domingo, 27 de setembro de 2015

Veja imagens da 'superlua' registradas pelo mundo

Lua está em seu ponto mais próximo do planeta, por isso fica maior do que de costume e mais brilhante no céu.


Imagem Cidade do Rock, Rio de Janeiro, RJ


www.g1.globo.com

  • Superlua é vista neste domingo (27) na Cidade do Rock, durante o Rock in Rio

Superlua e eclipse total ocorrem ao mesmo tempo na noite deste domingo

Eclipse poderá ser observado durante mais de uma hora a partir de 23h11.
Lua estará em seu ponto mais próximo da Terra.

Do G1, em São Paulo
Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado na cidade de Urasoe, em Okinawa, no Japão, neste sábado (4) (Foto: AP Photo/Kyodo News)Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado na cidade de Urasoe, em Okinawa, no Japão, em abril (Foto: AP Photo/Kyodo News)
Em seu ponto mais próximo da Terra, a Lua, que estará grande e luminosa, se vestirá de vermelho no final deste domingo (27) em um eclipse total, um fenômeno magnífico que só voltará a acontecer em 2033.
"As condições convergem para que seja um eclipse espetacular", garantiu o astrônomo Pascal Descamps, do Observatório de Paris, à agência AFP.
O eclipse total da Lua poderá ser observado durante mais de uma hora, por volta das 23h11 até 0h23 (horário de Brasília), do continente americano até o Oriente Médio. Segundo o astônomo Cassio Barbosa, autor do blog Observatório, o Brasil estará em situação privilegiada para acompanhar o evento.
A Lua não produz luz própria, aproveitando a que recebe do Sol. No domingo, o astro estará alinhado com o Sol e a Terra.
"Teremos um eclipse total porque a sombra da Terra engolirá toda a Lua", explicou à AFP Pascal Descamps. "A circunferência de sombra da Terra mede aproximadamente três vezes o tamanho aparente de nosso satélite", afirmou, podendo absorver a totalidade da Lua.
A Lua vai desaparecer do nosso campo de visão, privada dos raios solares, e reaparecerá pintada de vermelha - por isso, também é conhecida como "lua sangrenta" ou lua de sangue.
O vermelho se deve a um fenômeno luminoso. É pela refração dos raios solares que atravessam a atmosfera , com exceção dos vermelhos. Estes últimos sofrerão outro fenômeno: a atmosfera os desviará e iluminarão a superfície lunar.
Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado de Echo Park, em Los Angeles, EUA, neste sábado (4) (Foto: AP Photo/Damian Dovarganes)Eclipse lunar total, fenômeno conhecido como 'Lua de sangue', é observado de Echo Park, em Los Angeles, EUA, em abril (Foto: AP Photo/Damian Dovarganes)
"É interessante porque a cor da Lua vai depender do estado da atmosfera terrestre. Se está carregada de partículas, devido, por exemplo, à poluição, os raios vermelhos também serão refratados e não alcançarão a lua", explicou o astrônomo.
"Se o astro é vermelho sangue, poderemos ficar tranquilos sobre o estado atmosférico da Terra. Se é muito escuro, ou quase invisível, é porque é realmente catastrófico".
Sem perigo 
Como a Lua estará em seu ponto mais próximo do nosso planeta, o que se conhece como o perigeu, por isso ficará maior do que de costume e mais brilhante no céu. "Nos parecerá cerca de 14% maior e 30% mais iluminada", explicou Sam Lindsay, da Real Sociedade Astronômica de Londres.

O fenômeno, conhecido também como superlua, está relacionado à órbita ligeiramente elíptica da Lua: este satélite gira ao redor da Terra, mas ele faz isso em um círculo formando um ovo, que se afasta e está constantemente em nosso planeta.
A última combinação de um eclipse lunar e uma superlua remonta a 1982, segundo a Nasa, e a próxima não ocorrerá antes de 2033. "Toda uma geração nunca viu esse fenômeno", disse Noah Petro, do projeto Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO) da Nasa.
Os eclipses foram durante muito tempo objeto de interpretações religiosas, mitológicas ou simbólicas. "Ao longo da história, muitas culturas consideraram os eclipses como sinais de tristeza e desgraça", lembrou à AFP Noah Petro.
Cristóvão Colombo, que tinha um calendário de eclipses, se aproveitou destas crenças para persuadir os habitantes da Jamaica. Para conseguir mais comida, ameaçou os indígenas dizendo que faria a Lua desaparecer durante a noite de 29 de fevereiro de 1504. "Quando os jamaicanos pediram a ele para que a Lua voltasse, pediu mais comida em troca e conseguiu", contou o cientista.
Espetáculo para todos
Neste final de semana não há o que temer. Nem mesmo nossos olhos. Os elipses lunares não apresentam risco algum, ao contrário dos solares. "Não é como olhar para o Sol", garantiu Sam Lindsay, da Real Sociedade Astronômica de Londres. "Dá para usar binóculos, telescópios, tudo o que for necessário".

