quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

China diz que vai pousar veículo na Lua dentro de cinco anos


Do G1 com informações da EFE e Reuters - O Governo da China confirmou nesta quinta-feira (29) que em menos de cinco anos levará pela primeira vez um veículo não-tripulado à superfície da Lua. Seria o primeiro passo para que, mais adiante, seus astronautas pisem o satélite e o país siga os passos dos Estados Unidos e da Rússia no caminho para ser tornar uma nova superpotência espacial.
O objetivo foi fixado no "Livro Branco sobre as Atividades Espaciais de 2011", um documento do Executivo chinês apresentado nesta quinta. No texto, o Governo estabelece outras metas da corrida espacial chinesa durante o Plano Quinquenal do período 2011-2015.


Foguete lançador chinês, em imagem de setembro (Foto: AFP)

Dessa forma, indica que o programa lunar será centrado em desenvolver com sucesso uma tecnologia que mais tarde permita levar astronautas ao satélite. A China já conseguiu que dois de seus satélites ('Chang'e' 1 e 2) chegassem até a órbita lunar, em 2007 e 2010. Essas sondas, no entanto, só recolheram informações fotográficas do satélite e estavam programadas para retornar à Terra em seguida.
Não há data fixa para a chegada do satélite terrestre dos primeiros 'taikonautas' (apelido dado aos astronautas chineses, já que espaço em mandarim é "taikong"). Levando em conta que a China parece dividir este programa em fases de cinco anos, este fato histórico poderia ocorrer entre 2020 e 2025, meio século depois dos Estados Unidos, o primeiro país a alcançar essa façanha.
No mesmo anúncio, a China garantiu que aumentará o controle do lixo espacial e dos sistemas de alarme quando esses fragmentos caírem na superfície terrestre.

Uso militar?
Também nesta semana, o país iniciou o funcionamento do sistema Beidou ("bússola", em mandarim), seu sistema de posicionamento alternativo ao GPS americano. A China já lançou 10 satélites Beidou e planeja lançar outros seis até o fim do ano que vem, de acordo com o Escritório Chinês de Gerenciamento de Navegação de Satélites.
Diferentemente das versões civis menos precisas disponíveis ao Exército de Libertação do Povo (ELP, o exército chinês), essa rede dará à China a precisão para guiar mísseis, munições inteligentes e outras armas.
"Isso permitirá um grande salto na capacidade do ELP de realizar ataques de precisão", disse Andrei Chang, analista das forças militares chinesas e editor da revista Kanwa Asian Defence, de Hong Kong.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Hong Lei, quis nesta quinta-feira responder a esses temores, assegurando em entrevista coletiva que a China "sempre ressalta que seu objetivo é fazer uso pacífico do espaço, e procura cooperar internacionalmente neste campo".
Em que ponto está a China
O Conselho de Estado insiste no documento que a prospecção espacial "é uma importante parte da estratégia geral de desenvolvimento da nação" para meia década 2011-2015, no qual a China procura seguir ascendendo em seu caminho a ser um país desenvolvido, com a inovação tecnológica como prioridade.
China lançou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003 e desde então alcançou outros objetivos, como o primeiro 'passeio' de um de seus cosmonautas fora da nave (2008) e o primeiro acoplamento de dois veículos (no mês passado), passo-chave para sua futura estação espacial permanente.
Para os especialistas, a China ainda está em uma fase muito preliminar no que diz respeito às tecnologias espaciais, comparável aos EUA e a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) nos anos 60, mas avança de forma mais rápida do que fizeram na época as duas superpotências da Guerra Fria em sua corrida espacial.

