Segundo astrônomo, fragmentos caíram a 200 quilômetros da costa.
Estação em São Sebastião (SP) também registrou fenômeno no céu.
Do G1 Rio
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Meteoro que cruzou o litoral sudeste foi registrado
pela estação Exoss localizada em São Sebastião
(SP) (Foto: Reprodução / Exoss)
Um meteoro foi visto cruzando o céu do Rio de Janeiro e de outras cidades da Região Sudeste, na madrugada desta sexta-feira (16). Muitas pessoas conseguiram ver um clarão no céu e alguns observatórios registraram o fenômeno.
Em entrevista ao G1, o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do projeto Exoss, uma organização sem fins lucrativos que estuda meteoros, informou que o meteoro passou em alta velocidade pela atmosfera terrestre sobre o Rio, caindo no oceano a cerca de 200 quilômetros da costa.
" Estamos avaliando ainda e não tenho dados conclusivos, mas acredito que pode ter sido um meteoro de cerca de um quilo, não era pequeno", disse.
Ele explicou que o projeto já recebeu cerca de 30 relatos de pessoas que viram o fenômeno em diversas partes do Rio ( Seropédica, Botafogo, Barra da Tijuca, Jacarepaguá) e ainda regiões do Sul do estado. Segundo o astrônomo, a luz provocada pelo objeto também foi vista em alguns locais de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.
Registro de câmera em Mogi das Cruzes mostra a luz azul na passagem do meteoro (Foto: Reprodução/Exoss)
Com apoio dos relatos o fenômeno será analisado nos próximos dias pelos especialistas, mas dados preliminares indicam que ele tinha um brilho intenso, nas cores azul e verde, bem maior do que a luz da lua cheia.
De acordo com o pesquisador, estamos na temporada de meteoros que começa em julho e vai até janeiro. Ele disse acreditar que o objeto que cruzou o céu não é muito comum por causa da velocidade, entre 50 mil e 80 mil km/h, com que entrou na atmosfera.
Na avaliação dos especialistas, o meteoro durou cerca de 5 segundos até se desintegrar sobre a atmosfera terrestre. Até o momento, não houve relatos de quedas nem incidentes relacionados ao fenômeno.
Con regioni che variano dal rossastro al blu intenso e altre aree ghiacciate, Plutone è coloratissimo. Lo indica la prima mappa completa e dettagliata di questo pianeta nano, nella quale i colori rivelano la composizione della superficie. E' stata ricostruita dall'italiana Silvia Protopapa, che lavora nell'università americana del Maryland, sulla base dei dati e delle immagini inviati a Terra dalla sonda New Horizons della Nasa.
La mappa è stata pubblicata sulla rivista Science, nello studio coordinato dal responsabile scientifico della missione, Alan Stern del Southwest Research Institute.
''Sapevamo già che Plutone ha una superficie eterogenea. Tuttavia, ci ha stupito vedere tutti questi colori'', ha detto Protopapa. Analizzando la superficie del pianeta nano con lo spettrometro Leisa a bordo della sonda New Horizons, i ricercatori hanno scoperto che i colori di Plutone sono dovuti alla sua composizione. Le zone brillanti e di colore blu, come le regioni polari e il grande cuore di Plutone, sono composte di ghiaccio d'acqua e ghiaccio di metano, di azoto e monossido di carbonio.
Per esempio le montagne alte 3000 metri che delimitano la parte meridionale del ‘cuore’ sono fatte di ghiaccio d’acqua: “montagne così alte – ha spiegato Protopapa - non possono essere sostenute da ghiacci come azoto, monossido di carbonio, o metano in quanto ghiacci soffici. Le montagne che si stagliano sulla superficie di Plutone implicano pertanto la presenza di un ghiaccio più duro, come ghiaccio d'acqua”.
Se le regioni più chiare e brillanti sono fatte di ghiaccio, quelle equatoriali sono colorate di rosso dai composti organici chiamati toline, che si formano quando metano e azoto sono colpiti dalla luce del Sole o dalle particelle presenti nel vento solare. I dati catturati da New Horizons, durante l'avvicinamento a Plutone e alle sue lune il 14 luglio scorso, mostrano inoltre che le strutture sulla superficie di Plutone, come pianure, avvallamenti e picchi sembrano essere stati scolpiti da processi geologici ancora attivi. Sembra che la superficie del pianeta nano sia stata spesso 'rigenerata' e 'rimodellata' anche se il meccanismo alla base di queste attività non è chiaro.
