quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Foto revela estrelas 'ocultas' atrás de nuvens da Nebulosa de Órion

Do G1 em SP  - A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou uma imagem recente da Nebulosa de Órion, um berçário de estrelas a 1,5 mil anos-luz de distância da Terra e que esconde estrelas só possíveis de serem vistas com as lentes de potentes telescópios.

A foto foi feita com observações dos instrumentos Spitzer, da Nasa, e Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA). Ambos os equipamentos conseguem detectar radiação infravermelha, o que permite uma visão ampliada da região, com estrelas e regiões que não são possíveis de serem vistas apenas por telescópios que utilizem luz visível.

A Nebulosa de Órion é uma das regiões de gás e poeira mais conhecidas do espaço. Localizada na constelação de mesmo nome, é possível de ser observada com o auxílio de binóculos ou de telescópios pequenos.

 Estrelas escondidas atrás de nuvens de gás e poeira na Nebulosa de Órion. (Foto: Nasa / ESA / JPL-Caltech)

Telescópio ajuda a desvendar vida extraterrestre ao olhar para a Lua

Da EFE  -Uma equipe internacional de astrônomos desenvolveu uma nova técnica para determinar indícios de vida em outros planetas por meio da qual analisa a luz terrestre refletida na Lua, o que poderia superar dificuldades de métodos convencionais.
Os resultados do teste foram publicados na revista científica "Nature". O método estudou a Terra como se ela estivesse fora do Sistema Solar. A observação foi feita por meio do reflexo que o planeta projeta sobre seu satélite natural.

A equipe observou o fenômeno com o telescópio de longo alcance VLT, situado no deserto do Atacama, no Chile.

Lua na região do VLT, no Chile, refletindo parte da luz que a Terra recebe do Sol. (Foto: ESO/B. Tafreshi/TWAN)
 
O sol brilha sobre a Terra e sua luz se reflete por sua vez sobre a superfície lunar. Isso faz o satélite atuar como se fosse um grande espelho, que devolve a luz de volta para a Terra, segundo explicou Michael Sterzik, pesquisador do Observatório Europeu Austral e principal autor do estudo.

Os investigadores procuraram indicadores, como por exemplo certas combinações de gases na atmosfera terrestre, que são considerados indícios de vida orgânica, como a presença simultânea de metano, vapor de água e oxigênio.

Ao contrário de pesquisas anteriores, a nova técnica explora a polarização. Quando a luz se polariza seus campos magnético e elétrico têm uma orientação determinada (as ondas vibram numa direção concreta).
Precisamente, o que os investigadores mediram neste trabalho é como luz se polariza dependendo da superfície sobre a qual se reflete, explicou Enric Pallés, do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), que também faz parte do estudo.

Dependendo da superfície, gelo, nuvens, terra ou oceanos, a superfície se polariza num grau e cor determinado.

O grupo analisou a luz que refletia a Terra sobre a Lua como se fosse a primeira vez que vissem o planeta e essa luz indicou que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte de sua superfície está coberta por oceanos e outro "dado crucial": existe vegetação.

Os cientistas puderam inclusive detectar mudanças que se produzem na cobertura das nuvens da Terra e na quantidade de vegetação em diferentes partes do planeta (tudo isso com o reflexo sobre a Lua).

Esta nova forma de buscar vida extraterrestre busca superar métodos convencionais: a luz de um planeta distante é muito difícil de se analisar porque é eclipsada pelo brilho da estrela que o ilumina.

Para Stefano Bagnulo, pesquisador do Observatório de Armagh, no Reino Unido, a tentativa "é comparável a observar um grão de pó junto a uma lâmpada potente".

No entanto, o reflexo do planeta sobre seu satélite está orientado numa direção, o que permite sua análise de forma simples mediante técnicas que separam a luz polarizada da não polarizada.

Na sede do Observatório Austral Europeu em Garching, na Alemanha, analistas disseram que a descoberta pode contribuir para futuros descobrimentos em outros lugares do Universo.

"Se ela existe, encontrar vida fora do sistema solar depende exclusivamente de dispormos de técnicas adequadas", disse Palle, quem apontou que em dez ou doze anos o metódo poderia ser utilizado em telescópios.

A equipe do IAC admitiu que este novo "método não revelará dados sobre homenzinhos verdes ou vida inteligente, mas sua aplicação nas novas gerações de telescópios mais potentes poderia facilmente brindar a humanidade com a notícia de que há vida além de seu planeta".

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Japoneses divulgam análise de grãos colhidos no asteroide Itokawa

Do G1, em São Paulo  -  Cientistas japoneses analisaram cinco grãos de poeira coletados no asteroide Itokawa durante uma missão da agência espacial japonesa (Jaxa) que retornou à Terra em junho de 2010. O grupo encontrou indícios do impacto de partículas minúsculas, que deixaram marcas na superfície dos grãos.

Os pesquisadores verificaram o tamanho, o formato, a mineralogia e a geoquímica dos cinco grãos. Um dos objetivos era saber como um ambiente de baixa gravidade afeta a superfície dos asteroides que habitam o Sistema Solar.

A análise revelou que o asteroide sofreu inúmeros bombardeios de partículas com, no máximo, 1 micrômetro de tamanho -- um metro dividido em um milhão de partes. O impacto gerou crateras minúsculas e a aderência de partículas à superfície dos grãos. Ao todo, os pesquisadores estudaram 914 dessas irregularidades no material coletado no asteroide.

A missão japonesa Hayabusa, que estudou de perto o asteroide Itokawa durante 24 meses, retornou à Terra em junho de 2010, após passar sete anos no espaço.


Grãos de areia repletos de partículas e crateras minúsculas. (Foto: Jaxa / Divulgação)

Gli 'ufo' controllano nascita astri

Roma - Gli Ufo, figli di buchi neri, aiutano a rimescolare la materia delle galassie e a 'controllare' la nascita delle stelle. Lo ha scoperto un gruppo di ricerca guidato dagli italiani Francesco Tombesi della Nasa e Massimo Cappi dell'Istituto Nazionale di Astrofisica (Inaf) che ha esaminato gli Ufo (Ultra-Fast Outflows), ossia fiotti di materia espulsi a velocita' spaventosa dal centro di galassie che ospitano buchi neri giganteschi, emessi da 15 buchi neri al centro di altrettante galassie.