Sondas da Nasa chegam à Lua no ano-novo e vão analisar lado oculto

Da EFE - As duas sondas de prospecção espacial da missão Grail (Recuperação da Gravidade e Laboratório Interior, na sigla em inglês) vão frear sua trajetória e chegar no ano-novo à órbita da Lua, de onde devem explorar o interior do satélite, informou nesta quarta-feira (28) a agência espacial americana (Nasa).
"Embora, desde a década de 1970, tenhamos enviado mais de uma centena de missões à Lua, inclusive duas nas quais os astronautas caminharam sobre a superfície, a verdade é que há muitas coisas que não sabemos sobre o nosso satélite", disse em coletiva de imprensa a pesquisadora-chefe do programa Grail, Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).


Desenho simula sondas 'gêmeas' da Nasa que vão analisar o lado oculto da Lua (Foto: NASA/JPL-Caltech)

As duas sondas estão viajando rumo à Lua desde o lançamento delas, em setembro. No dia 31, uma das naves gêmeas acionará seus foguetes para diminuir a velocidade, de modo que fique submetida à gravidade da Lua a 56 quilômetros da superfície.
No dia seguinte, a outra sonda fará uma manobra similar, e ambas traçarão um mapa da gravidade do satélite, medindo os efeitos dessa força sobre suas trajetórias orbitais.
"Entre as muitas coisas que não sabemos sobre a Lua é por que o lado oculto é tão diferente do visível", declarou Zuber, referindo-se ao hemisfério que não pode ser visto da Terra.
"A resposta deve estar no interior da Lua", acrescentou a pesquisadora, explicando que a missão de estudo começará em março e deve durar 82 dias, embora os cientistas tenham pedido à Nasa que a estenda até dezembro de 2012.
A missão não está restrita aos cientistas e acadêmicos: cada uma das sondas Grail, impulsionadas por energia solar, está equipada com quatro câmeras que serão operadas por grupos de estudantes do ensino médio. "Mais de 2.100 escolas em todo o país se registraram para o programa", comentou Zuber.
A Nasa qualificou a missão Grail como "uma viagem ao centro da Lua", já que a medição da força da gravidade permitirá a construção de "mapas" sobre o interior do satélite entre cem e mil vezes mais precisos que os obtidos até agora.
Durante a missão, as sondas orbitarão a uma distância, uma da outra, de 200 quilômetros e, segundo os cientistas, as mudanças regionais na gravidade lunar farão com que elas diminuam ou aumentem levemente a velocidade.
Isso, por sua vez, modificará a distância que as separa, e os sinais de rádio transmitidos pelas sondas medirão as variações menores. Dessa forma, os pesquisadores poderão criar mapas do campo de gravidade.
Com esses dados, os cientistas poderão deduzir o que há embaixo da superfície da Lua, com suas montanhas e crateras, e poderiam entender melhor por que o lado oculto dela é mais abrupto que o lado visto da Terra.
Outro dos mistérios que Grail poderia revelar, segundo Zuber, é se a Terra teve em outro tempo uma segunda lua menor. Alguns astrônomos acreditam que algumas das marcas na superfície do satélite são resultado de uma colisão com um satélite menor.

Mais rápida estrela giratória é encontrada em galáxia vizinha



Do G1 em SP - Imagem simula a mais rápida estrela giratória encontrada até hoje. Esse astro maciço, brilhante e jovem é chamado de VFTS 102 e gira a 1,6 milhão de km/h, cem vezes mais rápido que o Sol. Forças centrífugas causadas por essa alta taxa de rotação achataram a estrela nos polos e formaram um disco de plasma quente no meio dela. A VFTS 102, que é mostrada no desenho junto de um planeta hipotético, pode ter incorporado material de uma estrela binária, e essa companheira teria evoluído rapidamente depois e explodido como uma supernova. A estrela giratória fica a 160 mil anos-luz de distância da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia-satélite da Via Láctea. Foto: NASA, ESA, e G. Bacon (STScI)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

