quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Foto mostra cratera em Marte onde jipe-robô Curiosity deverá pousar

Do G1 em São Paulo - Uma imagem divulgada pela agência espacial norte-americana (Nasa) mostra o local onde deverá pousar o jipe-robô Curiosity, que integra uma missão para exploração de Marte. O local de aterrisagem fica dentro de uma cratera chamada Gale, na parte central do planeta vermelho.
Colorida artificialmente, a foto mostra diferenças de relevo na região. Os tons azuis representam altitudes menores e os marrons, maiores. O pouso deverá ocorrer entre 6 e 20 de agosto de 2012. Já o lançamento pode ocorrer já neste sábado (26), às 13h02 pelo horário de Brasília.

Local do pouso é mostrado na parte superior da imagem, marcado por uma elipse. A diferença entre a região mais baixa da cratera e o pico dos montes ao redor é de até 5 km. (Foto: JPL-Caltech / Nasa / via Reuters)

Estudo identifica planetas com mais chance de vida extraterrestre

Da BBC - A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os planetas e luas mais propensos à existência de vida extraterrestre, segundo um artigo científico publicado por pesquisadores americanos.

O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os países segundo a sua semelhança com a Terra e de acordo com condições para abrigar outras formas de vida.

Segundo os resultados publicados na revista acadêmica "Astrobiology", a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta - ou seja, localizado fora do Sistema Solar - de cuja existência muitos astrônomos duvidam.

Em seguida, no mesmo critério, veio Gliese 581d, que é parte do mesmo sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro - e possivelmente cinco - planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra.
Imagem artística mostra como seria o exoplaneta Gliese 581g.
 (Crédito: Lynette Cook / Nasa)

Condições favoráveis Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch, explicou que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores.
O Índice de Similaridade com a Terra (ESI, na sigla em inglês) ordenou os planetas e luas de acordo com a sua similaridade com o nosso planeta, levando em conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua estrela-mãe.
Já o Índice de 'Habitabilidade' Planetária (PHI, sigla também em inglês) analisou fatores como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, ou de uma atmosfera ou um campo magnético.

Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir gravitacionalmente com um satélite.

O satélite Titã é representado artisticamente, recebendo uma sonda.
  (Crédito: Craig Attebery / JPL)

Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.
"Habitáveis"
No critério da "habitabilidade", a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida da lua Europa, que orbita Marte e Júpiter.
Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.
O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre.
Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana, já encontrou mais de mil planetas com potencial para abrigar formas de vida.
No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de identificar os chamados "bioindicadores" - indicadores da vida, como presença de clorofila, pigmento presente nas plantas - na luz emitida por planetas distantes.

Sonda russa Fobos-Grunt dá sinais de vida, diz agência espacial europeia

Sonda interplanetária russa Fobos-Grunt.(Foto: Reuters)

Da EFE - Horas após ser considerada perdida no espaço, a sonda interplanetária russa Phobos-Grunt, que por uma ação ainda não esclarecida ficou em órbita terrestre em vez de seguir rumo a Marte, deu sinais de vida, confirmou em comunicado a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
A ESA indicou que a estação de acompanhamento de Perth (Austrália) recebeu sinais da Fobos-Grunt nesta terça-feira, primeira vez que se consegue estabelecer contato com a sonda, lançada ao espaço há duas semanas.
"Estabelecemos comunicação com o aparelho em uma frequência, mas por enquanto não recebemos informações", disse o representante da ESA na Rússia, Rene Pishel, à agência de notícias oficial russa Itar-Tass.
O contato ocorreu horas após o subdiretor da Roscosmos (agência espacial russa), Vitaly Davydov, considerar a sonda praticamente perdida.
A ESA anunciou que estuda agora maneiras de manter a comunicação com a sonda e ressaltou que suas equipes "estão trabalhando estreitamente com engenheiros da Rússia para determinar a melhor maneira de manter a comunicação".
Lançada no último dia 8, a Fobos-Grunt deveria cumprir uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos (uma das duas luas de Marte), um pouso à superfície do astro e, por fim, o retorno à Terra de uma cápsula com amostras do solo do satélite marciano.
O projeto, avaliado em 5 bilhões de rublos (US$ 170 milhões), tinha como objetivo estudar a matéria inicial do sistema solar e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos - outra lua marciana -, assim como dos demais satélites naturais do Sistema Solar.

