quinta-feira, 26 de março de 2009

Marte pode ter 'piscinas' de água salgada, diz Nasa

Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, afirmam que Marte pode ter "piscinas" de água salgada um pouco abaixo de sua superfície. Anteriormente os pesquisadores acreditavam que a água existiu em Marte na forma de gelo ou vapor, devido às temperaturas baixas e à pressão atmosférica do planeta. Mas a sonda Phoenix, da Nasa, mostrou a presença de sais percloratos no solo do planeta, que podem manter a água em estado líquido em temperaturas de até 70 graus negativos.


Imagem do solo marciano com indícios de gelo (Foto: Nasa/JPL/Caltech/Universidade do Arizona/Universidade do Texas A&M)

Os pesquisadores apresentaram os primeiros resultados científicos da missão da sonda Phoenix - que chegou às planícies do norte de Marte em 25 de maio de 2008 - na 40ª Conferência de Ciência Planetária e Lunar (LPSC, na sigla em inglês) em Woodlands, Texas. "Acredito que estas piscinas existam. Mas ainda há mais para descobrir a respeito das propriedades destas soluções de percloratos, como por exemplo, qual a pressão do vapor", disse Mike Hecht, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, Califórnia.

A sonda Phoenix foi lançada em agosto de 2007 e foi a que pousou mais ao norte de Marte entre todas as missões anteriores. A sonda conduziu operações no solo marciano por mais de cinco meses antes de sucumbir ao frio e à escuridão do inverno de Marte. O robô cavou, perfurou e queimou o solo marciano para analisar se o planeta já abrigou vida. E se transformou na primeira missão a analisar amostras de água e gelo encontradas centímetros abaixo da superfície do solo. Pedaços de gelo foram vistos vaporizando diante das câmeras da sonda. A sonda Phoenix usou apoios para diminuir o impacto do pouso na superfície de Marte. E estes apoios moveram o solo mais superficial, expondo a água com gelo a apenas alguns centímetros abaixo.

"Aqui estão todos estes sais percloratos, bem abaixo deles, a alguns centímetros, é uma placa (de água com gelo). Não é preciso muita imaginação para afirmar que estes dois materiais vão interagir", disse Hecht.

Na Terra os percloratos, sais derivados do ácido perclórico, são usados em airbags, fogos de artifício e combustível sólido para foguetes. E os cientistas estão apenas começando a entender a importância que estes sais podem ter em Marte. Para Hecht a formação de bolsões de líquidos em Marte iria necessitar as concentrações corretas de sais percloratos.

"Neste caso temos um pouco de perclorato e grandes fatias de gelo, então posso imaginar que temos um excesso de água. Isto significa que você teria que formar uma piscina de água de sal em temperatura baixa, se os dois interagiram", disse.

Outros pesquisadores afirmam que as concentrações destes sais encontrados no local de pouso da Phoenix ainda são componentes pequenos da química geral do solo de Marte e a ideia de Hecht ainda precisa de mais testes. Mesmo assim, Hecht afirma que a descoberta destes compostos faz com que Marte seja mais parecido com a Terra em vários aspectos. Troy Hudson, outro cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, afirmou que os percloratos podem estar controlando a quantidade de vapor de água na atmosfera de Marte. E a presença destes percloratos também pode explicar a razão de a Phoenix ou a sonda Viking na década de 70, não terem encontrado provas mais concretas da presença de compostos "orgânicos", compostos moleculares que contenham carbono.
Estas moléculas são componentes de importância crucial na busca por vida no planeta vermelho.
"Os percloratos, se você os esquentar no forno (da Phoenix), liberam o oxigênio e queimam os (compostos) orgânicos", disse Peter Smith, chefe da missão de cientistas. Smith afirmou que várias provas apontam para ação de água líquida no passado, no local onde a Phoenix pousou, nas planícies do norte de Marte. Estas provas incluem a presença de minerais aquosos, torrões, solo cimentado e a descoberta de que parte do gelo estava "separado" à medida que derretia.

"É provável que em um clima mais quente e úmido, como quando o eixo de Marte se inclina, isto mude, este pode ser apenas um lugar no qual a água líquida foi encontrada. Não significa que é um lago. Apenas significa que o solo está molhado", afirmou Smith, que é da Universidade do Arizona.