'Anel de fogo' captado pela Nasa revela galáxia com buraco-negro ativo

Do G1 em SP




Um “anel de fogo” registrado pelo telescópio de raio-X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), e divulgado nesta terça-feira (27) mostra a região central da galáxia espiral NGC 4151, localizada a 43 milhões anos-luz de distância da Terra e uma das mais próximas a ter um buraco-negro ativo. Informações de raio-X (em azul) foram combinadas com dados óticos (em amarelo). As bolhas amarelas em volta da elipse vermelha são regiões de formação estelar recente. Já o anel vermelho contém uma mistura de hidrogênio com um material que cai em direção ao centro da galáxia. (Foto: X-ray: NASA/CXC/CfA/J.Wang et al.; Optical: Isaa)

'Berçário' de estrelas é registrado por satélite infravermelho da Nasa

 

Do G1, em São Paulo - O satélite explorador infravermelho (Wise, na sigla em inglês) da agência espacial americana (Nasa) registrou uma nova imagem da nebulosa Barnard 3 – ou IRAS Ring G159.6-18.5 –, cercada por brilhantes nuvens de poeira verdes e vermelhas. Esse pó interestelar é um “berçário” onde nascem as estrelas.


Nebulosa Barnard 3 é registrada pelo satélite infravermelho Wise, da Nasa
 (Foto: NASA/JPL- Caltech/UCLA)

O anel verde é formado por pequenas partículas de poeira quente, cuja composição é muito semelhante ao “smog” (mistura de neblina e fumaça) encontrado na Terra.
Já a nuvem vermelha no centro é provavelmente feita de um pó metálico e mais frio que as regiões vizinhas. A estrela brilhante no meio da nuvem vermelha, chamada de HD 278942, é tão luminosa que, segundo os astrônomos, talvez seja essa a causa do brilho do anel em volta dela.
A região amarelo-esverdeada e brilhante à esquerda do centro da imagem é similar ao anel, embora mais densa. E as estrelas branco-azulada estão localizadas tanto na frente quanto atrás da nebulosa.
Zonas semelhantes à Barnard 3 são encontradas bem próximo da Via Láctea à noite. Essa região, porém, fica um pouco fora dessa faixa, a cerca de 1.000 anos-luz da nossa galáxia, perto da fronteira entre as constelações de Perseu e Touro. Apesar disso, a nuvem ainda é considerada parte da Via Láctea.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Observatório no Chile registra passagem de cometa

Do G1, em São Paulo


Observatório no Chile registra passagem de cometa (Foto: Reuters/G. Blanchard/ESO)

O Observatório do Paranal no Chile divulgou neste domingo fotografias da passagem do cometa Lovejoy pela Terra. As imagens foram feitas na última quinta-feira (22).
O cometa passou a cerca de 140.000 km da superfície do Sol.

Cometa Lovejoy é visto sobre Santiago próximo ao amanhecer
(Foto: REUTERS/Y. Beletski/ESO)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Astronauta fotografa passagem de cometa vista do espaço

Do G1, em São Paulo
A agência espacial americana (Nasa) divulgou nesta sexta-feira (23) uma fotografia feita da passagem do cometa Lovejoy pela Terra vista do espaço. A imagem foi obtida pelo comandante da estação espacial, o americano Dan Burbank,

Cometa Lovejoy é visto perto do horizonte da Terra em imagem feita do espaço (Foto: Nasa)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Astrônomos descobrem dupla de planetas 'engolida' por estrela

Do G1 em São Paulo - Um sistema com dois "miniplanetas" foi detectado por astrônomos europeus e norte-americanos ao redor de uma estrela que deixou de ser uma gigante vermelha. A descoberta foi feita pela sonda Kepler, da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) e divulgada na revista científica "Nature" desta semana.
A estrela se chama KIC 05807616 e é conhecida como variável -- seu brilho parece se alterar em tempos regulares. A sonda desvendou os planetas ao analisar as fases de mais brilho e de maior opacidade na estrela, mudanças causadas quando os astros passam entre a estrela e os observadores aqui na Terra.
Quando uma estrela dessas envelhece para se transformar em uma gigante vermelha, é esperado que planetas com distâncias iguais ou menores que a da Terra até o Sol sejam completamente "engolidos" durante a expansão. Aumento de volume parecido deverá ocorrer com a estrela mais próxima de nós daqui a 5 bilhões de anos.
No caso dos astros ao redor de KIC 05807616, os cientistas acreditam que eram planetas gigantes, que foram reduzidos após a expansão. Esta é a primeira vez que astrônomos conseguem analisar o que pode restar de um planeta depois de interagir com o interior uma gigante vermelha.



