Partes do instrumento começam a chegar a unidade da Nasa nos EUA.
James Webb deve ser lançado ao espaço até 2018 e substituir Hubble.
O supertelescópio espacial James Webb, que deve lançado pela Nasa até
2018 para substituir o Hubble, começa a chegar à unidade da agência em
Maryland, nos EUA. O instrumento teve 18 de seus 21 espelhos "embalados"
em latas de metal para ser transportado do estado americano do Colorado
até o Centro de Voo Espaciais Goddard, na cidade de Greenbelt.
A transferência está sendo feita por partes, pela empresa Ball
Aerospace & Technologies Corp., responsável pela fabricação. Esta
semana, duas delas já aterrissaram na Nasa.
O instrumento deve ser o mais poderoso já construído, com quatro tipos
de espelhos e o principal deles nove vezes maior que o do Hubble. Mais
de 75% do hardware, porém, ainda está em fase de produção ou testes.
Telescópio James Webb terá 21 espelhos; acima estão 18, que vão atuar juntos
(Foto: Ball Aerospace/Nasa)
O principal espelho do James Webb, com 6,5 metros de altura e uma área
de 25 metros quadrados, deve unir esses 18 espelhos menores, que vão
trabalhar juntos para transmitir imagens de planetas e galáxias
distantes em luz infravermelha. Isso significa que o instrumento será
capaz de detectar objetos mais fracos, do início do Universo.
Na imagem abaixo, uma empilhadeira move a lata que contém um dos espelhos do telescópio.
Espelho do supertelescópio é transportado com extremo cuidado por empilhadeira
(Foto: Chris Gunn/Nasa)
Os espelhos do James Webb são feitos de berílio, um elemento químico
metálico usado para endurecer ligas que reúne qualidades como rigidez,
baixo peso e estabilidade a temperaturas extremamente baixas. Como esse
material não reflete muito em luz infravermelha, cada pedaço tem cerca
de 3,5 gramas de ouro – que é altamente reflexivo.
O projeto, feito em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA, na
sigla em inglês) e a Agência Espacial Canadense (CSA), prevê toda uma
nova geração de telescópios. O Hubble, seu antecessor, está em atividade
desde 1990 e, desde então, tem feito importantes descobertas.
O nome James Webb foi dado em homenagem a um ex-administrador da Nasa,
que garantiu infra-estrutura para as missões Apollo à Lua. Já Hubble vem
do astrônomo americano Edwin Powell Hubble, que viveu entre o fim do
século 19 e a metade do 20.