segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sonda indiana a Marte tem breve falha, mas missão continua

Da AFP

 

Imagem de arquivo mostra a sala de controle da sonda indiana (Foto: Reuters) 
Imagem de arquivo mostra a sala de controle da sonda indiana (Foto: Reuters)

A nave espacial indiana enviada a Marte sofreu uma breve falha mecânica nesta segunda-feira (11) quando cientistas tentaram colocá-la em uma órbita mais alta em volta da Terra, mas os controladores negaram ter ocorrido um revés nesta missão de baixo custo.

A Missão Orbitadora de Marte, lançada em 5 de novembro para uma viagem de 11 meses ao planeta vermelho, usa um incomum método de "estilingue" em viagens interplanetárias.

Na falta de um foguete grande o suficiente para enviá-lo diretamente para fora da atmosfera terrestre e de seu empuxo gravitacional, a nave indiana deverá orbitar a Terra até o final do mês, enquanto ganha velocidade suficiente para se libertar desse empuxo.

Nesta segunda-feira, durante o quarto reposicionamento para levá-la a 100.000 quilômetros da Terra, os motores de propulsão falharam por pouco tempo, acionando o piloto automático.

"Não é um revés. Amanhã voltaremos a elevar a órbita para 100 mil quilômetros", disse à AFP um porta-voz da agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês), Deviprasad Karnik.

A espaçonave se encontra atualmente em uma órbita de 78.276 quilômetros e voltará a ser elevada às 05h00 de terça-feira (21h30 de segunda-feira, horário de Brasília), indicou a ISRO em um comunicado.

É a primeira vez que a Índia se aventura em viagens interplanetárias em uma difícil empreitada, já que mais da metade de todas as missões a Marte terminaram em fracasso, incluindo a da China, em 2011, e a do Japão, em 2003.

O custo do projeto, de 4,5 bilhões de rúpias (US$ 73 milhões), corresponde a menos de um sexto dos US$ 455 milhões destinados para uma sonda que a Nasa (agência espacial americana) planeja mandar a Marte no final do mês.

O presidente da ISRO K. Radhakrishnan considerou a missão um "ponto crítico" para as ambições espaciais indianas, algo que permitirá provar suas capacidades na tecnologia de foguetes.

Astronautas de volta à Terra ganham 'matrioshka' e traje do Cazaquistão

Fyodor Yurchikhin, Luca Parmitano e Karen Nyberg retornaram da ISS.
Bonecas tradicionais russas foram pintadas em homenagem ao trio.

Do G1, em São Paulo
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Bonecas russas foram pintadas em homenagem aos astronautas Luca Parmitano, Fyodor Yurchikhin e Karen Nyberg (Foto: Shamil Zhumatov/Pool/AFP) 
Bonecas russas foram pintadas em homenagem aos astronautas Luca Parmitano, da Itália, Fyodor Yurchikhin, da Rússia, e Karen Nyberg, dos EUA, que voltaram à Terra (Foto: Shamil Zhumatov/Pool/AFP)
 
Os três astronautas que voltaram à Terra nesta segunda-feira (11) a bordo da nave russa Soyuz TMA-09M, vindos da Estação Espacial Internacional (ISS), ganharam bonecas russas, trajes e instrumentos típicos em homenagem a eles, durante uma conferência de imprensa em Karaganda, no Cazaquistão.

As "matrioshkas" foram pintadas com o rosto do comandante russo Fyodor Yurchikhin, do italiano Luca Parmitano e da americana Karen Nyberg, que passaram quase seis meses no espaço e fizeram parte da Expedição 36 da ISS.

Yurchikhin e Parmitano também receberam trajes típicos do Cazaquistão e um instrumento musical de cordas chamado dombra, uma espécie de alaúde de pescoço longo comum no país, no Uzbequistão e em outras nações da Ásia Central.

O trio de astronautas retornou à Terra com a tocha das Olimpíadas de inverno de Sochi, na Rússia, que serão realizadas em 2014. Eles aterrissaram nas estepes do Cazaquistão.

Atualmente, a Expedição 37 da ISS é composta pelos americanos Michael Hopkins e Rick Mastracchio, pelos russos Oleg Kotov, Sergey Ryazanskiy e Mikhail Tyurin, e pelo japonês Koichi Wakata.
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O comandante russo Fyodor Yurchikhin e o astronauta italiano Luca Parmitano ganham traje típico do Cazaquistão e instrumento chamado dombra, um tipo de alaúde (Foto: Shamil Zhumatov/Pool/AFP) 
O comandante russo Fyodor Yurchikhin e o astronauta italiano Luca Parmitano ganham traje típico do Cazaquistão e um instrumento de cordas chamado dombra, um tipo de alaúde (Foto: Shamil Zhumatov/AFP)
 

Nascimento de estrela a 1.400 anos-luz é registrado por telescópios

HH 46/47, na constelação da Vela, liberou jatos supersônicos ao se formar.
Registros foram feitos pelos telescópios Spitzer, da Nasa, e Alma, no Chile.

Do G1, em São Paulo

Imagem de nascimento estelar combina observações dos telescópios Spitzer, da Nasa, e Alma, no norte do Chile (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Alma) 
Imagem de nascimento estelar combina observações feitas pelos telescópios Spitzer, da Nasa, e Alma, instalado no norte do Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Alma)
 
 
Uma combinação de dados do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, e do telescópio terrestre Alma, instalado no norte do Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), mostra o nascimento turbulento de uma estrela a 1.400 anos-luz da Terra, na constelação da Vela.

Os "espasmos" vistos acima foram gerados pelo objeto Herbig-Haro (HH) 46/47, formado após jatos liberados por estrelas recém-nascidas colidirem com o material cósmico ao redor, o que produz pequenas regiões nebulosas e brilhantes.

A olho nu, essa estrela ficaria obscurecida pelo gás e pela poeira que a envolvem. Mas os telescópios usaram ondas de luz infravermelhas e submilimétricas para ultrapassar a nuvem escura.

As observações feitas pelo Spitzer mostram jatos gêmeos supersônicos que saem do centro do astro, destroem o gás em volta e dividem o objeto em duas metades borbulhantes.

Segundo o cientista Alberto Noriega-Crespo, do Centro de Processamento e Análise de Infravermelho do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena, estrelas jovens como o nosso Sol precisam remover um pouco do gás que cai sobre elas para se manterem estáveis, e a HH 46/47 é um excelente laboratório para estudar como ocorre esse processo.

Noriega-Crespo liderou a equipe que começou a estudar esse astro com o telescópio Spitzer, há quase dez anos. Agora, ele e seus colegas conseguiram obter uma imagem em melhor resolução.

Com as informações do Alma, captadas pela equipe do cientista Hector Arce, da Universidade Yale, nos EUA, os astrônomos viram que o gás contido nos dois lobos do objeto está se expandindo mais rapidamente que o imaginado. Esse mecanismo exerce um efeito sobre a turbulência gerada na nuvem gasosa que originou a estrela. Os resultados do Alma foram publicados recentemente na revista "The Astrophysical Journal".

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