Planetas girando ao redor de estrela gigante vermelha.
 (Crédito: S. Charpinet / Nature / Divulgação)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Observatório faz novas imagens da nebulosa de Órion

Do G1 em SP

Astrônomos divulgaram nesta terça-feira (20) novas imagens da nebulosa de Órion, feita pelo observatório Sofia, capaz de enxergar em infravemelho. As fotografias mostram uma rede de poeira interestelar que é um verdadeiro "berçário de estrelas".


Fotografias feitas pelo Sofia em comparação com imagem mais conhecida da nebulosa de Órion, feita pelo Spitzer. (Foto: SOFIA -- James De Buizer / NASA / DLR / USRA / DSI / FORCAST; Spitzer -- NASA/JPL)


Astrônomos encontram dois planetas do tamanho da Terra

Do G1 em SP 
Astrônomos da sonda espacial Kepler anunciaram nesta terça-feira (20) a descoberta de mais dois planetas fora do Sistema Solar: “Kepler-20e” e “Kepler-20f”. Os dois são os primeiros dentre os descobertos a ter quase exatamente o mesmo tamanho que a Terra. Eles também orbitam uma mesma estrela parecida com nosso Sol.

O 20f tem praticamente o mesmo raio da Terra e o 20e é um pouquinho menor (mais ou menos do tamanho de Vênus). São os dois menores já descobertos fora da nossa vizinhança. Eles estão a 950 anos-luz de distância.

Ilustração compara os tamanhos dos planetas, na ordem: Kepler 20e, Vênus, Terra e Kepler 20f (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)


Segundo o líder do grupo, François Fressin, a equipe acredita que eles possam ter uma composição parecida com a do nosso planeta, com um núcleo ferroso e um manto. Eles suspeitam também que o 20f possa ter uma atmosfera com vapor d’água.
O grande número de “exoplanetas” (como são chamados os que existem fora do Sistema Solar) descobertos recentemente é fruto de uma verdadeira “caça ao tesouro” feita por astrônomos em busca de um planeta “gêmeo” da Terra. O objetivo, é claro, é encontrar um outro mundo capaz de abrigar alguma forma de vida.
O sistema estelar da dupla é composto ainda por outros três planetas maiores. Todos os cinco estão mais perto de sua estrela do que Mercúrio está do Sol.


Ilustração do Kepler 20e, o menor planeta extrassolar já encontrado. (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)

Os astrônomos também notaram uma coisa interessante, que desafia o que sabemos sobre a formação de planetas. Por aqui, os astros rochosos e pequenos (como Terra, Marte, Vênus e Mercúrio) ficam mais perto do Sol enquanto os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) ficam mais longe. No sistema de Kepler 20, no entanto, a organização é intercalada entre planetas grandes e pequenos.
O trabalho será publicado em uma edição futura da revista científica” Nature”.


Ilustração do Kepler 20f tem mais ou menos o tamanho da Terra
 (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rússia se prepara para lançamento espacial nesta quarta

Do G1, em São Paulo
Equipes do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, levaram nesta segunda-feira (19) a nave Soyuz TMA-03M pela neve para a plataforma de lançamento. A missão levará a outra metade da Expedição 30 para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês): o comandante russo Oleg Kononenko, o americano Don Pettit e o holandês André Kuipers.

