Observatório Alma abriu suas portas para cientistas nesta segunda (3). Rede de telescópios vai investigar profundezas do Universo.
Do G1, em São  Paulo - O projeto astronômico terrestre mais ambicioso (e caro) até hoje começou suas  operações nesta segunda-feira (3) no deserto do Atacama, no Chile. O  observatório Alma, uma parceria entre Chile, Europa, Ásia e Estados Unidos, está  oficialmente aberto para o uso de astrônomos.
“Alma” é a sigla em inglês para “Grande Rede Milimétrica/submilimétrica do  Atacama” – o que significa que a ferramenta vai investigar uma parte do espaço  que até agora era invisível para nós: as ondas milimétricas e submilimétricas  que estão entre a luz visível e a radiação infravermelha. Com isso, pela  primeira vez, os astrônomos poderão enxergar algumas das áreas mais profundas e  frias do espaço.
Antenas do observatório Alma sob a Via Láctea (Foto: José Francisco  Salgado/ESO) 
O projeto ainda não está finalizado. Cerca de dois terços das antenas  previstas para o observatório ainda estão em construção. Mas, mesmo assim, o  Alma já é o maior de seu tipo já construído – e também o mais caro. O total do  custo da empreitada passa de US$ 1 bilhão.
A primeira imagem feita pelo grupo, da galáxia da Antena (abaixo), foi obtida  por apenas 12 telescópios – bem menos que os 66 que estarão disponíveis quando o  observatório estiver terminado. Segundo os responsáveis pelo projeto, imagens  futuras serão maiores e de melhor qualidade.
A primeira fase de pesquisas do Alma deve durar nove meses e cerca de 100  projetos de pesquisa utilizarão suas instalações. Ao todo, os administradores do  observatório já receberam mais de 900 propostas de estudos.
Imagem da galáxia da Antena foi a primeira feita pelo observatório Alma 
(Foto: ALMA  (ESO/NAOJ/NRAO). 
Visible light image: the NASA/ESA Hubble Space Telescope)
 


 
 