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Nel cosmo nano-collisioni fra polveri

Roma - Nel cosmo sono comuni anche le nano-collisioni e non solo i catastrofici scontri fra stelle: lo dimostrano i microcrateri scoperti sui grani dell'asteroide 25143 Itokawa esaminati grazie alla missione Hayabusa dell'Agenzia spaziale giapponese. I ricercatori, coordinati da Eizo Nakamura dell'un. di Okayama, hanno analizzato 5 grani di polveri del diametro di circa 50 milionesimi di metro raccolti sulla superficie dell'asteroide dalla missione tornata a terra con i campioni a giugno 2010.

www.ansa.it

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Astronomia para a terceira idade

Astronomia para a terceira idade

O Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP recebe inscrições para o curso Astronomia para a Terceira Idade a partir do dia 27 de fevereiro. As aulas acontecem a partir do dia 15 de maio e vão até o dia 19 de junho.

O curso, que tem 100 vagas, é gratuito e não é necessário ter conhecimento prévio sobre o tema. As aulas acontecem às terças-feiras e quintas-feiras, das 14 horas às 16h20, no IAG. As inscrições, que vão até o dia 4 de abril, devem ser feitas pelos telefones (11) 3091-2710, (11) 3091-2800 e (11) 3091-2814, das 8 às 17 horas. O IAG fica na Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária.

Fonte: Agência USP de Notícias

Mais Informações: site  http://www.astro.iag.usp.br/tercidade.htm

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Objeto que caiu do céu no MA seria tanque de foguete, diz Marcos Pontes

Objeto foi encontrado após moradores ouvirem barulho (Foto: Max Mauro Garreto/Arquivo Pessoal)

Do G! em SP -Um objeto que caiu do céu e assustou moradores de duas cidades do Maranhão na quarta-feira de Cinzas é provavelmente um tanque de um foguete utilizado para lançar satélites ao espaço, afirmou ao G1 o astronauta brasileiro Marcos Pontes.

O globo metálico foi encontrado por moradores de um povoado de Anapurus, a 280 km de São Luís, onde caiu a 6 metros de uma casa. A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que vai investigar a origem do objeto.

O G1 consultou especialistas em engenharia aeroespacial que afirmam haver grande possibilidade de a peça ser lixo espacial, assim como um pesquisador espacial ouvido pela agência russa Ria Novosti. Um centro de estudos espaciais americano previa a reentrada de um fragmento de foguete no dia 22 de fevereiro na atmosfera terrestre, próximo ao local onde a peça foi encontrada.

Segundo Pontes, que viu as imagens, "pelo tamanho, pelo aspecto, parece um tipo de um balão, um reservatório de algum tipo de combustível para controle de atitude [posição] de foguete ou de satélite", avalia o primeiro brasileiro a viajar para o espaço, em março de 2006. "Foguete é mais provável ainda. É a possibilidade mais plausível."

Segundo Pontes, "os tanques de nitrogênio [material usado para movimentar as válvulas de controle de combustível para foguetes de propulsão líquida] quase todos têm esse formato. Um globo é o mais lógico para manter pressão alta, como uma bolha de sabão, que fica esférica, com pressão para todos os lados. É a melhor forma de distribuição de energia", explica.

A Aeronáutica informou na tarde desta sexta-feira (24) que técnicos do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, foram até o local buscar a peça.

Alvoroço
O objeto, encontrado por um morador do povoado de Moraes, provocou alvoroço também entre os 10 mil habitantes de Mata Rosa, município vizinho. José Valdir Mendes, 46 anos, afirmou que a peça, do tamanho de um botijão de gás, com mais ou menos 30 kg, é oca e deixou um buraco de cerca de 1 metro em seu quintal.

“Escutei o barulho, tremeu até a perna. Fui olhar o que era. Pensei que era um avião que tinha caído, ou um terremoto”, contou. “Foi um alvoroço enorme aqui. Alguns com medo e receio com aquela história de 2012. Outros dizendo que era ‘alien’. Mas creio que é uma peça de satélite que caiu do espaço mesmo”, afirmou o professor Max Mauro Garreto, 25, morador de Mata Roma.

Internautas do G1 também enviaram suas hipóteses para o mistério: seria a bola um babaçu gigante, comum no estado? Uma bola que caiu da árvore de Papai Noel? A barriga da falsa grávida do interior paulista ou um ovo de coruja? Uma bola de um gol perdido do jogador Deivid ou um pênalti batido por Elano na Copa América? Alguns reclamaram ainda que o objeto errou o alvo e deveria ter caído em Brasília e muitos têm a mesma opinião de especialistas: seria um tanque de combustível de um foguete.
Lixo espacial
A agência de notícias russa Ria Novosti repercutiu o caso nesta sexta (24) e, segundo um especialista ouvido, a peça pertenceria a um foguete da família Ariane do consórcio espacial europeu Arianespace, responsável também pelo russo Soyuz e o italiano Vega. O foguete é lançado da base de Kuru, na Guiana Francesa, para colocar satélites em órbita.

A informação foi divulgada no site em francês da agência, que entrevistou o pesquisador espacial Igor Lissov. "Pode-se afirmar com alto grau de probabilidade que o balão esférico descoberto no estado do Maranhão é um fragmento do terceiro estágio do lançador europeu Ariane-4 lançado em 1997 do centro espacial de Kourou", disse Lissov. Segundo ele, comunicados entre pesquisadores norte-americanos confirmam a informação.

Trajetória.
A possibilidade de a peça pertencer a um foguete se explica, segundo Marcos Pontes, também pelo local onde o objeto metálico caiu e pelo estado em que foi encontrado. "A trajetória dele fica mais para o norte, ou seja, a peça teoricamente cairia no meio do oceano Atlântico. Seria mais provável. Mas pela proximidade, pode até ser de ele chegar por ali, no Maranhão", diz Pontes.

Além disso, explica ele, o foguete "sai do zero e passa por diferentes velocidades na atmosfera". "Esses objetos que estão no espaço em órbitas baixas, com o tempo vão perdendo velocidade e começam a reentrar. Sendo de um foguete, ele teria menos chance de queimar totalmente nessa entrada."