A decolagem está prevista para a próxima quarta-feira (21).

Nave espacial é levada de trem à plataforma no Cazaquistão
 (Foto: NASA/Carla Cioffi)

Nasa fecha portas do ônibus espacial Discovery pela última vez

Do G1, em São Paulo
Depois de 30 anos, as portas do ônibus espacial Discovery foram fechadas e suas luzes apagadas. Ele agora deve partir para o Museu Nacional de Ar e Espaço, em Washington, onde será exposto de portas fechadas. Se ninguém mudar de ideia, nunca mais nenhum ser humano estará dentro da nave que mais vezes foi ao espaço.
A agência espacial americana (Nasa) prepara as três naves que sobraram para virarem peças de museu. Todos os agentes químicos considerados perigosos nas baterias e equipamentos dos veículos foram limpos. Os aparelhos que ainda poderiam ser úteis, retirados.


Cockpit do ônibus espacial Atlantis pôde ser visitado por jornalistas
(Foto: BRUCE WEAVER / AFP)

No final de semana, jornalistas nos Estados Unidos puderam, pela primeira vez, visitar todos os cantos de um ônibus espacial: o Atlantis. Enquanto isso, a Nasa testava como manobrar as naves no lado de fora do Centro Espacial Kennedy, com a ajuda de um modelo em tamanho real.
Postes e sinais de trânsito foram tirados do caminho. Ao todo, foram cinco horas para percorrer pouco mais de 10 quilômetros. O maior desafio: passar a centímetros de distância de uma placa de trânsito.
Um pouco aquém da capacidade dos engenheiros da agência que já levou o homem à Lua.

Equipes da Nasa manobram modelo do ônibus espacial em estrada
(Foto: BRUCE WEAVER / AFP)

Cientistas podem ter encontrado o menor buraco negro do Universo

Do G1, em São Paulo
No começo de dezembro, os cientistas anunciaram terem encontrado alguns dos maiores buracos negros do Universo. Agora, é o contrário. Uma equipe da Nasa afirma ter achado o que pode ser menor buraco negro já visto.
 A descoberta foi feita analisando as emissões de raios X vindas do astro -- como se fosse um "batimento cardíaco".
Se for mesmo um buraco negro, ele teria só um pouquinho mais de massa acima do mínimo necessário para poder existir.
Segundo os astrônomos, ele tem menos de três vezes a massa do nosso Sol. Para efeito de comparação, os buracos negros anunciados no início do mês tem cerca de 10 bilhões de vezes a massa do Sol.


Ilustração de como seria o menor buraco negro já detectado
 (Foto: NASA/Goddard Space Flight Center/CI Lab)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Telescópio faz imagem detalhada de uma das galáxias mais brilhantes

Do G1, em São Paulo
Os astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgaram nesta sexta-feira (16) aquela que pode ser a imagem mais detalhada já feita da galáxia do Escultor (também chamada de galáxia da Moeda de Prata), a 11,5 milhões de anos-luz da Terra.
 
Conhecida entre os cientistas pelo nome técnico NGC 253, ela é a uma das galáxias mais brilhantes do céu – atrás da gigante galáxia de Andrômeda, vizinha da nossa Via Láctea. Tão luminosa que pode ser vista de binóculo.

A imagem foi feita durante os testes com o telescópio terrestre VST, de 2,6 metros de diâmetro, o mais recente do observatório localizado no Chile. Com ela, os pesquisadores conseguem analisar a formação de novas estrelas nos braços em espiral. Ao fundo, é possível ver galáxias mais distantes.


