sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Uma ‘caixinha’ de joias e um asteroide espalhafatoso


Saiu ontem uma nova imagem de uma das maravilhas do céu, na minha opinião. Trata-se do aglomerado Kappa Crucis, ou NGC 4755, porém mais conhecido como “caixinha de joias”. Esse aglomerado aberto de estrelas tem esse apelido por causa da miríade de estrelas coloridas agrupadas. É um aglomerado fácil de se achar, fica um pouco à esquerda do braço esquerdo do Cruzeiro do Sul e pode ser visto em ambientes escuros como uma pequena mancha cinza, mesmo a olho nu. Em telescópios pequenos já se revela uma pequena joia dos céus. Em um telescópio de 8 metros, revela-se esta maravilha.

Aglomerados abertos são compostos por estrelas jovens (a caixinha de joias tem “apenas” 16 milhões de anos) e estão em processo de separação. Diferentemente dos aglomerados globulares, que são velhos (bilhões de anos de idade) e as estrelas estão todas ligadas gravitacionalmente.

Intruso sobre a Indonésia
No começo deste mês, sem nenhum “aviso prévio”, um asteroide de aproximadamente 10 metros de comprimento entrou na nossa atmosfera, sobre a Indonésia, e explodiu, sem causar nenhum dano. Não se trata da enganação da cratera na Letônia! Essa explosão teve pouca repercussão na mídia ocidental, mas foi certamente um caso digno de nota, pois o asteroide era completamente desconhecido e nos apanhou de surpresa.


Sua explosão foi equivalente a de uma bomba de 50 quilotons, entre duas ou três vezes o poder de uma bomba atômica da época da Segunda Guerra Mundial. Essa detonação gerou uma onda de choque que disparou os sensores de infrassom que monitoram o tratado que baniu os testes nucleares. De início, esse evento foi confundido com um teste nuclear, mas logo a hipótese foi descartada. Estatisticamente, uma explosão assim é esperada a cada 2-12 anos. Agora os astrônomos estão procurando dados de observatórios e radares que fazem o contínuo monitoramento dos céus para estudar melhor esse objeto.


De todo modo, não se assuste. E bom feriado!


Postado por Cássio Barbosa

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Telescópio Espacial Hubble fotografa 'escombros' de explosão de estrela


Foto obtida pelo telescópio espacial Hubble mostra a "bagunça" que a explosão de uma estrela provoca. A imagem mostra a Nebulosa do Caranguejo, aglomerado de remanescentes de uma supernova de mil anos. Em seu centro há um pulsar, uma estrela de nêutrons com massa semelhante ao Sol mas com as dimensões de uma pequena cidade. Este 'miolo' da Nebulosa do Caranguejo tem uma rotação de aproximadamente 30 giros por segundo. (NASA, ESA, J. Hester, A. Loll-ASU; Davide De Martin, Skyfactory)

No centro da Nebulosa do Caranguejo, pulsar gira 30 vezes por segundo.Estrela de nêutrons tem o o tamanho de uma cidade pequena.

Do G1, em São Paulo

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Francisco Coelho Filho e sua contribuição na Astronomia Aficionada


FRANCISCO COELHO FILHO
(1908-2003)


Sua contribuição na Astronomia Adicionada

Nasceu em 12 de abril de 1908 no município de Granja, Ce. Formou-se em 1941 como Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Ceará. Trabalhou na Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará como Auditor Fiscal. Em 1946 casou-se com Alcidina Matos Coelho com quem teve cinco filhos. Foi prefeito da cidade de Xapuri no Acre em 1942 e exerceu também interinamente a Prefeitura de Aracoioba ,Ce, nos anos 1954-56. Como radioamador com o prefixo PY7VU hoje PT7VU, prestou inúmeros serviços de utilidade pública,pedagógicos e na difusão da Astronomia.

Pertenceu a várias associações e clubes de Astronomia, sendo fundador da União Brasileira de Astronomia, UBA e presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia - SBAA, a mais antiga do Brasil.

Em 31 de julho de 1967 inaugurou em seu sítio de Eusébio, Ce, o Observatório Astronômico Aldebaran, considerado o mais antigo do Ceará.

Sua extensa folha de serviços, principalmente na área pedagógica lhe valeu um prêmio do Projeto Rondon na forma de um Globo-Planetário de origem alemã.

Coelho também era um apaixonado pela natureza, em especial por plantas cultivando-as com o cuidado de manter uma placa com o nome científico e o popular de cada uma, foi também grande preservador e conservador da fauna, cultivando enorme respeito pelos animais (aves répteis e mamíferos) em seu sítio de Eusébio, Ce.

