sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Estudo sugere que buracos negros podem emitir jatos de átomos

Descoberta mostra que buracos negros, além de destrutivos, são criadores.
Dados foram publicados nesta semana na revista científica 'Nature'.

Da France Presse
 

buraco negro (Foto: Nasa/ESA) 
Imagem feita por telescópio da agência espacial americana mostra buraco negro
 (Foto: Nasa/ESA)

Os buracos negros emitem potentes jatos de matéria em alta velocidade, o que inclui átomos pesados, revelou um estudo publicado esta quarta-feira (13) na revista científica britânica "Nature".

Há décadas os astrônomos ficam intrigados com estreitos feixes de matéria expelidos dos buracos negros, o fenômeno mais poderoso do universo. Sabe-se que os jatos contêm elétrons, que são partículas com carga negativa.

Mas o enigma é que os jatos não têm todos carga negativa, o que sugere que deve haver "algo" com carga positiva ali para equilibrar as coisas. Este "algo" pode ser átomos de ferro e níquel, segundo astrônomos que utilizaram o telescópio espacial europeu XMM-Newton e o rádio-telescópio Compact Array, no leste da Austrália.

Linhas de átomos foram vistas em emissões exaladas por um pequeno buraco negro denominado 4U1630-47 com dois terços da velocidade da luz. A fonte dos jatos parece ser um disco de acréscimo, um cinturão de gás quente que gira em torno da entrada do buraco.

A descoberta é importante porque os buracos negros, além de destrutivos, são criadores também. Eles reciclam a matéria e a energia do espaço e os jatos ajudam a dar forma quando e onde uma galáxia forma estrelas.

"Os jatos de buracos negros supermaciços ajudam a determinar o destino de uma galáxia", anunciou em um comunicado Tasso Tzioumis, da Organização Australiana para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade Britânica (CSIRO, na sigla em inglês). "Então, queremos entender melhor o impacto que os jatos têm em seu ambiente", continuou.

Um átomo de ferro é cerca de 100 mil vezes mais maciço do que um elétron, o que significa que carrega muito mais energia do que uma partícula mais leve viajando na mesma velocidade. As colisões com a matéria no espaço interestelar poderiam gerar raios-gama e elétrons, sugeriram os autores.

Telescópio espacial mostra colisão das galáxias Antennae

Segundo a Nasa, é a imagem mais nítida desta colisão de galáxias.
Regiões de nascimentos de estrelas têm dezenas de milhares delas,

Do G1, em São Paulo

O par de galáxias Antennae está em coalisão há centenas de milhões de anos (Foto: AFP PHOTO / EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY / ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/NASA/ESA/F. COMBES) 
O par de galáxias Antennae está em coalisão há centenas de milhões de anos
(Foto: AFP PHOTO / EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY / F. COMBES)
 

Foi divulgada nesta quinta-feira (14) imagem das galáxias Antennae feita pelo telescópio espacial Hubble. Segundo a Agência Espacial Americana (Nasa), trata-se da imagem mais nítida desta colisão de galáxias.

As duas galáxias espirais começaram a interagir há centenas de milhões de anos e durante a colisão serão formadas bilhões de estrelas. As regiões de nascimentos de estrelas, com dezenas de milhares delas, são os pontos mais brilhantes da imagem. Elas são chamadas de aglomerados de superestrelas.

De acordo com a Nasa, os dois núcleo das galáxias originais consistem em estrelas antigas atravessadas por filamentos de poeira, que aparecem em marrom na imagem. As regiões azuis são regiões de formação de estrela, rodeadas por gás hidrogênio que aparece em rosa pink.

A nova imagem permite que astronautas distingam melhor entre as estrelas e aglomerados de superestrelas criadas em coalisões de duas galáxias em espiral.

Astrônomos acreditam que apenas 10% dos aglomerados recém-formados da Antennae vá sobreviver pelos próximos 10 milhões de anos. A grande maioria deverá de dispersar e as estrelas individuais devem se tornar parte do fundo suave da galáxia.

Os aglomerados mais massivos que sobreviverem devem formar aglomerados globulares regulares, similares aos que estão em nossa galáxia.

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