quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Una collisione fra due galassie, la prima immagine di Alma

Le due galassie a spirale delle Antenne in collisione
(fonte: : ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) e NASA/ESA Hubble Space Telescope)

Ha 'aperto gli occhi' per la prima volta, il più complesso osservatorio astronomico sulla Terra, l'Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), ed ha fotografato uno scontro titanico fra galassie. L'immagine, ottenuta durante la fase di collaudo di un telescopio ancora in costruzione, e' stata pubblicata dallo European Southern Observatory (Eso).

L'immagine ha come protagoniste 'Le Antenne', due galassie a spirale (chiamate NGC 4038 e 4039) in collisione e distanti circa 70 milioni di anni luce, in direzione della costellazione del Corvo. Grazie ad Alma è stato possibile scoprire qualcosa che non sarebbe mai stato possibile identificare nella luce visibile: le nubi di gas freddo e denso nel cuore delle galassie e nella regione caotica dello scontro da cui si formano le nuove stelle.

Questo e' solo un assaggio della visione dell'universo che Alma potrà offrire quando sara' completato, nel 2013, sulla piana di Chajnantor, nel nord del Cile, a un'altezza di 5.000 metri. Attualmente infatti la schiera di antenne radio paraboliche (del diametro di 7 e 12 metri) è composta da circa un terzo delle 66 previste. Questi ricevitori saranno collegati tra loro come un unico, grande radiotelescopio per poter osservare contemporaneamente la stessa porzione di cielo nella banda di radiazione millimetrica e sub millimetrica, che ha una lunghezza d'onda circa 1000 volte maggiore di quella della luce visibile.

Il progetto Alma vede un'ampia partecipazione internazionale fra Stati Uniti, Europa e Giappone. L'Italia gioca un ruolo di primo livello, sia a livello scientifico che tecnologico. Ha infatti sede presso l'Istituto di Radioastronomia dell'Istituto Nazionale di Astrofisica (Inaf) uno dei 7 Alma Regional Center (Arcs) della rete europea. L'azienda Thales Alenia Space guida il consorzio industriale (Francia, Italia e Germania), che rappresenta il contributo europeo al programma, ed ha siglato il contratto per la fornitura di 25 radiotelescopi del diametro di 12 metri, che verranno installati nel sito noto come Liano de Chajnantor, sulle ande Cilene.

Lembrados pelo Nobel, astrônomos mudaram paradigma sobre Universo

Especialistas ouvidos pelo G1 já esperam prêmio para os norte-americanos. Cientistas brasileiros tentar dar continuidade às pesquisas do trio.


Brian Schmidt, americano radicado na Austrália,  um dos vencedores do Nobel de física em 2011.(Foto: Belinda Pratten / Reuters)

Mário Barra Do G1, em São Paulo - Os astrônomos não recebiam um Nobel há 5 anos. Quando o comitê da premiação finalmente lembrou das pesquisas no espaço durante o anúncio dos vencedores na categoria de física nesta terça-feira (4), a homenagem foi para três cientistas que inverteram a "velocidade" do movimento do Universo.
Ao invés de se expandir cada vez mais lentamente, o trio norte-americano desvendou que o cosmo, na verdade, aumenta mais e mais rápido.
Para cientistas consultados pelo G1, as pesquisas mudaram a ideia que existia sobre o Universo. O impacto foi tão grande que era apenas questão de tempo até os três norte-americanos serem lembrados pela Fundação Nobel.
"Esse prêmio era bem esperado, levaram aqueles que mostraram as primeiras evidências fortes de que o Universo estava acelerando sua expansão", afirma Eduardo Cypriano, astrônomo da Universidade de São Paulo (USP). "O trabalho é de muitas mãos, mas os três são os líderes desses grupos de pesquisa e já haviam recebido homenagens antes do Nobel."
Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess usaram o brilho de explosões de estrelas com muita massa (supernovas) para estudar como o Universo se comporta. Como são fenômenos muito intensos e luminosos, as supernovas conseguem ser detectadas mesmo a grandes distâncias - tão compridas que um raio de luz demoraria 6 bilhões de anos para atravessá-las.
"Foi um modelo muito confiável para mostrar que o Universo estava se expandindo de forma acelerada", diz Cypriano. "Hoje a gente vê algumas limitações para os estudos com esses astros, mas essas pesquisas que o Nobel premiou, feitas na década de 1990, foram as pioneiras."

Paradigma
Antes das observações do trio, os astrônomos acreditavam que a expansão do Universo existia, mas estava ficando cada vez mais lerda. Isso porque eles achavam o espaço era feito apenas por matéria comum - feita de átomos e que forma os objetos e seres que vemos todos os dias.
"Sempre se pensou em um cosmo só com a matéria que conhecemos", diz Antônio Guimarães, cosmólogo do Instituto de Astrofísica, também na USP. Mas ao se voltar para as supernovas, o trio premiado pelo Nobel encontrou astros com menos brilho do que seria previsto caso o Universo se expandisse devagar. "As supernovas estavam a uma distância maior do que deveriam e por isso a luz delas era mais fraca", diz o especialista.


