quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Espelhos de supertelescópio são 'embalados' em latas para transporte



Partes do instrumento começam a chegar a unidade da Nasa nos EUA.
James Webb deve ser lançado ao espaço até 2018 e substituir Hubble.

Do G1, em São Paulo

O supertelescópio espacial James Webb, que deve lançado pela Nasa até 2018 para substituir o Hubble, começa a chegar à unidade da agência em Maryland, nos EUA. O instrumento teve 18 de seus 21 espelhos "embalados" em latas de metal para ser transportado do estado americano do Colorado até o Centro de Voo Espaciais Goddard, na cidade de Greenbelt.

A transferência está sendo feita por partes, pela empresa Ball Aerospace & Technologies Corp., responsável pela fabricação. Esta semana, duas delas já aterrissaram na Nasa.

O instrumento deve ser o mais poderoso já construído, com quatro tipos de espelhos e o principal deles nove vezes maior que o do Hubble. Mais de 75% do hardware, porém, ainda está em fase de produção ou testes.
Telescópio James Webb Nasa (Foto: Ball Aerospace/Nasa/Divulgação) 
Telescópio James Webb terá 21 espelhos; acima estão 18, que vão atuar juntos
 (Foto: Ball Aerospace/Nasa)
 

O principal espelho do James Webb, com 6,5 metros de altura e uma área de 25 metros quadrados, deve unir esses 18 espelhos menores, que vão trabalhar juntos para transmitir imagens de planetas e galáxias distantes em luz infravermelha. Isso significa que o instrumento será capaz de detectar objetos mais fracos, do início do Universo.

Na imagem abaixo, uma empilhadeira move a lata que contém um dos espelhos do telescópio.

Espelho James Webb (Foto: Chris Gunn/Nasa) 
Espelho do supertelescópio é transportado com extremo cuidado por empilhadeira
 (Foto: Chris Gunn/Nasa)
 
Os espelhos do James Webb são feitos de berílio, um elemento químico metálico usado para endurecer ligas que reúne qualidades como rigidez, baixo peso e estabilidade a temperaturas extremamente baixas. Como esse material não reflete muito em luz infravermelha, cada pedaço tem cerca de 3,5 gramas de ouro – que é altamente reflexivo.

O projeto, feito em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Agência Espacial Canadense (CSA), prevê toda uma nova geração de telescópios. O Hubble, seu antecessor, está em atividade desde 1990 e, desde então, tem feito importantes descobertas.

O nome James Webb foi dado em homenagem a um ex-administrador da Nasa, que garantiu infra-estrutura para as missões Apollo à Lua. Já Hubble vem do astrônomo americano Edwin Powell Hubble, que viveu entre o fim do século 19 e a metade do 20.

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