segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Projeto astronômico terrestre mais caro do mundo entra em operação

Observatório Alma abriu suas portas para cientistas nesta segunda (3).  Rede de telescópios vai investigar profundezas do Universo.

Do G1, em São PauloO projeto astronômico terrestre mais ambicioso (e caro) até hoje começou suas operações nesta segunda-feira (3) no deserto do Atacama, no Chile. O observatório Alma, uma parceria entre Chile, Europa, Ásia e Estados Unidos, está oficialmente aberto para o uso de astrônomos.

“Alma” é a sigla em inglês para “Grande Rede Milimétrica/submilimétrica do Atacama” – o que significa que a ferramenta vai investigar uma parte do espaço que até agora era invisível para nós: as ondas milimétricas e submilimétricas que estão entre a luz visível e a radiação infravermelha. Com isso, pela primeira vez, os astrônomos poderão enxergar algumas das áreas mais profundas e frias do espaço.

Antenas do observatório Alma sob a Via Láctea (Foto: José Francisco Salgado/ESO)

O projeto ainda não está finalizado. Cerca de dois terços das antenas previstas para o observatório ainda estão em construção. Mas, mesmo assim, o Alma já é o maior de seu tipo já construído – e também o mais caro. O total do custo da empreitada passa de US$ 1 bilhão.
A primeira imagem feita pelo grupo, da galáxia da Antena (abaixo), foi obtida por apenas 12 telescópios – bem menos que os 66 que estarão disponíveis quando o observatório estiver terminado. Segundo os responsáveis pelo projeto, imagens futuras serão maiores e de melhor qualidade.
A primeira fase de pesquisas do Alma deve durar nove meses e cerca de 100 projetos de pesquisa utilizarão suas instalações. Ao todo, os administradores do observatório já receberam mais de 900 propostas de estudos.

Imagem da galáxia da Antena foi a primeira feita pelo observatório Alma
(Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO).
Visible light image: the NASA/ESA Hubble Space Telescope)

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