quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Foto revela estrelas 'ocultas' atrás de nuvens da Nebulosa de Órion

Do G1 em SP  - A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou uma imagem recente da Nebulosa de Órion, um berçário de estrelas a 1,5 mil anos-luz de distância da Terra e que esconde estrelas só possíveis de serem vistas com as lentes de potentes telescópios.

A foto foi feita com observações dos instrumentos Spitzer, da Nasa, e Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA). Ambos os equipamentos conseguem detectar radiação infravermelha, o que permite uma visão ampliada da região, com estrelas e regiões que não são possíveis de serem vistas apenas por telescópios que utilizem luz visível.

A Nebulosa de Órion é uma das regiões de gás e poeira mais conhecidas do espaço. Localizada na constelação de mesmo nome, é possível de ser observada com o auxílio de binóculos ou de telescópios pequenos.

 Estrelas escondidas atrás de nuvens de gás e poeira na Nebulosa de Órion. (Foto: Nasa / ESA / JPL-Caltech)

Telescópio ajuda a desvendar vida extraterrestre ao olhar para a Lua

Da EFE  -Uma equipe internacional de astrônomos desenvolveu uma nova técnica para determinar indícios de vida em outros planetas por meio da qual analisa a luz terrestre refletida na Lua, o que poderia superar dificuldades de métodos convencionais.
Os resultados do teste foram publicados na revista científica "Nature". O método estudou a Terra como se ela estivesse fora do Sistema Solar. A observação foi feita por meio do reflexo que o planeta projeta sobre seu satélite natural.

A equipe observou o fenômeno com o telescópio de longo alcance VLT, situado no deserto do Atacama, no Chile.

Lua na região do VLT, no Chile, refletindo parte da luz que a Terra recebe do Sol. (Foto: ESO/B. Tafreshi/TWAN)
 
O sol brilha sobre a Terra e sua luz se reflete por sua vez sobre a superfície lunar. Isso faz o satélite atuar como se fosse um grande espelho, que devolve a luz de volta para a Terra, segundo explicou Michael Sterzik, pesquisador do Observatório Europeu Austral e principal autor do estudo.

Os investigadores procuraram indicadores, como por exemplo certas combinações de gases na atmosfera terrestre, que são considerados indícios de vida orgânica, como a presença simultânea de metano, vapor de água e oxigênio.

Ao contrário de pesquisas anteriores, a nova técnica explora a polarização. Quando a luz se polariza seus campos magnético e elétrico têm uma orientação determinada (as ondas vibram numa direção concreta).
Precisamente, o que os investigadores mediram neste trabalho é como luz se polariza dependendo da superfície sobre a qual se reflete, explicou Enric Pallés, do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), que também faz parte do estudo.

Dependendo da superfície, gelo, nuvens, terra ou oceanos, a superfície se polariza num grau e cor determinado.

O grupo analisou a luz que refletia a Terra sobre a Lua como se fosse a primeira vez que vissem o planeta e essa luz indicou que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte de sua superfície está coberta por oceanos e outro "dado crucial": existe vegetação.

Os cientistas puderam inclusive detectar mudanças que se produzem na cobertura das nuvens da Terra e na quantidade de vegetação em diferentes partes do planeta (tudo isso com o reflexo sobre a Lua).

Esta nova forma de buscar vida extraterrestre busca superar métodos convencionais: a luz de um planeta distante é muito difícil de se analisar porque é eclipsada pelo brilho da estrela que o ilumina.

Para Stefano Bagnulo, pesquisador do Observatório de Armagh, no Reino Unido, a tentativa "é comparável a observar um grão de pó junto a uma lâmpada potente".

No entanto, o reflexo do planeta sobre seu satélite está orientado numa direção, o que permite sua análise de forma simples mediante técnicas que separam a luz polarizada da não polarizada.

Na sede do Observatório Austral Europeu em Garching, na Alemanha, analistas disseram que a descoberta pode contribuir para futuros descobrimentos em outros lugares do Universo.

"Se ela existe, encontrar vida fora do sistema solar depende exclusivamente de dispormos de técnicas adequadas", disse Palle, quem apontou que em dez ou doze anos o metódo poderia ser utilizado em telescópios.

A equipe do IAC admitiu que este novo "método não revelará dados sobre homenzinhos verdes ou vida inteligente, mas sua aplicação nas novas gerações de telescópios mais potentes poderia facilmente brindar a humanidade com a notícia de que há vida além de seu planeta".

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