quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sistema Solar é 'manco', diz estudo com sonda que saiu dele

Resultados são da sonda Voyager 2, que rompeu as fronteiras do sistema.Eles mostram que a influência do Sol não é esférica, mas estranhamente achatada.

O Sistema Solar não tem forma arredondada. Na verdade, ele é assimétrico e apresenta abaulamento, conforme pode ser deduzido dos dados enviados por uma nave espacial que viaja pelo espaço há mais de 30 anos, e cujos resultados são publicados pela revista científica "Nature" em sua última edição.








Ilustração das sondas Voyager 1 e 2, em suas rotas de saída do Sistema Solar (Foto: Nasa)

Dirigida por Edward Stone, catedrático de Física no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Estados Unidos), a pesquisa está concentrada no estudo da heliosfera, que é uma espécie de bolha magnética criada pelo vento gerado pelo Sol e que envolve nosso sistema planetário. Segundo os dados enviados pelo Voyager 2, a nave atravessou a fronteira do Sistema Solar em um local mais próximo ao Sol do que o previsto, o que indica a existência de uma irregularidade na heliosfera. Os cientistas deduzem que a nave saiu do Sistema Solar por uma grande deformação da heliosfera que poderia ser explicada pelo efeito de um campo magnético de caráter local que a atrairia em direção ao Sol. O Voyager 2 partiu da Terra em 1977 com a missão de estudar os planetas de Júpiter e Saturno. Após finalizar sua tarefa, chegou a visitar Urano e Netuno, antes de sair do Sistema Solar, de onde continua enviando informações à Terra. Atualmente, o Voyager 2 resiste em condições de frio e escuridão; diante da ausência de energia solar, a nave se alimenta de baterias nucleares que produzem energia limitada.
Da EFE

Cientistas descobrem fenômeno que confirma teoria de Einstein

Observação de dois pulsares confirmou previsões da relatividade geral.Astrônomos confirmam que a teoria funciona mesmo em gravidade intensa.



O ofusque de duas estrelas de nêutrons a 1.700 anos luz da Terra confirmou um efeito cósmico citado pelo físico alemão Albert Einstein há quase um século em sua teoria da relatividade, segundo um estudo divulgado na edição desta semana revista "Science".Os cientistas utilizaram o telescópio da Fundação Nacional das Ciências para realizar durante quatro anos um estudo sobre duas estrelas de nêutrons chamadas pulsares, que emitem ondas de rádio.Dentre quase 2 mil pulsares identificadas, este é o único caso em que as estrelas giram ao redor uma da outra, explicou René Breton, da Universidade McGill, em Montreal (Canadá).Além disso, o plano de sua órbita está perfeitamente alinhado com a visão do telescópio desde a Terra de modo que, quando uma passa por trás da outra, o gás ionizado que a rodeia ofusca o sinal do pulsar.Quando isto ocorre, a magnestosfera de um pulsar absorve as ondas emitidas pelo outro, permitindo aos astrônomos determinar sua orientação espacial.


Em 1915, Einstein profetizou que em um sistema de dois objetos de massas enormes, como estas estrelas de nêutrons, a força gravitatória de uma, além de seu movimento de rotação, modificaria o eixo de rotação da outra em um fenômeno chamado na astronomia de precessão."Acho que se Einstein vivesse, estaria feliz com estes resultados", indicou Michael Kramer, do Centro de Astrofísica de Jodrell Bank da Universidade de Manchester.Além de Breton e Kaspi, participaram do estudo outros cientistas do Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e França.


Da EFE
Imagem de Arquivo

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