sábado, 3 de setembro de 2011

Estudo alerta para risco do lixo espacial ao redor da Terra

Da Reuters - O volume de entulho orbitando a Terra chegou a um "ponto extremo" para colisões, o que gera mais detritos e põe em risco astronautas e satélites, segundo estudo de uma instituição norte-americana de pesquisas divulgado nesta quinta-feira (1º).    A agência espacial norte-americana (Nasa) precisa de um novo plano estratégico para diminuir os riscos impostos por carcaças de foguetes usados, satélites descartados e milhares de outros pedaços de lixo espacial voando ao redor do planeta a velocidades da 28.164 quilômetros por hora, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA - uma organização privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica.


Mapa mostra quantidade de lixo espacial na órbita terrestre.
 (Crédito: Nasa / AP Photo)

Os detritos em órbita representam uma ameaça para os cerca de mil satélites comerciais, militares e civis na órbita do planeta - parte de uma indústria global que gerou US$ 168 bilhões em receita no ano passado, de acordo com dados da Associação da Indústria de Satélites.
O primeiro choque espacial ocorreu em 2009, quando um satélite de telecomunicações da Iridium e um satélite russo não-operacional colidiram 789 quilômetros acima da Sibéria, gerando milhares de novos detritos em órbita.
A colisão aconteceu após a destruição, em 2007, por parte da China, de um de seus satélites climáticos fora de uso como parte de um teste amplamente criticado de mísseis anti-satélite.
O volume de detritos em órbita monitorados pela Rede de Vigilância Espacial saltou de 9.949 objetos catalogados em dezembro de 2006 para 16.094 em julho de 2011. Quase 20% dos objetos são provenientes da destruição do satélite chinês Fengyun 1-C, afirmou o Conselho de Pesquisa Nacional.
Alguns modelos computacionais mostram que a quantidade de lixo em órbita "chegou a um nível extremo, com detritos suficientes em órbita para causar colisões contínuas e criar ainda mais destroços, o que aumenta o risco de falha de viagens espaciais", disse o conselho em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, como parte de seu relatório de 182 páginas.
Além de mais de 30 descobertas, o painel fez recomendações para a Nasa sobre como diminuir e melhorar a situação do lixo espacial, o que incluiria a colaboração do Departamento de Estado para desenvolver um sistema para regular a remoção de lixo espacial.
Atualmente, por exemplo, acordos internacionais proíbem países de remover ou coletar objetos espaciais de outros países.

Sonda europeia identifica cratera em Marte onde pode ter havido água

Do G1, em São Paulo -  A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), detectou o caso raro de uma cratera em Marte que um dia teria sido preenchida por um lago.

A evidência, segundo os cientistas, ocorre pela presença de um delta (foz em forma de leque com vários braços de água e sedimentos) na cratera Eberswalde, que tem 65 quilômetros de diâmetro e fica nas montanhas ao sul do planeta vermelho. A descoberta aponta, portanto, para um passado bem mais úmido que o solo árido de hoje, com a existência de água em estado líquido na superfície.

Cratera Eberswalde é a menor, à direita, e Holden é a maior
 (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))


Na imagem acima, Eberswalde – que se formou há 3,7 bilhões de anos, quando um asteroide atingiu Marte – aparece como um semicírculo (menor, à direita da foto), já que a borda ficou intacta e visível em apenas um dos lados.
Um impacto posterior formou a cratera Holden, de 140 quilômetros de diâmetro. Ela pode ser vista à esquerda na imagem e também teria abrigado água líquida, algo indicado pela diversidade de minerais e diferentes estruturas que apresenta. O choque expulsou grande quantidade de material e enterrou parte da cratera menor.
No entanto, na parte visível de Eberswalde, o delta – que cobre uma área de 115 quilômetros quadrados – e seus pequenos e sinuosos canais de alimentação estão bem preservados, como pode ser visto no canto superior direito da cratera. Esse tipo de estrutura foi identificado pela Nasa pela primeira vez com a sonda Mars Global Surveyor.

A margem da cratera Eberswalde está intacta em sua parte nordeste
 (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))

As duas crateras marcianas estavam na lista dos quatro possíveis destinos de um robô da missão Mars Exploration Rover, que deve ser lançada ainda este ano. Mas a cratera Gale venceu a disputa, e ela também concentra minérios e estruturas relacionadas à presença de água no passado.

O principal objetivo da agência espacial americana é procurar ambientes habitáveis atuais ou antigos no planeta. Até lá, a sonda europeia Mars Express buscará o melhor lugar para o pouso.

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