 Tanque de combustível do Ariane 5 (Foto: Divulgação/Formtech)

No Brasil, especialistas em engenharia aeroespacial afirmam que é difícil ter certeza absoluta sobre a origem da peça, mas que se trata, pelas circunstâncias, de lixo espacial. Segundo o coronel aviador da reserva Sebastião Gilberti Maia Cavali, que foi chefe da Divisão de Projeto Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Aeronáutica, não é uma peça de avião.

“De avião não é. Há várias hipóteses de ser um lixo espacial. É um reservatório de alguma coisa, de combustível, isso é certeza. Pode ser um lixo espacial de satélite ou de foguete, ou também podia estar em um balão, pode ter caído de algum outro equipamento”, diz.

De acordo com a Agência Espacial Europeia, os foguetes Ariane possuem tanques de combustível de titânio com um propelente chamado Hidrazina (N2H4). A imagem à esquerda é de um tanque do Ariane 5, um foguete que substituiu o Ariane 4. O G1 entrou em contato com a Arianespace para saber se a peça pertence ao foguete, mas ainda não obteve retorno.

O astronauta brasileiro afirma que a hidrazina é um dos combustíveis utilizados em propulsão mais fina, de foguetes pequenos, e poderia estar presente na esfera encontrada. "Mas é improvável, porque essa substância é usada geralmente só no espaço para mudar nesses foguetes. Se fosse, seria extremamente tóxica. Se quem mexeu não começou a ter reações sérias na pele em 15 minutos, provavelmente não é."

Local de queda
Segundo um centro de estudos americano especializado em lixo espacial, havia previsão de que fragmentos do foguete Ariane 4 readentrassem a atmosfera terrestre no dia 22 de fevereiro às 5h22 (horário de Brasília de verão) em qualquer um dos pontos nas linhas azul e amarela do mapa:


Linha mostra pontos prováveis em que peça teria readentrado a atmosfera terrestre (Foto: Reprodução/Center For Orbital and Reentry Debris Studies)
 
A Nasa possui um programa específico de monitoramento do lixo espacial e um manual em seu site alertando sobre esse tipo de material (veja aqui em inglês). Segundo a agência, existem hoje milhares de objetos orbitando em torno da Terra e outros milhões muito pequenos para serem rastreados, uma verdadeira poluição espacial. A grande maioria se deteriora ao retornar à atmosfera, outros objetos, não.

No Brasil, outra bola metálica caiu no município de Montividiu, em Goiás, em março de 2008, a 150 metros de uma casa. Dias depois, outro objeto despencou do céu, dessa vez na Austrália. E em dezembro de 2011, uma esfera caiu em uma região desabitada na Namíbia, país no sul da África.

Segundo a agência espacial americana, porém, a chance de ser atingido por um desses objetos de uma em um trilhão.


Esfera metálica que caiu no sudeste da África
 (Foto: Divulgação/NASA Johnson Space Center)



Em janeiro de 2001, o motor de titânio do PAM-D, um módulo assistente de lançamento do foguete Delta 2, readentrou a atmosfera e caiu na Arábia Saudita (Foto: Divulgação/NASA Johnson Space Center) 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Imagem em ultravioleta mostra erupção solar

Do G1 em SP


A imagem combina observações de vários instrumentos para mostrar o início de uma erupção solar. No processo, uma grande nuvem de partículas é liberada no espaço durante um período de dez horas, nos dias 9 e 10 de fevereiro. A imagem em laranja é o Sol visto pela luz ultravioleta. À direita, um filamento é expelido. A imagem em verde é uma combinação com a observação feita pelo coronógrafo COR1, um aparelho projetado para estudar a coroa solar (Foto: ESA/Nasa/Soho)

Cientistas descobrem novo planeta composto por água a 40 anos-luz

Da France Presse - Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pelo Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (em Cambridge, nordeste dos Estados Unidos) e pela Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b", descoberto em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa. Segundo estudos recentes de um grupo de astrônomos, ele tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água.

 Imagem divulgada pela Nasa mostra o planeta orbitando uma estrela vermelha há 40 anos-luz da Terra. (Foto: AFP Photo / Nasa / ESA / D.Aguilar)
 
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno).

Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.

"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltou comunicado conjunto do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e da Nasa. Os estudos foram realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.

Características
O "GJ1214b", situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso.

Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus celsius).

Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura.

No entanto, as observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.

As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.

O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor. Depois, os astrônomos conseguiram calcular a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que ele tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Telescópio espacial registra estrelas em torno de buraco negro

Do G1 em SP - strônomos divulgaram nesta quarta-feira (15) a descoberta de um aglomerado de estrelas jovens azuis, em torno de um buraco negro chamado HLX-1, a cerca de 290 milhões de anos-luz da Terra. Os cientistas usaram o Telescópio Espacial Hubble, parceria da Nasa com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O achado sugere que esse buraco negro tenha se formado no centro de uma galáxia anã, agora desintegrada. Segundo a equipe responsável, o estudo deve ter implicações importantes para a compreensão de como evoluem os buracos negros supermassivos.

A pesquisa foi liderada por Sean Farrell, do Instituto de Astronomia de Sydney, na Austrália, e publicada pelo “Astrophyisical Journal”.

 Imagem do Hubble mostra aglomerado de estrelas em torno de buraco negro (Foto: NASA, ESA, S. Farrell)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Foto mostra berçário de estrelas em formato de fita no espaço

Do G1 em SP -Uma fotografia divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra uma "fita" de poeira cósmica com aproximadamente 95 trilhões de quilômetros de extensão.

A imagem foi feita com o telescópio Apex, localizado no deserto do Atacama, no Chile. A região aparece próxima a uma estrela da constelação de Touro.

Conhecida como "Nuvem Molecular do Touro", a faixa se situa a 450 anos-luz de distância da Terra. A área apresenta grande formação de estrelas, com a poeira ao redor emitindo um brilho muito fraco, já que a temperatura chega a -260 graus Celsius. A essa temperatura, é necessário um instrumento sensível como o Apex para poder detectar comprimentos de onda tão grande, com quase 1 milímetro de extensão.

 A nebulosa molecular a 450 anos-luz da Terra, ao lado de estrela da constelação de Touro. (Foto: ESA)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Iphan avalia tombamento de crateras no Centro-Oeste e no Norte do país

Káthia Mello  -   Do G1 em DF -O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estuda transformar a Serra da Cangalha, no município de Campos Lindos, no Tocantins, em patrimônio nacional ou paisagem cultural devido a uma cratera causada pela queda de um meteorito há 240 milhões de anos.

