Estudo achou planetas em um aglomerado de estrelas, o que é incomum.
Planetas são quentes e gasosos, e não seriam habitáveis.
Ilustração de um dos planetas localizados em um aglomerado de estrelas
(Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Astrônomos descobriram a existência de dois planetas que teriam o céu
muito mais estrelado do que o da Terra, devido à sua localização
inusitada. No entanto, esses planetas não seriam habitáveis, pois se
tratam de gigantes formados por gases, conhecidos na ciência como
“júpiteres quentes”.
São os primeiros planetas a serem encontrados na órbita de uma estrela
semelhante ao nosso Sol em um chamado aglomerado de estrelas. Esse
grupo, chamado de Aglomerado da Colmeia, reúne cerca de mil estrelas em
um espaço relativamente pequeno.
Geralmente, quando uma estrela nasce, ela se distancia de sua origem.
Em um aglomerado como este, várias estrelas formadas a partir da mesma
nuvem gigante de material ficam ligadas uma à outra por meio da atração
gravitacional.
Até a atual pesquisa, os astrônomos haviam localizado apenas dois
planetas em aglomerados, e ambos na órbita de estrelas gigantes. A nova
descoberta é inédita porque esses dois planetas giram em torno de uma
estrela das proporções do Sol. Por estarem em um aglomerado, eles têm o
céu mais estrelado.
“Estamos detectando mais e mais planetas que conseguem crescer em
ambientes diversos e extremos como esses aglomerados próximos”, afirmou
Mario Perez, pesquisador da Nasa que participou da descoberta. O estudo foi publicado pela revista “Astrophysical Journal Letters”.