Sua morte ocorrida em novembro de 2003 com a idade de 95 anos, comoveu a todos nós que o admirávamos como colega e amigo. Esteve por duas vezes em Campinas e Americana onde nesta última participou de duas Semanas de Astronomia promovida pelo Observatório Municipal.


Síntese do texto original elaborado por sua filha Vera Lucia Matos Coelho – N.Travnik

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ESO divulga descoberta de mais 32 planetas fora do Sistema Solar


Concepção artística de planeta extra-solar com massa 6 vezes maior que a da Terra orbitando a estrela Gliese 667 C a um vigésimo da distância entre a Terra e o Sol. O sistema em que o exoplaneta se move é "triplo", com três estrelas. No desenho, ao fundo, as outras duas estrelas (ESO/L. Calçada)
Há aproximadamente 400 planetas extra-solares já conhecidos.Espectrógrafo Harps identificou mais de 75 desses corpos.

Do G1, em São Paulo

A Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira (19) a descoberta de 32 exoplanetas. Exoplaneta, ou planeta extra-solar, é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol. O anúncio foi feito pelo astrônomo Stephane Udry durante conferência internacional sobre exoplanetas realizada na cidade de Porto, Portugal. As descobertas foram feitas pela equipe do High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher (Harps), espectrógrafo (instrumento que analisa as características de uma fonte de luz) do telescópio de 3,6 metros da ESO em La Silla, no Chile. Nos últimos cinco anos, o Harps identificou mais de 75 dos cerca de 400 exoplanetas conhecidos, em 30 diferentes sistemas planetários.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nasa captura imagens de erupções no Sol

A Agência Espacial Americana (NASA) divulgou nesta terça-feira (13) imagens raras de uma erupção solar. A erupção foi muito intensa, e, de acordo com os cientistas da NASA, provocou uma nuvem de gás que ficou suspensa na órbita do Sol por forças magnéticas. O fenômeno durou 30 horas, e foi registrado no fim de setembro.

G1

Al Vaticano in mostra la copia del cannocchiale di Galileo


Tra gli oggetti piu' curiosi in mostra, oltre alla copia del primo cannocchiale di Galileo (esposto in copia essendo l'originale prestato ad altra esposizione), antichi astrolabi, l'atlante stellare di Johann Elert del 1801, i primi spettroscopi, gli strumenti da viaggio, preziosi telescopi d'epoca restaurati per l'occasione.

« 1 di 4 »

Rainews24.it

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Fim do mundo adiado


Boas e más notícias chegam do espaço. Na verdade, da Universidade do Havaí. O fim do mundo foi adiado (mais uma vez) de 2036 para 2068. (Ao menos no que diz respeito ao asteroide Apophis… Se não me engano, o mundo deve acabar em 2012 (antes da Copa e das Olimpíadas no Brasil!) segundo um e-mail que circula por aí.)

Há algum tempo atrás saiu uma previsão catastrófica que dizia que em 2036 as chances do asteroide Apophis acertar a Terra seriam de 1 em 45.000. Esse ainda é um valor bem baixo, mas comparando-se com as probailidades de asteroides de tamanho parecido acertarem a Terra (o Apophis tem algo em torno de 250 metros de comprimento), esse é um número “pouco confortável”.

Logo que essa previsão catastrófica saiu eu disse que era preciso aguardar mais dados para se ter uma previsão mais segura. O asteroide foi descoberto em 2004 e ficou famoso: o cálculo de sua órbita mostrava que havia uma chance em 37 de o Apophis acertar a Terra no dia 13 de abril de 2029 (por coincidência uma sexta-feira). Naquela época eu já dizia que era preciso esperar por mais dados para estabelecer parâmetros orbitais confiáveis. Logo, seis meses depois, ficou evidente que o risco não era tão grande assim. Mas esta sexta em 2029 ainda será especial: nesse dia o Apophis passará a menos de 30 mil km da superfície terrestre, o que dá um certo frio na barriga se nos lembrarmos que os satélites de comunicação geoestacionários estão a 36 mil km.

Então a previsão passou para 2036 com as tais uma chance em 45 mil. Mas agora saíram mais dados que ajudaram a refinar o cálculo da órbita do Apophis, jogando as chances para 1 em 250 mil. Na ocasião, este asteróide deve passar a 32 mil quilômetros da superfície terrestre. De qualquer maneira estamos salvos!