 Imagem de satélite da Nasa feita em 2006 mostra a formação circular da cratera da Serra da Cangalha, no Tocantins (Foto: Divulgação/Nasa)
 
Com 13 km de diâmetro e paredes de mais de 400 metros de altura, a cratera da Serra da Cangalha é a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Domo do Araguainha, na divisa entre Goiás e Mato Grosso, que tem 40 quilômetros de diâmetro. O processo de preservação de Araguainha já está em andamento.

Nós não sabemos ler a Terra. As crateras são parte da história da Terra, que deve ser preservada. É um valor potencial que não pode ser destruído"   -Carlos Fernando de Moura Delphim, coordenador de Patrimônio Natural do Iphan em Brasília
 
De acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana, a cratera é a mais bem preservada entre as oito conhecidas no Brasil. A formação foi identificada em 1973 e, antes de sua descoberta, chegou a ser estudada como uma possível área de exploração de diamantes.

No fim do ano passado, a pedido da superintendência do Iphan em Tocantins, técnicos do órgão em Brasília estiveram na Serra da Cangalha para conhecer o local da cratera. O relatório preliminar realizado pelos técnicos após a visita à Serra da Cangalha vai recomendar a abertura de estudos para verificar se existem valores culturais para o tombamento.

De acordo com o coordenador de Patrimônio Natural do Iphan em Brasília, Carlos Fernando de Moura Delphim, o tombamento é benéfico para a ciência e o patrimônio histórico brasileiro. "O valor científico desse patrimônio é riquíssimo. Nós temos esse material aqui no Brasil à disposição. As crateras são importantes para que se possa estudar a história da evolução da Terra e também o universo. É como a página de um livro”, disse.

O documento elaborado pelos técnicos de Brasília, porém, será encaminhado para a Superintendência do Instituto no Tocantins. O órgão estadual é que vai dar o parecer final sobre a abertura ou não do processo de tombamento.


Paredão na área interna da cratera; no centro, área de floresta que se formou no local (Foto: Iphan/Divulgação)
 
De acordo com o Iphan, a cratera e parte da região onde ela está podem ser protegida como patrimônio natural nacional ou pode ser chancelada como paisagem cultural brasileira – figura criada pelo órgão em 2009, como um novo instrumento de preservação.

A chancela é uma inovação na forma de trabalhar o patrimônio cultural brasileiro, uma espécie de selo de qualidade de um trecho do território nacional que tem características especiais e mostram a diversidade de paisagens no Brasil.

O valor científico desse patrimônio é riquíssimo. Nós temos esse material aqui no Brasil à disposição. As crateras são importantes para que se possa estudar o aspecto da Terra e também estudar o universo"
Marcos Vasconcelos, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
 
"A preocupação do Iphan é mostrar e ampliar o repertório de bens reconhecidos como patrimônio natural", disse Delphim. “Nós não sabemos ler a Terra. As crateras são parte da história da Terra, que deve ser preservada. É um valor potencial que não pode ser destruído.”

O geólogo Marcos Vasconcelos, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também, defende o tombamento. Autor de uma dissertação de mestrado sobre a cratera de Araguainha e de uma tese de doutorado sobre a da Cangalha – ambas na Universidade de São Paulo (USP) –, ela diz que a preservação ajuda no estudo da cratera.


Forma de cangalha (sela usada em cavalos), que dá nome à serra onde está a cratera (Foto: Iphan/Divulgação)
 
“Torná-la patrimônio significa abrir as portas para a realização de mais pesquisas nacionais e internacionais. Isso pode facilitar nossas pesquisas com melhoria no acesso às rochas da cratera, com pavimentação e melhor infraestrutura e crescimento para o município”, disse.

Ao G1, Vasconcelos disse que o meteorito que deu origem à cratera caiu em diagonal, em um ângulo aproximado de 45 graus. Vasconcelos disse que as rochas da estrutura da Serra da Cangalha estão entre as mais bem preservadas do mundo, de acordo com pesquisadores alemães.

O nome da serra que batiza a cratera vem de uma parte da rocha que se formou com a queda do meteorito, que tem o formato de uma cangalha – espécie de sela usada em cavalos.

A cratera é uma das 11 formadas pelo impacto de meteoritos conhecidas na América do Sul – além das oito do Brasil, ainda há duas identificadas na Argentina e uma no Chile.

Tombamento de Araguainha
A cratera de Araguainha, na divisa Goiás-Mato Grosso está com estudos de recomendação de tombamento adiantados. De acordo com o Iphan, ela é a 16ª cratera do mundo em tamanho e idade estimada em 245 milhões de anos.

Segundo Delphim, o impacto do meteorito na região influenciou na formação do Rio Araguaia. "Vou fazer uma visita ao local ainda este ano para dar o parecer final sobre o tombamento. O processo será, então, encaminhado para o Conselho Consultivo do instituto", afirmou.

Misteriosa foschia nella Via Lattea

Roma - La scoperta sorprendente di una misteriosa foschia al centro della Via Lattea e la prima mappa delle gelide nubi di monossido di carbonio della nostra galassia: sono gli ultimi risultati del satellite Planck dell'Agenzia Spaziale Europea (Esa) che ha l'obiettivo di osservare la prima luce dell'universo. I risultati sono stati presentati a Bologna, presso il Consiglio Nazionale delle Ricerche (Cnr) da Esa, Agenzia Spaziale Italiana (Asi) e Istituto Nazionale di Astrofisica (Inaf).


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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Italian rocket Vega in European satellite advance

Kourou, February 13 - Italian-built rocket Vega carried out its first mission Monday, advancing Europe's ambitions in sending scientific satellites into orbit.

Vega took up two satellites and seven mini-satellites from the European Space Agency base in French Guiana.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Agência europeia diz que rotação de Vênus é mais lenta do que o previsto

Da EFE -A velocidade de rotação do planeta Vênus é inferior do que a comunidade científica tinha calculado até o momento, informou nesta sexta-feira (10) a Agência Espacial Europeia (ESA), que comparou suas últimas medições com as realizadas no começo da década de 1990.

Os cientistas estudaram os dados proporcionados pela sonda Vênus Express, que entrou em sua órbita em abril de 2006 para estudar em detalhe o planeta e sua atmosfera mediante seu Espectrômetro de Imagem Infravermelha e Visível, e comprovaram que havia detalhes de sua superfície que não apareciam onde eram esperados.

