terça-feira, 14 de julho de 2009

Termina simulação de voo a Marte que durou 105 dias na Rússia

Oleg Artemev deixa o confinamento (Foto: Natalia Koleniskova/France Presse)

Os seis participantes da simulação de um voo a Marte saíram nesta terça (14) do módulo científico no qual permaneceram isolados do mundo por 105 dias. Às 14h de Moscou (7h de Brasília), os organizadores do experimento, do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia, abriram a comporta. As informações são da agência "Interfax".

O cosmonauta russo Serguei Riazanski, de 34 anos, foi o comandante da operação. Pouco depois de sair do módulo, ele disse estar "perfeitamente bem". Outros três russos, um francês e um alemão completaram a tripulação. Após um breve contato com a imprensa, a tripulação se submeteu a um exame médico. Todos devem voltar para casa ainda nesta terça, mas deverão comparecer ao IPBM a cada dois dias para acompanhamento. Iniciada em 31 de março, a experiência foi dividida em três partes: voo da nave pela órbita terrestre, trajeto a Marte e a estadia do aparelho na órbita marciana. O objetivo da simulação era testar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos integrantes da tripulação, permitindo aos cientistas estudar diariamente os efeitos do isolamento de longa duração.



A equipe comemora o fim de seu ordálio (Foto: Natalia Koleniskova/France Presse)

Essa foi a antessala do projeto chamado "Marte 500", que simulará um voo ao planeta vermelho com outra tripulação, cujo início está previsto para o final deste ano ou início de 2010. Os futuros seis voluntários permanecerão no simulador por 520 dias - o tempo da viagem de ida e volta a Marte - e uma estadia simulada de 30 dias na superfície marciana.


EFE

Novo mapa de Vênus sugere que planeta teve continentes e oceano

Dados foram obtidos por sonda com sensores de infravermelho.Hoje planeta é estufa gigante, quente o suficiente para derreter chumbo.

Da EFE

Vênus pode ter sido mais parecido com a Terra, com um oceano e um sistema de placas tectônicas que deu lugar à formação de continentes, segundo o primeiro mapa do hemisfério sul desse planeta elaborado com as câmeras de infravermelho da nave Venus Express. O mapa é o resultado de mais de mil imagens obtidas entre maio de 2006 e dezembro de 2007 por equipamentos com infravermelho que permitem ver através das densas nuvens que cobrem Vênus, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).



Concepção artística da nave Venus Express (Foto: ESA)


Antes, foram utilizados sistemas de radar para obter mapas de alta resolução da superfície de Vênus, mas esta é a primeira vez que se obtém um mapa que indica qual poderia ser a composição química das rochas. Os novos dados são compatíveis com as suspeitas de que os dois planaltos montanhosos de Vênus são antigos continentes produzidos por uma atividade vulcânica, que antes estiveram cercados por um oceano. "Não é uma prova, mas é compatível. Tudo o que podemos dizer, por enquanto, é que as rochas do planalto parecem diferentes das encontradas em outros lugares", afirma, em uma nota da ESA, o cientista alemão Nils Müller, que dirigiu os trabalhos cartográficos. Na opinião do cientista, a única maneira de ter certeza de que os dois planaltos de Vênus são continentes será enviando uma sonda a essas áreas. Embora a água de Vênus tenha desaparecido, ainda pode haver atividade vulcânica, afirma. "Vênus é um planeta grande, aquecido por elementos radioativos em seu interior. Deve ter a mesma atividade vulcânica que a Terra", afirma Müller. O mapa oferece aos astrônomos uma nova ferramenta para entender por que Vênus é tão semelhante em tamanho à Terra e, no entanto, evoluiu de forma tão diferente, afirma a ESA. A nave "Venus Express" foi lançada em 9 de novembro de 2005 e levou 155 dias para chegar à sua órbita operacional.

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