terça-feira, 10 de março de 2015

Cientistas descobrem nove galáxias anãs que orbitam a Via Láctea


Imagens ilustram como é difícil detectar as galáxias anãs. À esquerda, uma imagem feita pela Câmera de Energia Escura do objeto DES J0335.6-5403, uma das possívels galáxias anãs descobertas; à direita, uma imagem das estrelas pertencentes a essa galáxia, com todo o resto de matéria visível apagada (Foto: Fermilab/Dark Energy Survey)

Cientistas divulgaram nesta terça-feira (10) a descoberta de nove objetos celestiais que parecem se enquadrar na rara categoria de galáxias satélites anãs, que orbitam ao redor da nossa Via Láctea.
O achado foi feito por pesquisadores de duas instituições de forma independente: um grupo do Fermi National Accelerator Laboratory, que pertence ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, e outro da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. O anúncio foi feito de maneira conjunta em um artigo publicado na revista científica "The Astrophysical Journal".
A descoberta desses corpos pode ser crucial para se conseguir avanços em termos de conhecimento da matéria escura, a misteriosa matéria que existe entre as estrelas e galáxias do universo, mas que não pode ser observada diretamente.
"O grande conteúdo de matéria escura das galáxias satélite da Via Láctea torna esse resultado significante tanto para a astronomia quanto para a física", disse Alex Drlica Wagner, um dos líderes da pesquisa do Fermilab.
Anteriormente, pesquisadores já tinham descoberto mais de duas dúzias desses objetos, quase a metade entre 2005 e 2006. Mas, nos últimos 10 anos, a descoberta de novas galáxias anãs diminuiu muito.
As galáxias satélites são objetos que orbitam grandes galáxias. Enquanto galáxias como a Via Láctea contêm bilhões de estrelas, existem galáxias satélites com menos de 100 estrelas. Elas são um bilhão de vezes menos brilhantes e têm massas um milhão de vezes menores do que a Via Láctea.
A mais próxima das nove galáxias anãs encontradas fica a quase 100 mil anos-luz da Terra.
"A descoberta de tantos satélites em uma área tão pequena foi completamente inesperada", disse o cientista Sergey Koposov, do Instituto de Astronomia de Cambridge, autor principal do estudo. "Não conseguia acreditar nos meus olhos."
www.g1.globo.com

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