Se for mantido o ritmo de rotação calculado pelo satélite Magellan da Nasa no começo dos anos 90, os traços analisados teriam que estar situados a cerca de 20 quilômetros mais ao norte, segundo informou a ESA em comunicado.

 Vênus gira ao redor de seu eixo em aproximadamente 243 dias. (Foto: Nasa)
 
"Quando os dois mapas não coincidiram, a princípio pensei que havia um erro em meus cálculos, porque as medições do Magellan foram muito precisas, mas comprovamos qualquer possível falha que nos ocorreu", diz na nota o cientista planetário Nils Müller, do Centro Aeroespacial alemão DLR.

Os cientistas estabeleceram com os dados proporcionados pela missão do Magellan que uma rotação completa de Vênus equivalia a 243 dias da Terra, mas as observações da superfície facilitadas pela Vênus Express só poderiam coincidir com a primeira se seus dias fossem 6,5 minutos superiores ao calculado.

Recentes modelos atmosféricos mostraram que o planeta poderia ter diminuído seus ciclos climáticos durante as últimas décadas, o que também poderia ter feito variar os períodos de rotação, mas nenhuma das razões com que a comunidade científica trabalha é definitiva.

Outro dos cientistas ocupados neste projeto, Hakan Svedhem, diz que calcular a velocidade de rotação desse planeta ajudará a planejar futuras missões, porque 'será preciso informação precisa para selecionar lugares potenciais de aterrissagem'.

A ESA explica que na Terra o tamanho dos dias pode chegar a variar cerca de um milissegundo ao ano e se vê afetada pelos ventos e as marés nesse período.

Com missões como a Venus Express, se espera poder determinar como esse tipo de forças afetam Vênus, o que, segundo a ESA, ajudaria a descobrir, entre outros fatores, a composição de seu núcleo.

Nasa divulga imagens da aurora boreal vista do espaço

Sequência foi feita a partir de fotos tiradas na  Estação Espacial Internacional. (Foto: Nasa)

Da BBC - A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou o que seriam as primeiras imagens em movimento da aurora boreal, o fenômeno das luzes coloridas nas altas latitudes do hemisfério norte. Assista ao vídeo aqui (no site da BBC).

As imagens foram captadas em seqüência da Estação Espacial Internacional, que orbita a 350 quilômetros da superfície da Terra, e colocadas em ordem.

As auroras, boreal no norte, e austral no sul, ocorrem quando "ventos" de partículas carregadas de energia do sol interagem com os gases da atmosfera terrestre.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Observatório no Chile divulga criação do maior telescópio óptico virtual

Da France Presse - Cientistas do Observatório de Monte Paranal, no norte do Chile, anunciaram ter conseguido conectar os sinais emitidos pelos quatro telescópios mais potentes localizados nesse centro astronômico para criar o maior telescópio óptico virtual do mundo.

"No final de semana conseguimos finalizar o processo, depois de quase um ano. Pela primeira vez, pudemos fazer observações científicas através desse novo instrumento, e podemos dizer que já está pronto para ser utilizado" no futuro, disse à AFP Jean-Philippe Berger, astrônomo encarregado do processo.

No Monte Paranal, que fica 2.635 metros acima do nível do mar em pleno Deserto de Atacama, estão quatro grandes telescópios ópticos de 30 metros de altura e com espelhos de 8 metros de diâmetro cada um, que formam o Very Large Telescope (VLT).

Os astrônomos conseguiram conectar os sinais recebidos por eles por meio de uma técnica conhecida como interferometria -- conjunto de processos de medição de comprimentos e de índices de refração, ou de análise de superfícies ópticas, baseado na interferência da luz -- combinando a luz emitidas pelos quatro para obter uma imagem de maior resolução.

 Conjunto de telescópios no Observatório no Monte Paranal, no Chile. (Foto: ESO)

 
A partir de agora, os cientistas vão poder utilizar quando precisarem esta nova modalidade de observação, que, de uma forma virtual, permitirá contar com um espelho equivalente de 130 metros de diâmetro. Segundo Berger, o resultado final vai melhorar a resolução e a capacidade "zoom" dos aparelhos.

"Poderemos ver a superfície das estrelas, inclusive objetos que nunca haviam sido observados antes, como astros muito jovens ou algumas galáxias", explicou o astrônomo.

O Observatório de Paranal conta com duas redes de telescópios ópticos: os primeiros têm espelhos de 8 metros de diâmetro; e os segundos, menores, espelhos de 1,8 metro, já unidos mediante a interferometria em outubro de 2010.

A luz combinada proveniente destes sete instrumentos óticos forma o chamado VLT Interferômetro. Segundo Berger, é "muito difícil construir telescópios ópticos de tamanhos maiores" para conseguir visão melhor.
"Trabalhamos por isto durante muito tempo e estamos contentes de poder começar a fazer ciência" com ele, disse Berger.

O VLT do Observatório de Monte Paranal, a 1.100 km de Santiago, perto da cidade chilena de Antofagasta, é considerado o instrumento óptico mais avançado do mundo.

O sistema é operado pelo Observatório Europeu Austral (com sigla em inglês ESO), uma organização criada em 1962 integrada por 11 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Itália, Portugal, Suécia e Suíça.

A construção do Observatório de Monte Paranal começou em 1991, depois de sete anos de trabalhos de prospecção. Cerca de 350 mil metros cúbicos de rocha e terra foram removidos do cume desse monte para criar uma plataforma de 20.000 metros quadrados, onde foram instalados os telescópios e o Laboratório de Interferometria.

Por suas boas condições geográficas e climáticas, o Chile abrigará também, a partir de 2018, o E-ELT (European Extremely Large Telescope), que contará com um espelho de 42 metros de diâmetro e que levará sete anos para ser construído. Seu custo é calculado em 1 bilhão de euros.

Novo estudo explica luzes de buraco negro no centro da Via Láctea

Do G1 em  SP -Uma pesquisa publicada pela revista “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society” traz uma explicação para um fenômeno que acontece no centro da Via Láctea.

Lá fica um buraco negro supermassivo chamado Sagitário A*. A região é estudada pelo Observatório Chandra de Raios X, da Nasa, e pelo Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), que faz observações em infravermelho.