Fotografia feita no Observatório Europeu do Sul da galáxia do Escultor
  (Foto: ESO/INAF-VST)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Prima 'diretta' cosmica di un buco nero

Simulazione dell’avvicinamento di una nube di gas al buco nero che si trova al centro della Via Lattea(fonte: ESO/MPE/Marc Schartmann)

Osservato per la prima volta un buco nero in piena azione che sta inghiottendo una gigantesca nuvola di gas. Le osservazioni dei ricercatori del Max Planck Institute di Garching stanno mostrando in 'diretta' il destino di una grande massa di gas che entro il 2013 scomparira', rilasciando un potente lampo di raggi X, all'interno dell'orizzonte degli eventi di un buco nero al centro della Via Lattea. Lo studio, illustrato su Nature, rivelera' molte proprieta' dei buchi neri supermassicci.

www.ansa.it

Explosão de supernova dá pistas sobre formação da vida

Da BBC - A explosão de uma estrela supernova em uma galáxia a 21 milhões de anos-luz deu a cientistas um raro vislumbre de como a explosão de estrelas pode gerar vida no universo. Astrônomos capturaram as imagens da explosão da supernova SN2011fe, na galáxia Cata-vento na constelação de Ursa Maior, apenas 11 horas depois do evento.
Três telescópios poderosos localizados na Terra e o telescópio espacial da Nasa, o Swift, foram usados para estudar a explosão e os resultados da observação mostraram com detalhes nunca vistos antes como elementos mais pesados - como oxigênio e ferro - foram atirados para fora da bola de fogo em expansão resultante da explosão.
Com o tempo estes elementos vão se transformar nos blocos de construção de novos sistemas solares e, possivelmente, de seus habitantes vivos.

Observação de SN2011fe deu dados sobre supernovas deste tipo. (Foto: BJ Fulton / Las Cumbres Observatory Global Telescope / Palomar Transient Factory / Space Telescope Science Institute /PA Wire)    BJ Fulton (Las Cumbres Observatory Global Telescope)/Palomar Transient Factory/Space Telescope Science Institute/PA Wire
"A compreensão de como estas explosões gigantes criam e misturam materiais é importante, pois é das supernovas que pegamos a maioria dos elementos que formam a Terra e até nossos corpos, por exemplo, estas supernovas são uma grande fonte de ferro", explicou Mark Sullivan, da Universidade de Oxford, que participou da pesquisa.
"Então somos todos feitos de pedaços de estrelas que explodiram", acrescentou.
20 minutos
A SN2011fe é uma supernova do Tipo 1 e a observação da explosão deu aos cientistas informações valiosas sobre como as explosões ocorrem nesta classe de estrelas.
As supernovas do Tipo 1 são importantes, pois sempre produzem a mesma quantidade de luz e isto permite que os astrônomos as usem como 'velas cósmicas' para determinar o tamanho e a taxa de expansão do universo.
Mas a forma precisa como estas explosões ocorriam era um mistério.
"O que causa estas explosões dividia profundamente a comunidade astronômica. A SN2011fe é como uma Pedra de Rosetta das supernovas do Tipo 1", disse o professor Shri Kulkarni, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, um dos autores da pesquisa sobre a explosão publicada na revista Nature.
Os cientistas conseguiram calcular o momento da explosão com uma diferença de 20 minutos.
Peter Nugent, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, localizou o sinal da supernova pela primeira vez em agosto, enquanto analisava dados coletados pelo telescópio no Monte Palomar, Califórnia.
"Nossas primeiras observações confirmaram algumas suposições a respeito das supernovas do Tipo 1 (...). Mas este olhar mais aproximado também nos fez descobrir coisas que ninguém tinha sonhado antes", disse.

