terça-feira, 7 de junho de 2011

Principais constelações de Junho

Principais constelações de Junho
roteiro de observação

O céu, este mês, mostra-se característico da estação do outono.

Acima do horizonte sul, em excelentes condições de observação está Crux, o Cruzeiro do Sul (Cru), a constelação mais conhecida entre os brasileiros. Ao sul de Crux está Musca, a Mosca (Mus). Mais ao sul estão Apus, a Ave do Paraíso (Aps) e Octans, o Oitante (Oct), onde encontra-se a estrela polar do sul. Envolvendo Crux por três lados, menos para o do sul para onde o braço maior da cruz está apontando, encontra-se Centaurus, o Centauro (Cen).

A constelação de Triangulum Australe, o Triângulo Austral (TrA), utilizada para processos noturnos de orientação no campo, encontra-se alta para os lados do sul, junto a Centaurus. Carina, a Quilha do Navio (Car), domina o quadrante sudoeste. Junto a ela estão Puppis, a Popa do navio (Pup) e Vela, as velas da embarcação (Vel). De Triangulum Australe em direção ao horizonte, entre as direções sul e sudeste, encontra-se Pavo, o Pavão (Pav).

A noroeste, à meia altura, está Leo, o Leão (Leo), a constelação associada às noites amenas do outono. Próxima ao horizonte noroeste observa-se Leo Minor, o Leão Menor (LMi). Junto ao horizonte nor-noroeste notamos parte de Ursa Major, a Ursa Maior (Uma), que sempre se eleva muito pouco sobre o horizonte na região sul do Brasil.

Ao sul de Leo, dominando o lado oeste, está Hydra, a Hidra fêmea (Hya) e as constelações de Sextans, o Sextante (Sex), Crater, a Taça (Crt) e, no alto do céu, o inconfundível trapézio de Corvus, o Corvo (Crv).

No alto do céu encontra-se a grande constelação de Virgo, a Virgem (Vir). A leste de Virgo notamos Libra, a Balança (Lib), Serpens, a Serpente (Ser) e Ophiuchus, o Serpentário (Oph). Para os lados do sudeste, à meia altura, encontramos Scorpius, o Escorpião (Sco), associada às noites do inverno. Junto à cauda de Scorpius situa-se Sagittarius, o Sagitário (Sgr). Na direção desta constelação é que está o centro de nossa galáxia. Entre Scorpius e Centaurus localiza-se a constelação de Lupus, o Lobo (Lup). Norma, o Esquadro (Nor) e Ara, o Altar (Ara) estão entre Scorpius e Triangulum Australe. Ao norte observamos a constelação de Boötes, o Boieiro, (Boö). A leste de Boötes está Corona Borealis, a Coroa Boreal (CrB) e, mais próxima ao horizonte nordeste, Hercules, o herói Hércules (Her)

resumo extraído de "Estrelas e Constelações - Guia Prático de Observação" de autoria de Paulo G. Varella e Regina A. Atulim
OBSERVAÇÕES:
O mapa assinala o aspecto do céu visto ao longo deste mês, nos seguintes horários: início do mês às 21h 20min; meio do mês às 20h 40min; final do mês às 20h 00min. Junto ao círculo que delimita o mapa (e que representa o horizonte do observador) estão as direções dos quatro pontos cardeais e dos quatro colaterais, que devem estar orientados para os seus correspondentes na natureza; o centro do círculo é o Zênite, ponto do céu diretamente acima da cabeça do observador.

Os instantes fornecidos são para o fuso horário de Brasília.



mapa com as principais constelações visíveis durante este mês
clique para ampliar


Céu em junho e julho

O céu em Junho e Julho

Durante os meses de junho e julho as noites são frias e, frequentemente, muito claras e límpidas, o que torna o céu particularmente favorável às observações astronômicas.

A constelação de Virgem é facilmente localizável por meio da estrela Spica, de primeira magnitude e coloração branca. Virgem é, sobretudo notável pela extraordinária concentração de galáxias, isoladas ou reunidas no aglomerado da Virgem, cuja observação é bastante interessante. Localizado a noroeste de Epsilon de Virgem e, estendendo-se até a constelação de Coma Berenices, o aglomerado contém mais de 2.500 galáxias, situadas à distancia de 20 milhões de anos-luz. Uma observação visual frequente dará ao observador a possibilidade de descobrir uma supernova.

A estrela mais brilhante da constelação, Alfa de Virgem (Spica), é na verdade duas estrelas muito próximas que giram em torno de um centro de gravidade comum, num período de quatro dias. A estrela Gama de Virgem é também uma binária, com um período de 180 dias. Suas componentes são de terceira magnitude.

A norte de Virgem está a constelação de Coma Berenices; é uma das regiões do céu que vale a pena ser observada, mesmo a olho nu.
Mais ao norte está os Cães de Caça. Sua estrela principal é uma das mais belas duplas de fácil observação, com a ajuda de um binóculo. A componente principal é uma gigante azul, de terceira magnitude, cuja companheira está aproximadamente a 20 segundos de uma estrela amarela de magnitude cinco. Nesta constelação encontra-se uma das maravilhas do céu: a galáxia dupla NGC 5194, objeto de fácil observação, longe das cidades e com auxilio de um binóculo.