O astrofísico Saul Perlmutter, um dos vencedores do prêmio Nobel de física deste ano, não ganhou 'apenas' a premiação equivalente a R$ 2,7 milhões. Ele exibiu na tarde desta terça-feira (4), horas após o anúncio do Nobel, um certificado que garante acesso (Foto: Beck Diefenbach/Reuters)

Daí os cosmólogos tiraram a ideia que o Universo estava crescendo em ritmo acelerado. O problema é que se somente existisse matéria comum, isso não seria possível, pois a atração da gravidade retardadia a rapidez da expansão. "Essas pesquisas mudaram o paradigma que existia, elas provaram que as supernovas estavam mais longe do que se pensava e que o Universo se expande cada vez mais rápido", explica Guimarães.
A solução foi encontrar algo a mais para explicar um cosmo com pressa para crescer. Foi aí que os astrônomos surgiram com a ideia da energia escura - algo diferente da matéria, que os especialistas acreditam que seja responsável pela expansão e ocupe 73% do Universo. "Nós não sabemos do que ela é feita, essa é a grande questão aberta na física hoje. É a principal linha de pesquisa atualmente, além da caça a planetas fora do Sistema Solar", diz o cosmólogo.

O erro de Einstein
Outro vencedor do prêmio Nobel, em 1921, Albert Einstein é idolatrado no mundo científico pois definiu as bases da física usada atualmente. Mas ele levou certo tempo para admitir um erro nos seus cálculos: o universo não era estático, ele crescia com a passagem do tempo.

Adam Riess vai dividir o prêmio de R$ 2,7 milhões com o colega Schmidt. (Foto: Don Blake / Reuters)

As próprias equações da teoria da relatividade geral, publicadas em 1915, concordavam. Para que fossem válidas, o Universo deveria estar se expandindo ou em redução.
Para salvar a ideia de um Cosmo "parado", Einstein tentou melhorar suas equações. Ele usou um recurso matemático para que a sua teoria continuasse válida. O termo ficou conhecido como constante cosmológica.
Na década de 1920, com os trabalhos de cientistas como o norte-americano Edwin Hubble, a expansão do Universo ficou provada e Einstein acabou considerando a constante cosmológica como algo inútil. E assim pensaram os cientistas durante muito tempo, até que as pesquisas sobre o crescimento do Cosmo mostraram uma possível aplicação para o "erro de Einstein".
"A constante se tornou o primeiro candidato à energia escura, justamente aquela que os cientistas acreditam ser a responsável pela aceleração da expansão do Universo", explica Jailson Alcaniz, pesquisador do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro.
Outra opção
Ainda mais grave para o legado de Einstein - morto em 1955 - seria se sua teoria sobre a gravidade inteira fosse negada pelos estudos no futuro. Essa opção existe e há pesquisadores que trabalham com modelos para explicar o Universo que não utilizam a ideia de energia escura e julgam as equações do gênio alemão erradas.
"Se isso for verdade, uma outra teoria teria de substituir a relatividade geral de Einstein", diz Alcaniz. "Existem várias candidatas como, por exemplo, a existência de dimensões extras no cosmo, que poderiam causar a expansão do Universo", diz Alcaniz. Mas o especialista não acredita que seja tão fácil descartar a relatividade. "Ela explica bem para explicar as coisas no Sistema Solar."
Essas pesquisas mudaram o paradigma que existia, elas provaram que as supernovas estavam mais longe do que se pensava e que o Universo se expande cada vez mais rápido" Antonio Guimarães, cosmólogo da USP
Alguma luz na energia escura
O Brasil participa ativamente de pesquisas sobre a expansão do Universo e a busca pelo o que poderia motivar esse movimento.
 
 
"A nossa esperança é jogar alguma luz na energia escura", diz Laerte Sodré Jr, cientista da USP e ligado a diversos projetos brasileiros com universidades no exterior para investigar a natureza e a própria existência da principal candidata a "culpada" pela expansão acelerada do Universo.
No passado, conceitos como o geocentrismo (a Terra como centro do Sistema Solar) e o éter luminífero (um espaço que precisaria existir para que as ondas de luz pudessem prosseguir) foram derrubados, mesmo com muitos cientistas conduzindo experimentos para salvá-los.
Seria este o mesmo caso da energia escura - algo que ninguém provou que existe e tão diferente da energia e da matéria comuns? Sodré Jr. acredita que não. "O que nós sabemos hoje na cosmologia é que energia e matéria escura dominam o Universo", diz o astrônomo. "No momento, todos os dados que nós temos apontam para a validade da relatividade de Einstein e, a partir dessa teoria, a hipótese da energia escura é a mais aceita atualmente."

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