Imagem mostra estrela jovem 'se rebelando' contra nuvem-mãe

A imagem obtida pelo telescópio espacial Hubble mostra Sh 2-106, uma região formadora de estrelas. Uma jovem estrela chamada S106 IR expele material a uma velocidade muito alta, espalhando gás e poeira em seu redor. A estrela, que tem aproximadamente 15 vezes a massa do Sol, vai se estabilizar em breve e começar sua fase adulta. Ela continua dentro de sua nuvem-mãe, mas 'se rebela' contra ela. O material expelido deixa o hidrogênio em volta muito quente – até 10 mil graus Celsius – e turbulento. (Foto: Nasa/ESA/Hubble Heritage Team (STScI/AURA))

Nasa vai 'arpoar' cometas para entender criação do universo

Da France Presse - A agência espacial americana, a Nasa, trabalha na criação de um arpão capaz de atingir cometas para retirar amostras que dêem indícios sobre a criação do universo. O projeto é baseado em um conceito desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ASE), ao qual a Nasa agregou uma câmara capaz de recolher amostras dos cometas.
Concretamente, o projeto consiste em uma máquina espacial que viaja em busca de um cometa "e que lança um arpão para retirar amostras em locais determinados, com uma precisão cirúrgica", revelou a Nasa em seu comunicado.
Geralmente, os cometas têm vários quilômetros de diâmetro, mas é muito difícil pousar uma nave sobre eles para recolher material devido a sua baixa gravidade. "Como a nave espacial não pode pousar sobre o cometa, deve se agarrar a ele de uma forma ou outra", explicou Joseph Nuth, especialista da Nasa. "Assim, vamos utilizar um arpão, que recolherá amostras".
No momento, a Nasa estuda os cometas apenas com naves que os sobrevoam, como o foguete Stardust-NExT, lançado em 1999 para recolher amostras das caudas dos cometas.
Em 2016, a Nasa lançará o foguete OSIRIS-REx, que recolherá amostras através de um braço robotizado. "A próxima etapa consiste em recolher uma amostra retirada da superfície (do cometa), onde estão os materiais mais puros e mais antigos", disse o engenheiro do projeto do arpão, Donald Wegel.
Atualmente, uma equipe da Nasa em Greenbelt (Maryland) testa um arpão contra um bloco de areia, gelo e rocha com o objetivo de medir o volume de explosivos necessário e determinar a forma que deve ter o arpão para otimizar sua penetração.
"Não sabemos com precisão o que vamos encontrar no cometa. A superfície pode ser macia, formada por poeira ou por uma mistura de gelo e pedras", explicou Wegel. "Por esta razão, precisamos desenhar um arpão capaz de penetrar qualquer tipo de superfície".

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nasa realiza último teste do ano com substituta dos ônibus espaciais

Do G1, em São Paulo
A Nasa realizou nesta terça-feira (13) os últimos testes de pouso de 2011 com a nave Orion, a cápsula que está sendo preparada para ser o próximo veículo da agência espacial norte-americana.
Desde julho, quando os ônibus espaciais foram aposentados, os EUA não têm um meio de levar nem astronautas nem carga para o espaço. Hoje, eles dependem dos russos e, num futuro breve, a iniciativa privada também será uma opção.
O teste desta terça foi o oitavo já realizado com a nave. A cápsula entrou na água a um ângulo de 28 graus e a uma velocidade de 32 km/h. O objetivo era simular o retorno da nave em um mar tranquilo.
Os diversos testes têm em vista os diferentes cenários possíveis em um pouso. A possibilidade de que a nave caia na posição invertida também está sendo levada em conta. Ao contrário do ônibus espacial, que pousava em uma pista, a cápsula cai na Terra com o paraquedas aberto.


Teste com a cápsula Orion, da Nasa
 (Foto: Nasa/Sean Smith)

Sonda da Nasa tira novas fotos de lua de Saturno

Do G1, em São Paulo
A Nasa publicou nesta terça-feira (13) as imagens obtidas pela sonda Cassini durante uma manobra que executou por uma das luas de Saturno. Na segunda, a nave ficou a cerca de cem quilômetros da superfície de Dione.
As imagens publicadas ainda não passaram por nenhum tipo de tratamento. Elas mostram as fraturas na superfície do satélite natural e, ao fundo, os anéis de Saturno e outras duas luas do planeta, Epimeteu e Pandora.
A sonda Cassini foi lançada em 1997 para estudar a composição das luas de Saturno – mais de 60 satélites naturais já foram encontrados na órbita do planeta.