Essas mesmas contas empurraram o desastre para 2068. Por enquanto os números mostram uma chance em 300 mil de haver um impacto. Como se trata de uma previsão muito longa para um objeto que sofre perturbações gravitacionais do Sistema Solar todo, é possível que ela seja revisada. O Apophis está agora passando por trás do Sol, de modo que não é possível monitorá-lo, mas em 2010 ele estará visível novamente e novos dados serão obtidos. Essas informações novas refinarão ainda mais seus elementos orbitais, mudando outra vez a estimativa. Espero que para melhor!

Falando em impactos, um que deverá realmente acontecer é o da missão LCROSS na Lua nesta sexta-feira. O impacto deve ocorrer durante o dia no Brasil, de modo que nem adianta tentar observar, mas ele será transmitido ao vivo pela TV Nasa, começando por volta das 7h15 da manhã. Apesar de achar que haverá uma avalanche de gente pendurada no site, vale a pena tentar.

Cássio Barbosa
Observatório

Astrônomos descobrem anel gigante em torno de Saturno

O maior anel do planeta abrigaria 1 bilhão de Terras dentro de seu diâmetro.


Da BBC




Concepção artística do anel gigante em torno de Saturno: em seu diâmetro caberiam alinhados 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra (Foto: NASA/JPL-Caltech/Keck)

Cientistas da Nasa (Agência Espacial americana) descobriram um anel gigante em torno de Saturno, em cujo diâmetro caberiam alinhados 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra. Sua parte mais densa fica a cerca de 6 milhões de quilômetros de Saturno e se estende por outros 12 milhões de quilômetros, o que o torna o maior anel de Saturno. A altura do halo é 20 vezes maior que o diâmetro do planeta.

Se ele fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com Saturno no meio"

"Trata-se de um anel superdimensionado", definiu a astrônoma Anne Verbiscer, da Universidade da Virgínia em Charlottesville e uma das autoras de um artigo sobre a descoberta publicado na revista científica "Nature". "Se ele fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com Saturno no meio", comparou a cientista. Quase invisível Anne e seus colegas utilizaram uma câmera de infravermelho a bordo do telescópio espacial Spitzer para fazer uma "leitura" de uma parte do espaço dentro da órbita de Phoebe, uma das luas de Saturno.

As partículas estão tão distantes umas das outras que mesmo se você ficasse em pé em cima do anel, não o veria" Segundo a astrônoma, o anel é praticamente invisível por telescópios que utilizam luz, já que é formado por uma fina camada de gelo e por partículas de poeira bastante difusas. "As partículas estão tão distantes umas das outras que mesmo se você ficasse em pé em cima do anel, não o veria", disse Anne. Os cientistas acreditam que a lua Phoebe é que contribuiu com o material para a formação do anel gigante, ao ser atingida por cometas. A órbita do anel está a 27 graus de inclinação do eixo do principal e mais visível anel de Saturno.

saiba mais
Encontradas novas provas de que existe água em lua de Saturno
Lua de Saturno possui sob superfície oceano salgado, diz pesquisa
Em Saturno, são luas que formam anéis, não o contrário
Pesquisadores encontram microlua em meio aos anéis de Saturno

Mistério
Os cientistas acreditam que a descoberta do anel poderá ajudar a desvendar um dos maiores mistérios da astronomia - a lua Iapetus, também de Saturno. A lua foi descoberta pelo astrônomo Giovanni Cassini em 1671, que percebeu que ela tinha um lado claro e outro bastante escuro, como o conhecido símbolo yin-yang.

Segundo a equipe de Anne, o anel gira na mesma direção de Phoebe e na direção oposta a Iapetus e às outras luas e anéis de Saturno. Com isso, o material do anel colide constantemente com a misteriosa lua, "como uma mosca contra uma janela".

Lua será alvo de dois impactos planejados sexta-feira às 8h31

Sonda LCROSS vai analisar ‘poeira’ levantada, em busca de água.Nasa vai transmitir imagens a partir das 7h15 (hora de Brasília).


Do G1, em São Paulo



Sonda vai se separar do módulo Centauro 9 horas e 40 minutos antes do primeiro impacto (concepção artística: Nasa)

Às 8h31 desta sexta-feira (9) a sonda LCROSS, sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares, será “sacrificada” em nome da ciência, espatifando-se na superfície da Lua por ordem de seus controladores aqui na Terra. Mas qual é o sentido de arrebentar deliberadamente um equipamento que custou US$ 79 milhões (quase R$ 140 milhões)? Para os cientistas, é fácil justificar o sacrifício. Para buscar evidências de água em crateras lunares, está saindo até barato.

