sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Efeito previsto por Einstein permite estudo inédito de matéria escura

Aglomerado de galáxias Abell 1689 serve como lente gravitacional.  Descoberta é relatada na próxima edição da revista 'Science'.

Do G1, em São Paulo

 O aglomerado de galáxias Abell 1689 foi utilizado por uma equipe de astrônomos como uma lente gravitacional cósmica para o estudo da matéria escura pela primeira vez. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (19) é tema da próxima edição da revista Science.

Combinada com outra técnicas existentes, a experiência permitiu aperfeiçoar a medição de massa e energia no universo. A equipe foi liderada pelo cosmólogo da Universidade Yale Priyamvada Natarajan.

Com uso de dados fornecidos pelo Telescópio Espacial Hubble e de outros observatórios terrestres, os cientistas analisaram 34 galáxias do aglomerado localizado na direção da constelação de Virgem, a 2,2 bilhões de anos-luz da Terra. O trabalho permitiu detectar galáxias de fundo, opacas, cuja luz foi projetada e desviada pela influência gravitacional de Abell 1689.


O superaglomerado de galáxias Abell 1689, está a 2,2 bilhões de anos-luz da Terra e é um dos maiores conhecidos na atualidade. Por meio deste objeto, galáxias de fundo tiveram a luz projetada e desviada, sendo detectadas pelos telescópios e estudadas pela equipe liderada pelo cosmólogo Priyamvada Natarajan. (Foto: NASA, ESA, Eric Jullo / JPL, Priyamvada Natarajan / Yale, Jean-Paul Kneib / Université de Provence)

A energia escura é um dos principais mistérios da astronomia na atualidade. Descoberta em 1998, não pode ser vista, mas possui influência gravitacional e representa 72% de toda massa e energia detectada no universo. Cientistas acreditam que a pressão exercida pela matéria escura seria o motivo para a expansão acelerada do universo.

O efeito da lente gravitacional foi previsto pelo Albert Einstein durante a elaboração da Teoria Geral da Relatividade, no início do século XX. Segundo o físico alemão, corpos muito massivos possuem forte campo gravitacional, capaz de desviar até mesmo raios luminosos, realizando o mesmo papel de uma lente comum.

A constatação desta teoria foi em parte feita no Brasil, em Sobral (CE), durante experiência coordenada pelo britânico Arthur Eddington em 1919, um dos maiores entusiastas das ideias de Einstein. O desvio de estrelas, maior do que o previsto pela teoria anterior sobre gravitação, do inglês Isaac Newton, foi usado como uma das primeiras provas para as previsões do físico alemão.

Deformações na superfície da Lua sugerem 'encolhimento' do astro

Observações foram realizadas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.   Fotografias mostram escarpas antes detectadas em região equatorial.

Do G1, em São Paulo


 A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da Nasa, capturou imagens que mostram deformações na superfície da Lua, indicativos de um possível "encolhimento" do astro. O estudo com base nas fotografias, realizado por Thomas Watters, é conteúdo da próxima edição da revista Science.

Segundo o estudo, o satélite natural da Terra teria reduzido seu raio em 100 metros em um passado recente.


Escarpas são apontadas em foto divulgada pela Nasa nesta quinta-feira (19). (Foto: NASA / Goddard / Arizona State University / Smithsonian)

Escarpas antes observadas na região equatorial da Lua pelas missões Apollo 15, 16 e 17, agora foram descobertas em todo o globo do astro graças ao trabalho da LRO. Os registros feitos na década de 1970 foram feitos em uma região que com

"Um aspecto interessante das escarpas lunares é que elas aparentam serem jovens", afirma Watters, do Centro de Estudos Planetários e da Terra do Museu Nacional de Espaço e Aeronáutica dos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, as escarpas seriam traços do encolhimento do satélite. Conforme a Lua se encolheu, o manto e a crosta superficial foram forçados a responder, formando falhas. Deformações como essas são comuns em Mercúrio, astro sem atmosfera assim como a Lua.

Fotografia mostra 'erupção' em galáxia a 50 milhões de anos-luz

Composição de imagens de dois observatórios permite efeito.   Objeto está localizado na direção da constelação da Virgem.

Do G1, em São Paulo

Composição de imagem da galáxia M87, na direção da constelação da Virgem, vista nos dois hemisférios da Terra. O objeto apresenta um vulcão aparente, efeito causado pela presença de um buraco negro na região. A imagem é uma composição de fotografias do Telescópio Chandra e do observatório Very Large Array, nos EUA. (Foto: Raios-X - NASA/CXC/KIPAC/N. Werner, E. Million; ondas de rádio - NRAO/AUI/NSF/F. Owen)

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