quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Exoplaneta rochoso, muito perto da Terra, pode ter atmosfera

O GJ1132b é o exoplaneta do tamanho da Terra mais próximo já observado.
Ele é muito quente para ter água líquida, mas parece ter atmosfera.

Da France Presse
 O conjunto de telescópios MEarth-South, que fica no Chile, foi responsável pela observação que resultou na descoberta do planeta GJ 1132b (Foto: Jonathan Irwin/Divulgação)O conjunto de telescópios MEarth-South, que fica no Chile, foi responsável pela observação que resultou na descoberta do planeta GJ 1132b (Foto: Jonathan Irwin/Divulgação)
Um novo exoplaneta rochoso que pode ter uma atmosfera foi descoberto a "apenas" 127 anos-luz da Terra, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na revista científica britânica "Nature".
Batizado de GJ 1132b, trata-se do exoplaneta do tamanho da Terra mais próximo jamais observado. Ele está a 127 anos-luz - no canto da rua, na escala do Universo.
"Nossa galáxia cobre cerca de 100.000 anos-luz", ressalta em comunicado Zachory Berta-Thompson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) nos Estados Unidos e co-autor do estudo. "É um vizinho realmente próximo do sol".
Rochoso como a Terra
O exoplaneta, 1,2 vezes maior que nossa Terra, orbita uma pequena estrela. Após ter medido a oscilação da última, os pesquisadores puderam estimar a massa do exoplaneta em 1,6 vezes a da Terra. Tomando como base o tamanho e a massa, acredita-se que o GJ 1132b é rochoso, como a Terra.

Mas as semelhanças com o nosso mundo, infelizmente, terminam aí, pois lá faz muito calor, 226ºC, segundo estimativas dos pesquisadores. "O planeta é tão quente quanto um cookie que acabou de sair do forno", explica Berta-Thompson.
Devido às temperaturas escaldantes, o GJ 1132b provavelmente não pode ter água em forma líquida, o que o torna incompatível com a vida como a conhecemos.
Mas os cientistas acreditam que estas temperaturas permitem a presença de uma atmosfera.
Calor demais para ser habitável
"Faz muito calor para ser habitável, mas as temperaturas ainda são muito mais amenas do que em outros planetas rochosos que conhecemos", afirmou Zachory Berta-Thompson.

"A maioria dos exoplanetas rochosos são bolas de fogo, quentes demais para terem uma atmosfera", acrescentou.
Os investigadores esperam que a nova geração de telescópios possa descobrir a composição química da atmosfera.
www.g1.globo.com

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