Imagem de Dione, com outras duas luas e os anéis de Saturno
 (Foto: Nasa/JPL/Space Science Institute)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Trovata impronta ''particella di Dio''

Ginevra - Per la prima volta e' stata ''avvistata'' la particella di Dio, ossia il bosone di Higgs, grazie al quale esiste la massa. I primi dati sono stati presentati oggi a Ginevra, in un affollatissimo seminario organizzato al Cern, dai coordinatori degli esperimenti Atlas e Cms, gli italiani Fabiola Gianotti e Guido Tonelli.

Físicos anunciam ter 'encurralado' a 'partícula de Deus'

Marília Juste e Mário Barra Do G1, em São Paulo
Os físicos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) "encurralaram" a partícula conhecida como “bóson de Higgs” – apelidada de “partícula de Deus”, segundo anúncio feito nesta terça-feira (13), em Genebra, na Suíça. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que não há dados suficientes para se confirmar que ela foi “descoberta”.
O “bóson de Higgs” é uma partícula hipotética que seria responsável pela existência de massa em outras partículas do Universo. Para encontrá-la, os cientistam colidem prótons (que ficam no núcleo dos átomos) e procuram entre as partículas que surgem do impacto.
Dois grupos principais e independentes trabalham na busca pela partícula no Grande Colisor de Hádrons, do Cern, na Europa: o Atlas e o CMA. Os dois apresentaram seus dados em um simpósio nesta terça.
O primeiro grupo a falar foi o Atlas, com a italiana Fabíola Gianotti. Segundo ela, os cientistas já excluíram a possibilidade de encontrar o Higgs entre as partículas que têm entre 141 e 476 gigaelétron-volts (a unidade de medida de energia que os físicos usam para medir a massa de partículas, cujo símbolo é “GeV”). Se o Higgs existir, ele deve ter entre 115 GeV e 130 GeV de massa.
De acordo com a cientista, o grupo conseguiu reduzir a janela de probabilidade onde a partícula deve estar. Dentro dela, a região onde estão partículas com 126 GeV de massa parece ter indícios fortes da presença do Higgs .
Após o Atlas, Guido Tonelli, do CMS, apresentou os dados de sua equipe. Eles encontraram indícios do Higgs em uma região um pouco abaixo, mas muito próxima: entre 123 GeV e 124 GeV de massa.
O brasileiro Sérgio Guerra, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro do grupo CMS sugere cautela na análise dos resultados. "Os dados não são conclusivos, a gente precisa lembrar sempre isso", afirmou ele.
Segundo os pesquisadores do Atlas, hoje há cinco vezes mais dados do que no momento da última conferência, há seis meses.


Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)


Modelo Padrão
Os físicos têm uma teoria para explicar as partículas elementares do Universo – aquelas minúsculas que formam tudo que existe. Essa teoria se chama “Modelo Padrão”.
O Modelo Padrão explica tudo que sabemos sobre o comportamento e o surgimento dessas partículas, menos uma coisa: por que elas têm massa? E essa é uma pergunta muito importante. O fato de as partículas terem massa é a razão pela qual qualquer coisa no mundo tem massa: o Sol, os planetas, eu e você.
É aí que entra o bóson de Higgs. Diversos físicos – entre eles um britânico chamado Peter Higgs – descobriram um mecanismo teórico que tornaria possível que as partículas tivessem massa. Esse mecanismo – batizado de “mecanismo de Higgs” – prevê a existência de um “campo” que interage com tudo que existe no Universo. Essa interação faz com que as partículas ganhem massa.
Para esse campo existir, é preciso também existir uma partícula especial e invisível. Os físicos pegaram essa proposta e aplicaram nos cálculos do Modelo Padrão e tudo fez sentido. A partícula invisível foi batizada em homenagem a Higgs.


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