 Buraco negro Sagitário A*, no centro da Via Láctea 
(Foto: NASA/CXC/MIT/F. Baganoff, R. Shcherbakov et al. )
 
Há anos, os cientistas percebem a liberação de luzes em raios X a partir do buraco negro, mas nunca souberam explicar por que isso acontece.

O novo estudo sugere que, em volta de Sagitário A*, existe uma nuvem com trilhões de asteróides e cometas que se desprenderam de suas estrelas mães. Quando um desses corpos celestes passa perto – cerca de 150 milhões de quilômetros, mesma distância entre a Terra e o Sol – desse buraco negro, é quebrado em pequenos pedaços.

Os fragmentos seriam então vaporizados pelo atrito ao passar pela camada de gás quente. Nesse processo, segundo a teoria, são liberadas as luzes que os cientistas observavam havia anos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Telescópio chileno detecta detalhes de berçário estelar em infravermelho


Na comparação, a foto acima foi feita a partir de radiação infravermelha; abaixo, uma imagem
obtida com luz visível. (Foto: ESO)

Do G1 em SP -A imagem mais detalhada já obtida da Nebulosa de Carina, um berçário estelar a 7,5 mil anos-luz da Terra, foi divulgada nesta quarta-feira (8) por astrônomos que utilizaram instrumentos do Observatório Europeu do Sul (ESO).

Formada por poeira brilhante e gás, essa estrutura é o lar de Eta Carinae, uma  estrela que já foi a segunda mais brilhante do céu terrestre, por volta de 1840.

A nebulosa oculta detalhes de seu interior por conta da concentração de poeira no local, que bloqueia todo o espectro de luz visível das regiões que ficam atrás das nuvens de material particulado.

Esse obstáculo foi vencido com o uso do Telescópio Muito Grande (VLT), um dos principais da organização de pesquisa astronômica, localizado no Chile. O instrumento consegue detectar a radiação infravermelha que rompe a barreira de poeira e consegue chegar até nós.

A imagem abaixo é o resultado da união de centenas de fotografias justapostas, feitas com os dados colhidos pelo VLT durante o estudo da equipe do observatório da Universidade de Munique, coordenada pelo pesquisador Thomas Preibisch.


Na parte inferior esquerda da imagem da Nebulosa de Carina surge a estrela Eta Carinae, que já foi uma das mais brilhantes do céu noturno terrestre há mais de 170 anos. (Foto: T. Preibisch / ESO)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Agência Espacial Europeia revela novas provas sobre oceano em Marte

Da EFE -A Agência Europeia do Espaço (ESA) informou nesta segunda-feira (6) que seu satélite Mars Express apresentou provas que um oceano cobriu parte da superfície de Marte, algo que já se suspeitava, mas que ainda continua sendo objeto de controvérsia.

O estudo partiu de dados gerados durante mais de dois anos pelo radar Marsis, que alcançou o planeta vermelho em 2005. As informações recolhidas permitiram que os especialistas descobrissem que as planícies do hemisfério Norte estão cobertas por um material de baixa densidade.

Jéremie Mouginot, do Instituto de Astronomia Planetária e Astrofísica de Grenoble (IPAG), assegura que esses compostos parecem ser depósitos sedimentários, o que supõe "uma nova e sólida prova de que em outros tempos houve um oceano nessa área".
Ilustração mostra o hemisfério Norte de Marte, ocupado por oceano no passado.
(Crédito: C. Carreau / ESA)
 
O fato de que Marte já foi parcialmente coberto por um oceano era uma hipótese já trabalhada pela comunidade científica, mas essa descoberta apresenta melhores indícios para confirmá-la.

A certeza sobre a formação dessa massa de água continua sendo vaga. Acredita-se que pode ter sido originada há 4 bilhões de anos, quando o planeta vermelho apresentava condições meteorológicas mais amenas, ou há 3 bilhões, quando a camada de gelo da superfície se fundiu após um grande impacto.

O chefe da equipe da IPAG, Wlodek Kofman, explica que a Marsis penetrou o subsolo marciano, chegando a  80 metros de profundidade, onde recolheu provas de sedimentos e de gelo.

Por enquanto, os cientistas descartam que esse provável oceano tenha tido tempo suficiente para permitir o desenvolvimento de vida e asseguram que provas da mesma terão que surgir em pesquisas sobre épocas anteriores da história desse planeta
.
Os dados anteriores do Mars Express sobre a existência de água em Marte vinham da análise de imagens ou de informações mineralógica e atmosférica, mas não de uma visão tão próxima com as referências obtidas pelo radar.

O satélite vai seguir em atividade para investigar o possível paradeiro desse grande volume de água..

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Venere rallenta la sua rotazione

Mappa geologica di Venere (fonte: NASA Ames Reseach Center, U.S Geological Survey e Massachusetts Institute of Technology)
 
I giorni su Venere scorrono sempre più lenti. Rispetto a venti anni fa, infatti, il pianeta impiega ben 6 minuti e mezzo in più per completare la rotazione intorno al suo asse, un moto caratterizzato già da una lentezza da record visto che viene completato nell'arco di 243 giorni terrestri. Lo dimostra uno studio condotto dal DLR Institute of Planetary Research di Berlino e pubblicato nel numero speciale di febbraio della rivista Icarus ,interamente dedicata alle più recenti ricerche su Venere.

I ricercatori, guidati da Nils Mueller, hanno confrontato i dati raccolti tra il 1990 e il 1994 dalla sonda Magellan della Nasa con quelli della missione Venus Express dell'Agenzia spaziale europea (Esa) che dal 2006 è in orbita attorno a Venere. Dopo un'attenta revisione delle riprese radar di Magellan, grazie alla quale sono stati individuati alcuni punti di riferimento sulla superficie di Venere, Muller e colleghi sono andati alla ricerca delle stesse strutture nelle recenti osservazioni del pianeta nell'infrarosso ottenute dallo strumento Virtis, lo spettrometro a immagini in gran parte ideato, progettato e realizzato in Italia da ricercatori dell'Istituto nazionale di astrofisica (Inaf) e dalla Società Galileo Avionica del Gruppo Finmeccanica per conto dell'Agenzia spaziale italiana (Asi).

