quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Estudo revela características inéditas de planeta-anão 'irmão' de Plutão

Principal descoberta é que Makemake não possui atmosfera.
Corpo celeste fica no Sistema Solar, mais distante que Plutão.

Do G1, em São Paulo

Uma equipe internacional de astrônomos publicou nesta quarta-feira (21) o mais completo estudo já feito sobre o planeta-anão Makemake que fica no Sistema Solar, mais distante do Sol que Plutão. Os resultados obtidos pela pesquisa estão nas páginas da revista científica “Nature”.

A principal descoberta foi a constatação de que o planeta-anão não possui uma atmosfera, o que é uma surpresa. Até o momento, o que os cientistas imaginavam que ele teria uma, assim como Plutão, considerado um corpo celeste “irmão" de Makemake.

Concepção artística do planeta-anão Makemak (Foto: ESO/L. Calçada/Nick Risinger) 
Concepção artística do planeta-anão Makemak 
(Imagem: ESO/L. Calçada/Nick Risinger)
 
Makemake é menor que Plutão, com cerca de dois terços de seu tamanho. O planeta-anão de maior massa do Sistema Solar é Éris, que fica ainda mais distante que Makemake.

Até o momento, pouco se sabia sobre as condições do local. O estudo foi possível quando Makemake passou em frente a uma estrela, em um fenômeno conhecido na astronomia como “ocultação estelar” – a lógica é a mesma que a de um eclipse total, quando a Lua nos impede de ver o Sol.

O desaparecimento e o ressurgimento da estrela se deram de forma abrupta. Se Makemake tivesse uma atmosfera, como Plutão tem, essa alteração de luzes aconteceria gradualmente. O fenômeno ocorreu em abril de 2011, mas a leitura dos dados é complexa, e só agora foi possível publicar as conclusões.

O evento durou apenas um minuto foi observado por diversos telescópios situados no Chile e no Brasil – vários astrônomos brasileiros participaram da equipe responsável pelo projeto, inclusive. O líder do grupo foi José Luis Ortiz, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, na Espanha.

O estudo também revelou outras informações sobre a composição do planeta-anão, como a sua densidade e sua capacidade de refletir a luz do Sol.

Satélite europeu detecta ponte de gás quente que liga conjuntos de galáxias

Abell 399 e Abell 401 ficam a 1 bilhão de anos-luz de distância da Terra.
Temperatura na região chega a 80 milhões de graus Celsius.

Do G1, em São Paulo

O satélite Planck da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) fez a primeira detecção conclusiva de uma ponte de gás quente que liga dois aglomerados de galáxias: o Abell 399 (no centro da imagem) e o Abell 401 (no topo esquerdo).

Esses dois conjuntos, que reúnem centenas de galáxias unidas pela gravidade, ficam a 1 bilhão de anos-luz da Terra.

A ponte de gás se estende por cerca de 10 milhões de anos-luz, e a temperatura na região chega a 80 milhões de graus Celsius.

Aglomerados de galáxias (Foto: Sunyaev–Zel’dovich effect: ESA Planck Collaboration/optical image: STScI Digitized Sky Survey) 
Dois aglomerados de galáxias são ligados por uma espécie de ponte de gás quente, que aparece na cor laranja (Foto: Sunyaev–Zel’dovich effect: ESA Planck Collaboration/optical image: STScI Digitized Sky Survey)
 
A imagem acima foi feita com base em telescópios terrestres ópticos e, nas partes alaranjadas, com dados do satélite Planck – lançado em 2009 para fazer um mapa da radiação que restou do Big Bang, há mais de 13 bilhões de anos.

Anteriormente, o satélite de raios X XMM-Newton, da ESA, já havia sugerido a presença de gás quente dentro dos aglomerados de galáxias e também entre eles, mas essa evidência era insuficiente para uma conclusão.

Grande parte do gás ainda não foi detectada, e ela poderia estar entre os aglomerados, onde os filamentos são comprimidos e aquecidos.

Segundo os astrônomos, essa descoberta destaca a capacidade do Planck em sondar aglomerados de galáxias e seus arredores, examinando a ligação que existe com o gás que permeia todo o Universo e do qual esses aglomerados se formam.

Mantém-se o ALERTA METEOROLÓGICO


Apesar do dia ter amanhecido "ensolarado" em Além Paraíba, mantém-se o ALERTA METEOROLÓGICO.


FONTES: 

INPE-CPTEC
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
Estação Meteorológica Nº083/MG-5ºDISME-INMET
INMET-Instituto Nacional de Meteorologia

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