sábado, 27 de setembro de 2014

Empresas querem transformar asteroides em 'postos de combustível'


Chris Lewicki está tentando tirar água de pedra. Na verdade, uma grande pedra que está a milhares de quilômetros da Terra.
Ele é o presidente da Planetary Resources, uma empresa de mineração que já participou de missões à Marte realizadas pela Nasa, a agência espacial americana. Agora, Lewicki aposta alto em asteroides.
Esses pedaços de rocha que vagam pelo espaço são ricos em minerais valiosos, diz o executivo, mas encontrar água em algum deles pode ser equivalente a achar ouro.
"A partir de observações feitas com telescópios, vemos que certos tipos de asteroides podem ter água em relativa abundância, além de outros minerais contidos nela", afirma ele.

Alto custo

Mas por que a água, que cobre a maior parte de nosso planeta, é tão valiosa no espaço?
O custo atual de enviar água suficiente para seis astronautas da Estação Espacial Internacional gira em torno de US$ 2 bilhões (R$ 4,4 bilhões), segundo Lewicki.
Além disso, a água pode ser transformada em ar e combustível - hidrogênio líquido e oxigênio formam o tipo mais eficiente de combustível para foguetes conhecido pelo homem.
Atualmente, as naves espaciais precisam carregar todo o combustível necessário para uma missão, o que aumenta seu peso e os custos de cruzar a atmosfera terrestre. Uma vez no espaço, equipamentos caros precisam ser abandonados, porque o custo para trazê-los de volta seria muito alto.
Mas "imagine se fosse possível reabastecer a espaçonave no espaço", questiona Lewicki?

Ideia lucrativa

A Planetary Resources não está sozinha nessa nova missão. Outras empresas também querem extrair combustível de asteroides e transformá-los em estações de reabastecimento no espaço.
Como asteroides têm pouca gravidade, pousar e decolar deles não exige muita energia. Esses corpos rochosos existem em grande número e estão próximos da Terra, o que os tornam uma potencial e valiosa estação de reabastecimento para missões mais longas.
Michael López-Alegría, um ex-astronauta da Nasa e atual presidente da Federação de Voos Espaciais Comerciais, diz que empresas estão interessadas nestas ideia "muito lucrativa" de mineração espacial, que vai além dos asteroides.
"Há uma grande quantidade de água congelada nas regiões polares da Lua", acrescenta ele. "É mais fácil chegar à Lua do que a um asteroide também é mais simples nos comunicarmos com um robô ou pessoa que esteja lá."

Quem é o dono

Um projeto de lei no Congresso americano pode ajudá-las nessa iniciativa, ao conferir a essas companhias direitos de propriedade sobre o que encontrarem nos asteroides. No entanto, se aprovada, pode enfrentar resistência internacional.
Um tratado de 1966 da ONU proíbe a apropriação de recursos espaciais. Assim, explorar a Lua estaria fora dos limites legais.
Mas especialistas dizem que há dúvidas sobre o fazer com asteroides, particularmente em relação a recursos que permaneceriam no espaço, algo que não foi previsto quando a legislação foi criada.
Na medida em que a indústria espacial comercial cresce, com bilhões de dólares já investidos no setor, empreendedores argumentam que deveriam se tornar donos do que encontrarem.

Concorrência

Asteroide (Thinkstock)
Incertezas legais sobre mineração espacial criam dificuldades para as empresas interessadas
Os custos são muito altos, afirmam eles, para correr o risco de que suas descobertas sejam apropriadas por governos ou concorrentes.
Lewicki diz que a incerteza quanto à legalidade da apropriação desses recursos por empresas gera desconfiança nos investidores e já está afetando o crescimento de sua empresa.
Não são apenas outras companhias que fazem parte da concorrência. Lewicki diz que a China lançou missões não-tripuladas para explorar asteroides e a Lua, e a Nasa trabalha em uma missão tripulada para coletar amostras de asteroides próximos à Terra na década de 2020.
Se os Estados Unidos querem que sua indústria espacial privada faça parte dessa movimentação, diz López-Alegría, legisladores precisam criar um "ambiente mais previsível" no qual empresas possam "ter direitos à exploração sem interferência".

Projeto de lei

Em julho, o congressista Bill Posey, do Partido Republicano, apresentou o chamado Ato de Tecnologia Espacial para Exploração de Oportunidades de Recursos no Espaço Profundo (ASTEROIDS, na sigla em inglês)
O documento, de apenas cinco páginas, propõe permitir que empresas detenham a propriedade sobre "qualquer recurso obtido de um asteroide no espaço".

Lewicki foi um dos espe

Aterrissagem da sonda Rosetta em cometa será em novembro

EFE | PARIS
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) fixou nesta sexta-feira em 12 de novembro como data para a primeira aterrissagem da história em um cometa, que será feita pela sonda Rosetta, segundo informou a ESA em comunicado.
Se for confirmada a primeira chance de aterrissagem, no chamado "ponto J", às 5h35, horário de Brasília, do dia 12 de novembro o módulo Philae se separará da Rosetta, situada nesse momento a 22,5 quilômetros do centro do cometa Churyumov-Gerasimenko, no qual se espera que aterrisse sete horas mais tarde.


A confirmação da chegada do módulo nas estações terrestres chegará por volta das 13h, levando em conta quedo a Rosetta emitir um sinal, levam 28 minutos e 20 segundos até que chegue à Terra.
Em caso de se recorrer a uma solução alternativa, o conhecido como "ponto C", a separação do Philae aconteceria às 13h04 10h04 a uma altitude de 12,5 quilômetros do cometa e a aterrissagem no Churyumov-Gerasimenko teria lugar quatro horas depois, de modo que o sinal na Terra chegaria às 14h30.
A ESA confirmará definitivamente em 14 de outubro próximo qual dessas duas opções prefere, após uma série de avaliações sobre a base das imagens de alta resolução dos dois locais de aterrissagem possíveis.
Uma vez que se tenha separado da Rosetta, o módulo disporá de uma autonomia de energia de dois dias e meio com sua pilha de combustível e, quando esta se esgotar, se alimentará de seus painéis solares.
Graças a seus 11 instrumentos científicos, o módulo estudará o cometa e seu ambiente enquanto cobre sua órbita elíptica em torno de Júpiter, que demora 6,5 anos para percorrer.
A Rosetta, por sua vez, realizará uma observação à distância do cometa com uma série de sobrevoos nas proximidades de seu núcleo.
A sonda está há dez anos viajando pelo espaço para tentar obter respostas sobre a origem do Sistema Solar.
Os pesquisadores centraram sua atenção nos cometas, aos quais consideram "cápsulas do tempo" porque se formaram na origem do Sistema Solar há cerca de 4,5 bilhões de anos, embora desde então se afastaram da estrela. quan

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