Grazie alla precisione delle immagini di Virtis, è stato possibile individuare a venti anni di distanza le stesse strutture della superficie del pianeta. Queste, pero', sono state trovate a 20 chilometri di distanza dai punti in cui avrebbero dovuto essere tenendo conto della velocita' di rotazione del pianeta. Da qui l'idea che Venere abbia visto crescere la durata del suo giorno di ben 6 minuti e mezzo.

Secondo gli esperti, il 'freno' che rallenta la rotazione di Venere e' la sua densa atmosfera. Moti ondulatori che si propagano sulla superficie del pianeta da questa enorme massa di gas, in gran parte composta da anidride carbonica e acido solforico, potrebbero creare degli effetti di attrito in grado di rallentare la rotazione del pianeta.

www.ansa.it 

Il 13 febbraio il primo volo di Vega

La base di lancio di Vega a Kourou (Guyana Francese) (fonte: ESA-S.Corvaja,2012)
 
E' stata fissata per il 13 febbraio, alle 11,00 (ora italiana) la data del primo volo del lanciatore europeo Vega dalla base di Kourou, nlla Guyana Francese. Lo rendono noto l’Agenzia Spaziale Europea (Esa), l'Agenzia Spaziale Italiana (Asi) e la Avio.

    Quello del 13 febbraio sarà un volo di qualifica, nel quale il piccolo lanciatore porterà in orbita nove satelliti, quattro dei quali italiani. Questi sono Lares (Laser Relativity Satellite), dell’Asi, ed AlmaSat-1, dell’università di Bologna, ed ii mini-satelliti E-St@, realizzato dal Politecnico di Torino, e UniCubeSat-GG, realizzato dal gruppo GAUSS della Scuola di Ingegneria Aerospaziale dell'università di Roma La Sapienza. Gli altri Cube-Sat sono Goliat (Romania), MaSat-1 (Ungheria), PW-Sat (Polonia), Robusta (Francia) e Xatcobeo (Spagna).

    La prima missione di Vega si chiama VV01 e la finestra di lancio prevista è di due ore, vale a dire che la possibilita’ di lanciare si estende a partire dalle 11,00 (ora italiana) alle 13,00 (ora italiana).  Costruito in Italia, negli stabilimenti della Avio a Collefero (Roma), Vega entra cosi’ a far parte della famiglia dei lanciatori europei, accanto all’Ariane 5, per carichi pesanti, e alla Soyuz, per carichi medi. A livello europeo il programma Vega è sostenuto, oltre che dall’Italia, da sei Paesi (Francia, Belgio, Olanda, Spagna, Svezia e Svizzera).

   Il primo volo di Vega, dopo il quale l’attività del lanciatore sarà gestita dalla francese Arianespace, è il punto di arrivo di un percorso di sviluppo cominciato in Italia all’inizio degli anni '90, con Asi e Avio, e negli ultimi nove anni guidato dall’Esa e  dalla Elv, la societa’ costituita al 70% dalla Avio e per il 30% dall'Asi. Le altre aziende italiane che partecipano al progetto ci sono Vitrociset, responsabile delle operazioni di terra, Telespazio, Cira, CGS, Selex Galileo.
www.ansa.it

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Planeta recém-descoberto é 'melhor candidato a abrigar vida' fora da Terra

Da EFE -Uma equipe internacional de cientistas descobriu um planeta a 22 anos-luz da Terra com mais possibilidades de ter água e vida que qualquer outro já descoberto. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (2) pela revista "Astrophysical Journal Letters".

O planeta GJ 667Cc tem, no mínimo, 4,5 vezes a massa da Terra. Com uma órbita que dura o equivalente a 28 dias terrestres, ele gira ao redor de seu sol em uma zona onde a temperatura não é nem quente nem fria demais para que exista água em estado líquido em sua superfície.


lustração do planeta GJ667Cc 
(Foto: Carnegie Institution for Science/Divulgação)
 
"Este planeta reúne as melhores condições para manter água em estado líquido e é, portanto, o melhor candidato a abrigar vida tal qual nós a conhecemos", explicou Guillem Anglada-Escudé, chefe da equipe que trabalhou na pesquisa pelo Carnegie Institution for Science, em Washington, nos Estados Unidos.

A órbita na qual está reúne as condições nas quais poderia existir água, sem necessidade de cumprir outros requisitos como acontece com alguns planetas descobertos que, por exemplo, precisariam de uma atmosfera com muitos gases estufa.

Os pesquisadores encontraram evidência de pelo menos um e possivelmente outros dois planetas orbitando a estrela GJ 667C.

O estudo indica que a estrela pertence a um sistema triplo e tem uma composição diferente do Sol, com concentração muito inferior de elementos mais pesados que o hélio como o ferro, o carbono e o silício.

Segundo os pesquisadores, isto indica que a existência de planetas habitáveis pode dar-se em uma maior variedade de ambientes do que se acreditava anteriormente.

A equipe descobriu que o sistema também poderia conter um planeta gigante de gás e outro astro maior que a Terra com um período orbital de 75 dias. No entanto, são necessárias novas observações para confirmá-lo.

Telescópio Hubble faz imagem de galáxia mais brilhante já descoberta

Da EFE -O Telescópio Espacial Hubble obteve imagens sem precedentes da galáxia mais brilhante descoberta até agora, graças a um fenômeno conhecido como lente gravitacional.

Uma lente gravitacional ocorre quando a gravidade de um objeto gigantesco, como o Sol, um buraco negro ou um conjunto de galáxias, causa uma distorção no espaço-tempo.

A luz procedente de objetos mais distantes e brilhantes se reflete e aumenta quando passa por essa região distorcida pela gravidade.

 Galáxia mais brilhante já detectada foi flagrada pelo telescópio Hubble.
(Foto: Hubble / Divulgação)
 
A Nasa (agência espacial norte-americana) informou que "esta observação proporciona uma oportunidade única para o estudo das propriedades físicas de uma galáxia que formava, de maneira vigorosa, estrelas quando o universo tinha apenas um terço de sua idade atual".

Jane Rigby e sua equipe de astrônomos no Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa em Greenbelt, Maryland, apontaram o telescópio Hubble em direção a um dos exemplos mais notáveis de lente gravitacional, um arco de luz de quase 90 graus no conjunto galáctico RCS2 032727-132623.

A vista que o Hubble obteve da galáxia distante é muito mais detalhada que a imagem que seria obtida sem a presença da lente gravitacional. A presença deste "amplificador" mostra como as galáxias evoluíram em dez mil milhões de anos, segundo a Nasa.