Nasa se prepara para lançar robô Curiosity a Marte

Da EFE - Os técnicos da Nasa (agência espacial americana) anunciaram nesta quarta-feira (23) que está tudo pronto para o lançamento do robô Curiosity, que viajará a Marte a bordo de um foguete Atlas para buscar sinais de vida no Planeta Vermelho.
"O lançamento neste sábado (26) e os sucessos obtidos pela Nasa no último ano mostram quão equivocadas são as especulações de que acabaram os tempos de glória da Nasa", disse Colleen Hartman, executiva da agência espacial.
O robô, que carrega o Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês), partirá de Cabo Canaveral, na Flórida, no sábado às 10h02 locais (13h02 de Brasília).
Depois de uma viagem de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio, ele se aproximará da cratera Gale de Marte. A plataforma superior, equipada com foguetes, se manterá a cerca de 40 metros da superfície e fará o robô descer a Marte.

Ilustração de um artista de como será a exploração do Curiosity em Marte.
 (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

O Curiosity pesa uma tonelada e tem três metros de comprimento. É cinco vezes mais pesado que os robôs antecessores - os exploradores Spirit e Opportunity, que chegaram a Marte em janeiro de 2004 na busca de rastros de água.
"O Curiosity irá mais longe e descobrirá muito mais que o imaginado", destacou Hartman. "Eu acredito que estarei viva no dia em que poderemos ver a primeira astronauta a pisar em Marte", acrescentou.
O diretor de lançamentos em Cabo Canaveral, Omar Báez, explicou que os técnicos completaram nesta quarta-feira uma nova revisão dos equipamentos e sistemas do foguete propulsor e a cápsula com o robô. "Tudo está pronto para a partida", resumiu ele. "Na sexta-feira (25), levaremos o foguete e a cápsula do hangar à plataforma de lançamento", afirmou Báez. "E no sábado, às 3h da manhã (pelo horário local, 6h de Brasília), começará o abastecimento de combustível", disse.

O jipe-robô Curiosity, da Nasa. (Foto: Nasa)

O lançamento, inicialmente previsto para sexta-feira, foi adiado para sábado após os técnicos terem constatado no último fim de semana que era necessário substituir uma das baterias do foguete que levará o robô.
Os engenheiros contam com um período de chances de lançamento até 18 de dezembro e esperam que tudo ocorra conforme o previsto para que o veículo chegue a Marte em agosto de 2012.
O Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês) conta com dez instrumentos para buscar evidências de um ambiente propício para a vida microbiana, inclusive os ingredientes químicos essenciais para a vida. Isso representa o dobro de instrumentos que os robôs lançados anteriormente pela Nasa. Este será o primeiro a utilizar um laser para analisar o interior das rochas e analisar os gases com o espectrômetro que pode enviar dados à Terra.
O Curiosity leva todos os instrumentos para medir as condições de vida no passado e no presente, estudando as condições ambientais do planeta. Ele buscará compostos que contenham carbono - um dos principais ingredientes para a vida como se conhece - e avaliará como eram em suas origens.
Ao contrário dos outros robôs, o Curiosity conta com o equipamento necessário para obter amostras de rochas e solo e processá-las.

A cratera Gale, na superfície marciana, onde deve pousar o robô Curiosity.
 (Foto: Nasa)

A Nasa começou a planejar a missão MSL em 2003. Nos últimos oito anos, cientistas e engenheiros construíram e testaram as capacidades do robô, que, segundo as expectativas, levará a pesquisa planetária a outro nível.
"Esta máquina é o sonho de qualquer cientista", assinalou à imprensa Ashwin Vasavada, cientista adjunto do projeto MSL no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em uma das sessões prévias informativas.
O Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, localizado na Califórnia, elaborou o Curiosity para que fosse capaz de superar obstáculos de até 65 centímetros de altura, com o objetivo de evitar que se prendesse, como aconteceu com o Spirit, e de se locomover cerca de 160 metros por dia.

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