Ao norte vemos o Boieiro. O mais importante objeto deste asterismo é Arcturus (Alfa do Boieiro), que de fato é a sexta estrela mais brilhante (magnitude 0,2), visível ao telescópio, mesmo à luz do dia. O diâmetro de Arcturus é 26 vezes maior que o do Sol, e sua distância da Terra, relativamente pequena, é de cerca de 40 anos-luz.

A constelação do Boieiro contém inúmeras estrelas duplas: Epsilon Bootis, com um dos componentes amarelo e o outro azul e Psi Bootis, formada de duas estrelas azuis de quarta e quinta magnitude, são os melhores exemplos.

A constelação de Libra constitui uma zona de transição entre o campo de nebulosas extragalácticas de Virgem e os ricos aglomerados estelares de Escorpião. As suas três estrelas principais, Alfa, Beta e Tau de Libra, formam com Gama de Libra, um losango fácil de reconhecer no céu, sobre o alinhamento da Espiga (Alpha Virginis) e Antares (Alpha Scorpii).

Próximo ao zênite, a oeste, encontramos a constelação do Escorpião. A norte vemos as garras do Escorpião, formada pelas estrelas de terceira magnitude Beta, Delta e Pi do Escorpião. A supergigante vermelha Antares, de primeira magnitude, está acompanhada de estrelas de terceira magnitude que formam o corpo desta figura de fácil reconhecimento. Mais ao sul, a calda curvada do Escorpião é constituída por oito estrelas, sendo três de segunda magnitude (Epsilon, Teta, e Lambda Scorpii) e cinco de terceira magnitude (Mu, Eta, Iota, Kappa, e Upsilon Scorpii). Munido de um binóculo, esta região propicia uma grande quantidade de espetáculos celestes.

O objeto mais notável é a binária Antares, cujo nome, que significa “rival de Marte”, se deve à sua coloração avermelhada. Seriam necessários pelo menos 700 sóis para produzir uma radiação tão possante como a da supergigante Antares. O seu brilho leva quase 173 anos-luz para atingir a Terra. Antares tem um companheiro azul-esverdeado de sexta magnitude, de difícil observação, em virtude do seu brilho fraco em relação à estrela principal, mas que, visto ao telescópio, constitui um belíssimo espetáculo.

Ao estremo norte de Escorpião vemos a bela estrela dupla Beta Scorpii. Na realidade, trata-se de um sistema múltiplo formado por quatro estrelas.

A constelação do Escorpião é muito rica em aglomerados. Dois deles são visíveis a olho nu: os aglomerados Messier 6 e Messier 7, que se localizam na calda do Escorpião. O primeiro, no alinhamento das estrelas Eta e Lambda do Escorpião, é visto como uma nuvem clara, mas que toma a forma de uma borboleta quando observado com a ajuda de um binóculo. Mais ao sul deste aglomerado, próximo a Tau do Escorpião, está Messier 7, parecendo a vista desarmada uma extensa mancha esbranquiçada. Ao telescópio podemos distinguir mais de uma centena de estrelas que se destacam num fundo cintilante.

A leste do Centauro, no alinhamento entre Antares e as Guardas (Alpha e Beta Centauri), vemos a constelação do Lobo, asterismo notável pela abundância de estrelas de terceira e quarta magnitude. A olho nu ou com um binóculo veremos numerosos objetos, dentre os quais a estrela dupla Epsilon do Lobo, com as suas componentes coloridas de amarelo e azul, e o belo aglomerado circular, o NGC 5822, situado a oeste da estrela Zeta do Lobo.

http://www.astromador.xpg.com.br/

Durante sua formação, Júpiter 'roubou' massa de Marte

Do G1, em São Paulo - Uma simulação feita por uma equipe internacional de astrônomos mostrou que, na formação do Sistema Solar, Júpiter estava mais perto de Marte e atraiu uma grande quantidade de material disponível. Com isso, o planeta vermelho ficou privado de materiais em sua formação.
A descoberta publicada pela revista "Nature" responde a uma dúvida antiga dos especialistas. O volume de Marte é cerca de um oitavo do da Terra, mas sua massa é por volta de um décimo a do nosso planeta. Se os planetas foram formados aproximadamente na mesma época, os astrônomos se perguntavam, porque a relação entre as massas era tão desigual.

No estudo, os cientistas afirmaram que Júpiter surgiu para uma distância de 1,5 unidade astronômica – UA, que equivale à distância entre a Terra e o Sol – do Sol. Mais tarde, com a formação de Saturno, ele migrou para sua distância atual, cerca de 5 UA. No intervalo que existe no caminho, existe hoje um cinturão de asteroides.

“O resultado foi fantástico”, disse Kevin Walsh, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio (EUA), que liderou o estudo. “Nossas simulações mostraram não só que a migração de Júpiter era consistente com a existência do cinturão de asteroides, mas também explicou propriedades do cinturão que nunca tínhamos compreendido”, completou o astrônomo.


Vesta é um dos asteroides do cinturão que fica entre Marte e Júpiter
(Foto: NASA / JPL-Caltech / UCLA / PSI)

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