A descoberta de carbonato de cálcio no solo também sugere a ação de água líquida no passado. A substância é encontrada em rochas por toda a Terra.

Segundo Peter Smith a substância ocorre em níveis que variam entre 3% e 5% no local do pouso da Phoenix provavelmente se formando enquanto o dióxido de carbono da atmosfera marciana se dissolvia em água líquida, formando um ácido fraco que retirou o cálcio do solo.

Nilton Renno, professor da Universidade de Michigan, apresentou provas de que gotículas de água líquida podem ser vistas em fotos do suporte de uma das pernas de apoio da Phoenix.

"Elas se movem, pingam e se fundem", disse.

Mike Hecht e Tom Pike, do Imperial College de Londres, acreditam que as gotículas seriam gelo.
BBC

segunda-feira, 16 de março de 2009

Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à Estação Espacial Internacional

O ônibus espacial Discovery foi lançado do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para uma missão à Estação Espacial Internacional na noite deste domingo (15). Assim que foi lançado, às 20h43 (horário de Brasília), a nave traçou um arco branco e laranja no céu, com o objetivo de entrar em órbita. A missão deverá ficar duas semanas em órbita para entregar um jogo de painéis solares de 300 milhões de dólares e um novo destilador para o sistema de reciclagem de urina da estação. Os painéis estão dentro de um módulo de 16 toneladas que irá completar a estrutura principal exterior de 11 segmentos da Estação Espacial Internacional.



Ônibus espacial Discovery decola da plataforma 39A do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, na Flórida. (Foto: Scott Audette/Reuters)

"Todos os sistemas funcionam perfeitamente", disse o controle da Missão no Centro Espacial Johnson em Houston (Texas, EUA) pouco antes de a nave entrar em órbita terrestre, segundo a agência EFE.Dois minutos e cinco segundos após sua partida, os foguetes re-utilizáveis que deram o empuxo para a nave se separaram e caíram no Oceano Atlântico, onde serão recuperados.

O lançamento havia sido programado para a quarta-feira da semana passada, mas foi adiado para que o ônibus espacial recebesse reparos devido a um vazamento de combustível. Os engenheiros da Nasa instalaram novos lacres em uma válvula do tanque para resolver o problema. O vazamento foi descoberto quando técnicos que trabalhavam na plataforma de lançamento começavam a encher o tanque do ônibus com 1,9 milhão de litros de hidrogênio líquido e oxigênio líquido.

G1

sábado, 7 de março de 2009

Sonda Kepler parte à procura de vida em planetas parecidos com a Terra

A Nasa lançou o telescópio Kepler, o maior já enviado ao espaço, que partiu nesta sexta-feira (6) de Cabo Canaveral, no foguete Delta II. A missão é ambiciosa: buscar planetas parecidos com a Terra, que possam abrigar alguma forma de vida. A missão deve durar cerca de três anos e meio, e vai permitir que os cientistas monitorem mais de 100 mil estrelas e planetas da nossa galáxia, a Via Láctea. O projeto custa quase US$ 600 milhões, e é considerado um do mais importantes da Nasa.


Espectadores acompanham decolagem da Kepler (Foto: Malcolm Denemark/AP)
Globo on line

quinta-feira, 5 de março de 2009

Novo telescópio da Nasa vai procurar planetas parecidos com a Terra


Kepler em montagem - Foto NASA

Kepler vai varrer área com 100 mil estrelas semelhantes ao Sol. Pesquisa é o primeiro passo na busca de vida extraterrestre.

Da EFE

A Nasa colocará esta semana em andamento sua primeira missão com capacidade para responder a um dos principais questionamentos da humanidade: existe vida além da Terra? A esperança de encontrá-la está nos exoplanetas, corpos que giram em torno de outras estrelas além do Sistema Solar. Até agora, a partir de diversos sistemas de detecção, os astrônomos confirmaram a existência de mais de 320 desses planetas.

E, para continuar essa busca, a agência espacial americana lançará o observatório Kepler, que partirá na sexta-feira (6). Será uma das primeiras missões com a capacidade de encontrar lugares como a Terra, planetas rochosos que se encontrem em uma área quente em que se possa manter em sua forma líquida a água, elemento essencial para a formação da vida, conforme disse a Nasa em comunicado. "O Kepler é um componente crucial dos esforços da Nasa para encontrar e estudar planetas com características similares às da Terra", assinalou Jon Morse, diretor de astrofísica da agência espacial em Washington.