A TV Nasa vai transmitir amanhã as últimas imagens enviadas pela câmera da LCROSS a partir das 7h15. Para acessar a TV Nasa, clique aqui A sonda LCROSS viaja com o último estágio do foguete Atlas V que a lançou. O “subfoguete”, chamado Centauro, tem quase 13 metros de comprimento. Amanhã ele vai para o sacrifício primeiro, como batedor. O alvo escolhido é a cratera Cabeus, no polo sul lunar. Quando o Centauro atingir a cratera, produzirá uma nuvem de destroços que deve conter, entre outras coisas, vapor d’água, se as teorias estiverem corretas (leia mais sobre as premissas da missão abaixo). Essa nuvem de poeira e gás será analisada por vários telescópios na Terra e mesmo pelo Hubble, mas a principal fonte de análise será a LCROSS, que vai atravessá-la.

Durante a travessia, de apenas 4 minutos, a sonda deverá ser capaz de coletar e analisar amostras dos destroços, mandando de volta à Terra sua análise química. Não há margem para titubeios: a mesma rota que vai colocar a LCROSS no curso para “furar” a nuvem fará com que a sonda também se espatife depois contra a superfície da Lua. São 4 minutos para fazer valer US$ 79 milhões. Com tudo isso, a Lua terá a partir de amanhã, se tudo correr como planejado, duas novas cicatrizes de lembrança. Centauro vai deixar uma “cratera na cratera” de 20 metros de diâmetro por 4 metros de profundidade. A LCROSS será menos espalhafatosa: a trombada vai abrir uma depressão de 14 metros de diâmetro por 2 m de profundidade. Premissas teóricas A ideia é que possa existir água depositada em crateras nos polos da Lua, onde o Sol nunca bate. Com isso, a água trazida por impactos de cometas, por exemplo, deve estar eternamente congelada. Como elas nunca são iluminadas pelo Sol, o gelo não evapora. Cabeus é uma cratera com alta concentração de hidrogênio – e as chances de ser água são muito grandes. Ela tem o fundo relativamente plano e não tem rochas em seu interior que possam impedir o choque Centauro diretamente no fundo da cratera. Por que procurar por água na Lua? Para viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração é preciso ter acesso à água. "Simples" assim.

Ponto vermelho é o alvo do impacto do módulo Centauro, que será analisado pela LCROSS (que também vai bater na Lua, 4 minutos depois) (Foto: Nasa)

Experiência liga Observatório de Paris à Torre de Montparnasse com raio laser


Feixe de raio laser liga o Observatório de Paris e a cobertura da Torre de Montparnasse (que não aparece na foto). A cobertura da torre será convertida em um laboratório de raios cósmicos, em um experimento incomum que vai durar uma semana. Todas as vezes em que um detector no topo do edifício de 210 metros captar uma partícula subatômica chamada múon, um pulso de laser será disparado pelo céu do Quartier Latin a partir do observatório. (Foto: Boris Horvat/AFP)
Disparos do experimento inédito ocorrerão durante uma semana.Feixe é ativado toda vez que partícula subatômica é detectada.

Do G1, com informações da France Presse

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Satélite europeu capta imagem de nuvens de gás frio na Via-Láctea

Fotos mostram estrelas recém-nascidas a milhares de anos-luz da Terra. Cientistas identificaram material extremamente frio e matéria quente.

Do G1



Imagem registrada pelo Herschel usando três cores (Foto: Divulgação/ESA)

O satélite de observação espacial Herschel registrou impressionantes de nuvens de gás frio na Via-Láctea, revelando uma atividade intensa e inesperada. A região fria e escura é pontilhada com “berçários estelares”. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), no dia 3 de setembro o Herschel apontou sua lente na direção de um reservatório de gás frio na constelação do Cruzeiro do Sul. Enquanto o telescópio escaneava o céu, instrumentos do satélite registravam as imagens. A região está a milhares de anos-luz da Terra. Os cinco originais em infravermelho tiveram as cores decodificadas para permitir que os cientistas diferenciassem material extremamente frio (em vermelho) da matéria quente (em azul). As imagens revelam estruturas de material frio em nossa galáxia nunca antes vistas.



Imagem registrada pelo Herschel usando duas cores (Foto: Divulgação/ESA)

Mesmo antes de uma análise detalhada, os cientistas colheram informações sobre a quantidade do material registrado, sua massa, temperatura, composição e se está entrando em colapso para formar novas estrelas. As fotos revelam uma surpreendente quantidade de turbulência: o material interestelar se condensa em filamentos contínuos e interligados que brilham à luz das estrelas recém-nascidas.


Imagem registrada pelo Herschel usando cinco cores (Foto: Divulgação/ESA)

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...