Eclipse lunar é visto de Miami, na Flórida (EUA) (Foto: Wilfredo Lee/AP)Eclipse lunar é visto de Miami, na Flórida (EUA) em outubro de 2014 (Foto: Wilfredo Lee/AP)
"É um espetáculo para todo o mundo, é gratuito. Basta colocar a cabeça para fora", concluiu Pascal Descamps.
Como apreciar o fenômeno
Segundo Cassio Barbosa, bastam céu limpo e horizonte aberto para que o espetáculo esteja garantido. "Esse é um dos eventos astronômicos em que não é preciso nenhum tipo de equipamento, basta que o céu esteja limpo e que você consiga ver a Lua no céu. Claro que a festa fica ainda melhor se houver uma luneta ou telescópio disponível. Nesse caso dá para ver a sombra da Terra percorrendo a superfície lunar, cobrindo as crateras, vales e montanhas conforme a Lua e a Terra se movimentam", afirma o astrônomo.

Ele recomenda o uso de uma cadeira de praia ou espreguiçadeira para que a observação fique mais confortável.
Se chover, é possível acompanhar o eclipse na internet. Vários sites farão transmissão ao vivo do evento. Um deles é o site da revista Sky & Telescope, que começará a transmitir o evento às 22h deste domingo.

Brasil vai sediar olimpíada Latino-Americana de Astronomia

Evento reúne estudantes de dez países no Rio de Janeiro. 
Provas inclui reconhecimento do céu e manuseio de telescópio.

Do G1, em São Paulo
Romero Moreira e os estudantes  Brasileiros na Sexta Olaa. — com Carolina Lima Guimarães, Wagner Rodrigues, Lucas Hagemaister e Rafael Charles Heringer Gomes, na última Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astrofísica (Foto: Julio Klakke/Divulgação/OLAA)Romero Moreira e os estudantes brasileiros que participaram da 6ª OLAA:  Carolina Lima Guimarães, Wagner Rodrigues, Lucas Hagemaister e Rafael  Gomes (Foto: Julio Klakke/Divulgação/OLAA)
O Brasil sedia a partir deste domingo (27) até 4 de outubro a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (VII OLAA) nas cidades do Rio de Janeiro e de Barra do Piraí (RJ). A abertura será no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro. Participam da competição representantes de dez países latino-americanos.
A  delegação brasileira será representada por cinco estudantes do ensino médio: Ana Paulo Lopes Schuch (Porto Alegre, RS), Renner Leite Lucena (Fortaleza, CE), Gustavo Guedes Faria (São José dos Campos, SP), Leonardo Henrique Martins Florentino (São Paulo, SP), e Víctor Gomes Pires (São Paulo, SP).
Na última edição, realizada no Uruguai, o Brasil levou três medalhas de ouro e duas de prata. Todos da equipe ganharam o prêmio especial de “Melhor Prova Individual” por terem gabaritado os exames. Até hoje, o país já conquistou 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da OLAA.

Competição
As provas da olimpíada serão divididas em teoria, prática e reconhecimento do céu. A prova teórica será realizada em duas etapas, individual e em grupo, mesclando as delegações. Os estudantes ainda participarão de uma competição de lançamento de foguetes em grupos multinacionais. Haverá também avaliações individuais que vão exigir o reconhecimento do céu real e o manuseio de telescópio.

 
Antes da viagem, os competidores participaram de uma série de treinamentos. Eles estudaram com especialistas no Observatório Abrahão de Moraes, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Depois, conheceram e aprenderam mais sobre a disciplina no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Brazópolis (MG). As aulas tinham como objetivo intensificar a preparação dos alunos.

Como participar
Para participar de uma das equipes internacionais, o candidato precisa inicialmente de uma excelente pontuação na prova nacional da OBA. Em seguida, é preciso fazer as seletivas online. Caso seja classificado, passa por uma prova final presencial.

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