Segundo o cientista, o censo planetário que o Kepler fará ajudará a compreender a frequência em que existem esses planetas na Via Láctea. Também contribuirá para o planejamento de outras missões que, em um futuro a médio prazo, detectem diretamente e transmitam informação sobre as características dos mundos que existem em torno de estrelas vizinhas.



A constelação do Cisne e as suas vizinhanças


Cisne-Lira
O Kepler iniciará a busca na "minúscula" região de Cisne-Lira, que contém cerca de 100 mil estrelas similares ao Sol. Com seus instrumentos, o Kepler determinará a existência dos exoplanetas através das mudanças de luz que suas estrelas refletem quando os astros passarem entre elas e o observatório. Teoricamente, se esses corpos observados pelo Kepler forem similares à Terra, teriam de completar uma órbita de cerca de um ano em torno de sua estrela.O observatório contará com instrumentos que estão entre os mais poderosos produzidos até agora para a prospecção científica do espaço, como uma câmera com resolução de 95 megapixels. Segundo Debra Fischer, astrônoma da Universidade Estadual de San Francisco, o Kepler será um instrumento básico para saber que tipo de planetas giram em torno de outras estrelas. Suas descobertas serão utilizadas imediatamente para analisar as atmosferas dos exoplanetas. E as estatísticas recolhidas levarão a determinar o rumo que deverá ser seguido para estabelecer se efetivamente há "um planeta de cor azul que orbita outra estrela em nossa galáxia", assinalou.

Pesquisadores encontram microlua em meio aos anéis de Saturno

Objeto mede apenas cerca de 500 m e está no chamado anel G do planeta.Pequeno satélite teria relação com surgimento dos arcos em torno do astro.

Da Associated Press

Cientistas encontraram uma nova lua oculta em um dos anéis de Saturno. A nave não-tripulada Cassini detectou o objeto, que mede cerca de 500 m. A descoberta foi anunciada numa nota da União Astronômica Internacional.

Microlua aparece como pontinho mais escuro nesta sequência de imagens (Foto: Nasa/JPL/Space Science Institute)

Os pesquisadores sempre tiveram dúvidas sobre a formação do anel G, um dos mais misteriosos anéis de Saturno. Uma das hipóteses atuais é que ele surgiu a partir de fragmentos de gelo espalhados quando meteoritos se chocaram com a lua recém-descoberta. O planeta gigante já tem cerca de 60 luas registradas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Asteroide passa de raspão pela Terra, afirmam astrônomos

Um asteroide passou de raspão pela Terra na manhã de segunda-feira (2). Segundo informações dos astrônomos, o rochedo, com diâmetro entre 21 e 47 metros, passou a cerca de 70 mil quilômetros da superfície terrestre -- o equivalente a um quinto da distância entre a Terra e a Lua. A informação foi divulgada pela Planetary Society, uma ONG internacional.


O objeto foi descoberto dois dias antes, por um astrônomo do Observatório Spring, na Austrália, quando estava a 1,5 milhão de quilômetros de distância. Designado 2009 DD45, ele passou sobre o oceano Pacífico e foi, em tese, visível da Austrália, do Japão e da China. O astro, com seu porte, deve ser similar ao objeto que colidiu com a Terra em 1908, sobre Tunguska, na Sibéria. Naquela ocasião, o asteroide explodiu no ar, por conta do contato com a atmosfera, mas a onda de choque devastou as florestas da região.
G1

Hubble flagra galáxias 'brincando' de cabo-de-guerra espacial

O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, flagrou um "cabo-de-guerra" letal que está acontecendo a cerca de 100 milhões de anos-luz daqui. Três galáxias -- a NGC 7173, a NGC 7174 e a NGC 7176, que ficam na constelação do Peixe Austral -- estão passando por uma fase de intensa atração gravitacional. Algumas estrelas foram até arrancadas de suas galáxias maternas, o que gerou um "véu" estelar tênue perto das gigantes. Estima-se que, no fim das contas, a NGC 7174 ficará tão detonada que apenas as duas outras galáxias continuarão a existir.


As galáxias na imagem do telescópio espacial (Foto: ESA/Nasa/Z. Levay)

G1

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