as nuvens de gás e poeira próximos e vão ajudar a formar outras estrelas e, quem sabe, novos sistemasplanetários.Para chegar a este grau de detalhes, o telescópio espacial Chandra ficou observando G292 durante seis dias seguidos. Mapeando a distribuição dos raios-X emitidos em diferentes bandas, podemos saber agora como os elementos químicos produzidos na explosão foram ejetados. Os resultados surpreenderam a todos, pois mostram que a explosão não foi perfeitamente simétrica.


Por exemplo, o azul (que representa silício e enxofre) e o verde (magnésio) estão concentrados no canto superior direito, enquanto o amarelo e o alaranjado (oxigênio) estão concentrados no canto inferior esquerdo. Esse padrão de cores também indica que a temperatura é maior na parte superior direita. É possível notar uma envoltória avermelhada que parece embrulhar toda a bolha. Esta é a frente de choque do gás expandindo e comprimindo o gás interestelar.A explosão da supernova deixou uma estrela de nêutrons em rápida rotação, ou um pulsar. Ele está localizado um pouco abaixo à esquerda do centro da imagem. Uma outra característica intrigante é a faixa de material claro correndo quase ao centro da bolha. Essa faixa é conhecida como "cinturão equatorial" e foi formada antes da explosão, provavelmente através de ventos equatoriais.


Outro mistério ainda não explicado é a localização do pulsar. Em princípio ele deveria estar mais ou menos no centro da bolha, mas ele está muito afastado. Isso indica que a estrela sofreu algum recuo durante a explosão, mas ninguém sabe como.Apesar de não ser um caso 100% explicado, o G292 é considerado um importante laboratório dos remanescentes de supernova. Tantos processos físicos em um só ambiente permitem fazer dele um livro texto para explicar outros remanescentes estudados.


Fonte: G1

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