Enquanto as galáxias mais próximas à Terra estão plenamente maduras e se aproximam do fim de sua história como criadouro de estrelas, as galáxias mais distantes proporcionam testemunho dos tempos de formação do universo.

Estão tão distantes que a luz daqueles eventos cósmicos só alcança a Terra agora. As galáxias mais distantes não só brilham mais tênues no espaço, como também aparecem muito menores.

Em 2006 uma equipe de astrônomos que usou o Very Large Telescope (VLT, literalmente Telescópio Muito Grande, o instrumento óptico mais avançado do mundo) no Chile, mediu a distância do arco e calculou que esta galáxia aparece três vezes mais brilhante que as outras galáxias, vistas também através de lentes, descobertas antes.

Em 2011 os astrônomos usaram o Hubble para captar imagens e analisar a galáxia com o telescópio orbital.

Como é típico nas lentes gravitacionais a imagem distorcida da galáxia se repete várias vezes no conjunto de lente que aparece à frente. A tarefa dos astrônomos é reconstruir como se veria realmente a galáxia sem o efeito de distorção.

A aguda visão do Hubble permitiu que os astrônomos eliminassem as distorções e reconstruíssem a imagem como seria vista normalmente. A reconstrução mostra as regiões brilhantes onde se formam as estrelas, muito mais iluminadas que qualquer região de estrelas jovens na Via Láctea.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Foto de berçário de estrelas revela 'rosto humano' de perfil

Do G1 em SP -Uma foto divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) mostra uma região no espaço onde nascem estrelas que mais se parece com o rosto de uma pessoa vista de lado.
 
A curiosa imagem foi feita pelo instrumento Wide Field Imager, que está instalado em um telescópio do Observatório La Silla, no Chile. O berçário estelar fica a 7,5 mil anos-luz de distância da Terra -- 1 ano-luz equivale a cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.

O nome técnico da nebulosa é NGC 3324, mas ela também é conhecida como Gabriela Mistral, nome da poetisa chilena escolhida como Nobel de Literatura em 1945, por conta do rosto em perfil que parece ter sido formado pelos gases e poeira no local. A "maternidade" estelar se encontra na direção da constelação da Carina, típica dos céus do hemisfério Sul, e é composta de gás e poeira.

O local brilha por conta da radiação ultravioleta que é enviada pelas estrelas jovens e quentes existentes por ali. Na mesma região, é possível observar uma das principais nebulosas conhecidas no espaço: a Nebulosa da Carina, que serve de "abrigo" para Eta Carinae, um dos objetos mais famosos no espaço e que já chegou ser uma das estruturas mais brilhantes no céu há 150 anos.


 A nebulosa NGC 3324, com uma área que mais se parece com um rosto humano visto de perfil. (Foto: ESO)

A região de Eta Carinae, em outra imagem divulgada pelo ESO. (Foto: ESO)

Nasa divulga dados inéditos sobre matéria que circunda o Sistema Solar

Do G1 em SP -A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou dados de observações inéditas de átomos que circundam o Sistema Solar. Utilizando a sonda Ibex, astrônomos puderam captar elementos químicos vindos de regiões vizinhas e medir o volume desses materiais dentro e fora da heliosfera, a "bolha" ao redor do Sol que protege a Terra e outros planetas de raios cósmicos.

Os dados foram anunciados em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (31) nas dependências da Nasa. Seis estudos sobre os resultados colhidos pela missão Ibex serão divulgados na edição de fevereiro da revista "Astrophysical Journal", uma das principais publicações científicas sobre astronomia no mundo.

O estudo mostrou a diferença nos índices de hidrogênio, oxigênio e gás neônio dentro da zona de influência do Sol e na região de nuvens de poeira cósmica que circunda o Sistema Solar. Há uma década, uma outra missão da Nasa chamada Ulysses já havia detectado átomos de Hélio vindos de fora da "bolha" solar.

 Matéria interestelar circunda a 'bolha' que envolve o Sol (meio da imagem).
(Foto: Nasa / Reprodução)

 A heliofera acontece quando os ventos solares se encontram com o ambiente espacial entre as estrelas, que pressiona de volta o material vindo do Sol. Isso forma uma bola que não permite a entrada de partículas com elétrons a mais ou a menos. Apenas as partículas neutras conseguem penetrar dentro da heliosfera e serem detectadas, por exemplo, pela sonda Ibex.

Esses átomos que entram na heliosfera chegam até os painéis da sonda Ibex a uma velocidade de 83,5 mil quilômetros por hora, uma velocidade menor (11,2 mil km/h a menos) do que os cientistas previam antes com base nos dados da sonda Ulysses.

Outra conclusão corrigida pelos novos dados da Ibex é a de que o Sol se encontra, atualmente, na borda de uma região conhecida como Nuvem Interestelar Local. Os dados coletados pela sonda Ulysses fizeram os cientistas acreditar que o Sistema Solar já estivesse deixando essa região rumo a outras partes do espaço.
O estudo divulgado nesta terça-feira dá pistas sobre como essas nuvens afetam o formato e a composição da heliosfera. Ainda nas proximidades do Sistema Solar existe outra região chamada Nuvem G.

Os pesquisadores notaram que a Nuvem Interestelar Local não chega até a região de Alpha Centauri, onde o trio de estrelas mais próximas do Sol se encontra.


A Via Láctea, galáxia onde está o Sol, localizado em um dos braços espirais. 
(Foto: Nasa / Reprodução)
 
Nos próximos anos, quando as naves Voyager chegarem até as fronteiras do Sistema Solar, o estudo mais detalhado das partículas neutras e ionizadas será possível, segundo David McComas, cientista principal do projeto Ibex.

Hipóteses
As descobertas da missão Ibex levaram a equipe a uma dúvida: seria a região do Sol tão diferente quanto aos elementos químicos que a formam na comparação com as regiões vizinhas?

O questionamento veio após as medições mostrarem que o Sistema Solar e outras partes mais distantes da Via Láctea apresentarem concentrações maiores de oxigênio e menores do gás neônio do que a área que faz divisa com a heliosfera.

Para os cientistas, isso pode indicar que o Sol foi criado em uma região com menos oxigênio do que se pensava ou talvez que o oxigênio seja mais comum de ser encontrado "preso" em materiais galácticos como grãos de poeira e blocos de gelo.

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