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Foguete Pegasus XL leva satélite IRIS ao espaço.
(Foto: Reprodução / Nasa)
(Foto: Reprodução / Nasa)
A Nasa
lançou na madrugada desta sexta-feira (28) um telescópio espacial para
começar a desvendar os segredos da baixa atmosfera do Sol, região
desconhecida onde se formam os ventos solares que castigam a Terra
regularmente.
O satélite IRIS ('Interface Region Imaging Spectrograph') decolou no
foguete Pegasus XL, da empresa americana Orbital Sciences. O lançamento
ocorreu na base militar de Vandenberg, na Califórnia, às 2h27
GMT desta
sexta (23h27 de quinta, 27, em Brasília).
O IRIS ficará em uma órbita a 643 km da Terra antes de abrir seus painéis solares. O custo da missão é de US$ 182 milhões.
Esse telescópio ultravioleta pode captar imagens de alta resolução a
poucos segundos de intervalo nessa região pouco explorada do Sol situada
em sua superfície e sua coroa. A coroa se estende por vários milhões de
quilômetros, diluindo-se no espaço.
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O satélite IRIS ('Interface Region Imaging Spectrograph').
(Foto: Jim Dowdall / Nasa / Lockheed Martin / Via Reuters )
O objetivo dessa missão de pelo menos dois anos é entender como são
gerados os ventos solares carregados de partículas magnéticas nessa
misteriosa zona.
Assim, será possível melhorar a previsão sobre as tempestades
magnéticas que se dirigem para a Terra e que são um fator de perturbação
para a rede elétrica. Essa região do Sol é também uma fonte de emissões
de raios ultravioletas que têm um impacto na base da atmosfera e no
clima terrestre, de acordo com a Nasa.
"O IRIS vai ampliar nossas observações do Sol para uma região até o
momento difícil de estudar", explicou Joe Davila, do Centro Goddard de
Voos Espaciais da Nasa e responsável científico da missão IRIS.
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Região baixa da atmosfera do Sol, em imagem divulgada pela Nasa. (Foto: Nasa / AP Photo)