sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meteoro ilumina o céu dos EUA e é visto em quatro estados

Um meteorito que caiu na terra deixou um rastro de luz e se desintegrou em um grande clarão no meio-oeste americano. Uma webcam instalada no telhado de uma universidade na cidade de Madison, no estado de Wisconsin, registrou o momento. A luz chegou a ser vista também nos estados de Missouri, Illinois e Iowa. Aparentemente, o corpo celeste não causou estragos. (Foto: AP)

Entenda o que os cientistas buscam com o LHC



Pedaços muito menores que um átomo são estudados no LHC.    Cosmologia e física quântica se encontram no estudo de partículas.

Iberê Thenório - Do G1, em São Paulo


Quando o acelerador gigante de partículas LHC, na Europa, começou a colidir os primeiros prótons uns contra os outros, muita gente disse que o homem "brincava de Deus" ao construir a maior máquina do mundo – um túnel subterrâneo de 27 quilômetros – para reproduzir condições semelhantes às do surgimento do Universo.

Mas, afinal de contas, o que os prótons – partículas muito pequenas que ficam no núcleo dos átomos – têm a ver com a teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo surgiu de uma espécie de explosão há cerca de 14 bilhões de anos?

Dentro do LHC, a cosmologia – ciência que estuda a história do Universo – e a física quântica – que estuda as partículas menores que existem – se encontram.

Essa união inusitada só é possível porque, em determinado ponto da evolução do universo, menos de uma pequeníssima fração de segundo após o Big Bang, acredita-se que houve uma grande "sopa" de partículas. Essa mistura esfriou, se expandiu e deu origem a tudo o que conhecemos hoje.

O problema é que a única forma de entender como funcionava essa grande "sopa" é quebrar os objetos em pedaços cada vez menores: moléculas, átomos, prótons e finalmente quarks, léptons e bósons. Para chegar nesses últimos, é necessária tanta energia que só mesmo uma espécie de "pista de corrida" de 27 quilômetros consegue resolver.



Colisão de prótons dentro do LHC gera informações para o estudo de partículas muito menores do que um átomo. A partir de imagens como essa, gerada dentro de um dos sensores da máquina, cientistas conseguem confirmar as leis mais avançadas da física. (Foto: Divulgação)

Quando os prótons se chocam dentro do LHC, sensores de última geração analisam seus estilhaços, formados por essas minúsculas partículas. Por meio de "fotos" da colisão é possível entender o comportamento delas, e analisar como se comportariam dentro da "sopa primordial" que deu origem às estrelas e planetas.

Multiuso

Mas não é somente essa a função do LHC. A máquina gigante é, antes de tudo, uma forma de alargar as fronteiras da ciência, ou seja, entender como funcionam as menores partículas que conhecemos e, quem sabe, até descobrir algumas novas.

Cientistas brasileiros acompanham em São Paulo colisão de prótons do LHC LHC promove as primeiras supercolisões de partículas 'de laboratório' da história "O LHC é extremamente importante porque está abrindo a física para um mundo que a gente ainda não viu. É como se você passasse anos dentro de uma casa fechada, não tivesse a menor noção de como é o mundo lá fora, e de repente você abre uma janela e vê esse novo mundo, e fala 'Olha só quanta coisa nova que eu não sabia que existia!'", explicou o físico brasileiro Marcelo Gleiser em entrevista ao G1.
Uma das novas partículas mais buscada – mas nunca vista – é um tal "bóson de Higgs". Dentro da grande "sopa", foi ele que supostamente deu massa à matéria na hora em que as partículas se transformaram nos primeiros átomos. Se a história é verdadeira, só se vai saber caso esse bóson apareça nas colisões entre os prótons.

Corrida tecnológica

Cientistas também defendem que um grande benefício do LHC é um "efeito colateral" da sua construção. Para fazer um túnel subterrâneo de 27 km, mantê-lo a uma temperatura a mais de 200 graus Celsius abaixo de zero, no vácuo, e acelerar partículas à velocidade da luz foi necessário desenvolver novas tecnologias.

Pesquisadores Franciole Marinho e Sérgio
Novaes, da Unesp, observem em São Paulo
as primeiras colisões de partículas do LHC.
(Foto: Iberê Thenório/G1)

"É muito mais interessante termos uma corrida tecnológica por causa de estudos científicos, como o LHC, do que desenvolvermos tecnologia por causa de brigas entre países, como aconteceu nas grandes guerras mundiais", defende o físico Franciole Marinho, Universidade Estadual Paulista (Unesp), que trabalha em um dos grupos brasileiros responsáveis pro processar os dados lidos pelo LHC.

Marinho acrescenta que, no passado, pesquisas realizadas no Conselho Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), responsável pelo LHC, permitiram o desenvolvimento de tecnologias sem as quais o mundo seria completamente diferente.

"A contribuição mais famosa foi a criação do 'www' que utilizamos para navegar na internet. Outro exemplo foi o desenvolvimento de métodos que hoje são utilizados para diagnósticos médicos, como o PET e o CT scan", avalia.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude

Vulcões de Vênus ainda podem estar ativos, dizem cientistas


Área vermelha indica fluxo de lava relativamente recente


Dados coletados pela sonda europeia Venus Express sugerem que os vulcões do planeta Vênus ainda podem estar ativos.

Fluxos de lava relativamente jovem foram identificados na superfície do planeta por um instrumento de medição ultra-vermelho da sonda espacial, o VIRTIS, que analisa emissões térmicas.

As imagens mostram que o fluxo tem composição diferente do material da superfície à sua volta e para a cientista Suzanne Smrekar, do Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, e seus colegas, poderiam indicar que alguns vulcões ainda estariam ativos.

“Este é um resultado significativo”, comentou Hakan Svedhem, cientista do Projeto Vênus Express, da Agência Espacial Europeia.

A equipe publicou sua análise sobre os fluxos de lava nas regiões de Imdr, Themis e Dione, em Vênus na revista Science.

Há muito se debate a existência de vulcões ativos em Vênus, cuja atmosfera apresenta dióxido de enxofre, um gás expelido pela erupção de vulcões.

Alguns cientistas acreditam que a presença do gás é uma indicação de atividade vulcânica recente, mas outros argumentam que as erupções podem ter ocorrido há cerca de 100 milhões de anos, mas o gás permanece na atmosfera porque demora muito a reagir com as rochas da superfície do planeta.
A única forma de saber se há vulcões ativos em Vênus é observá-los em atividade, afirma a Agência Espacial Europeia.

Mas isso é dificultado pela densa e nebulosa atmosfera do planeta, com 100 quilômetros de espessura.

A sonda Venus Express tenta detectar a atividade de vulcões procurando por aumento da concentração de dióxido de enxofre em regiões específicas e por locais onde a temperatura é mais alta do que em outros.

http://www.bbc.co.uk/portuguese

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