Anche Caronte, la più grande delle lune di Plutone, sembra un mondo 'vivo' con processi geologici ancora in corso, e ha anch'esso una superficie complessa, costellata di colline, depressioni e profondi canyon. La sonda New Horizons, durante il passaggio ravvicinato, ha osservato anche le piccole lune Idra e Notte e i dati catturati mostrano che anche questi due piccoli mondi, come Plutone, sono ricchi di ghiaccio d'acqua.
Un deserto ghiacciato costellato di crateri che sono attraversati da una ragnatela di canyon: è una delle prime immagini ravvicinate di Encelato, la luna di Saturno che nasconde l'oceano più misterioso del Sistema Solare, teoricamente in grado di ospitare la vita. Le ha scattate la sonda Cassini durante il passaggio ravvicinato del 14 ottobre.
La sonda nata dalla collaborazione tra Nasa, Agenzia Spaziale Europea (Esa) e Agenzia Spaziale Italiana (Asi) festeggia così i 18 anni dal lancio. Le fotografie sono state scattate dalla distanza di 1.839 chilometri dalla superficie della luna, mentre la sonda sorvolava le regioni dell'emisfero Nord di Encelado. I ricercatori si aspettavano che la regione polare nord di Encelado fosse tempestata completamente di crateri, sulla base delle immagini scattate dalla sonda Voyager, ma le fotografie di Cassini mostrano un paesaggio diverso.
''Le regioni settentrionali sono attraversate da una ragnatela di crepe che attraversano i crateri'', ha rilevato Paul Helfenstein, della Cornell University, a Ithaca. ''Queste fratture - ha aggiunto - sono onnipresenti su Encelado, e ora vediamo che si estendono anche nell'emisfero nord''. Nelle prossime ore sono attese altre immagini dalla sonda che aiuteranno i ricercatori a capire se anche l'emisfero nord della luna, come quello sud, è attivo, o lo è stato in passato.
L'incontro del 14 ottobre è stato solo un 'assaggio', perché il 28 ottobre è previsto un avvicinamento ancora maggiore a Encelado, durante il quale Cassini passerà alla distanza record di 49 chilometri sulla regione polare meridionale. Sorvolerà la regione dove ci sono i geyser per analizzare le particelle di ghiaccio che scagliano nello spazio e raccogliere elementi sulla composizione dell'oceano sotterraneo che avvolge la luna. I dati, secondo i responsabili della missione, saranno utili anche per verificare che tipo di attività idrotermale è in azione sul fondale dell'oceano. Il 19 dicembre è previsto l'ultimo incontro con la più affascinante luna di Saturno da un'altezza di circa 5.000 chilometri, durante il quale la sonda misurerà la sua temperatura interna.
Disco terá 500 m de diâmetro; estrutura tirará proveito de cavidade natural para posicionar antena em ângulo de 40 graus
Da BBC - A China está construindo o maior radiotelescópio do mundo na província de Guizhou, no sudoeste do país.
Uma vez pronta, espera-se que a estrutura permita detectar sinais de rádio ─ potenciais indícios de vida extraterrestre - em até 1 milhão de estrelas e sistemas solares.
As obras, que começaram em junho de 2011, devem terminar em setembro do ano que vem, a um custo estimado de US$ 110 milhões (R$ 420 milhões).
O Radiotelescópio Esférico de 500 metros de Abertura (ou FAST, na sigla em inglês) terá 4,6 mil painéis triangulares e será semelhante ao Observatório Arecebibo, em Porto Rico, pois usará uma cavidade natural (conhecida como "karst") para dar suporte ao disco do telescópio.
Atualmente, o Observatório Arcebibo é atualmente o maior do mundo, com 305 metros de diâmetro.
Como o nome sugere, a estrutura terá um diâmetro de 500 metros.
A China espera que a alta precisão do radiotelescópio permita aos astrônomos estudar a Via Láctea e outras galáxias, além de detectar estrelas a milhões de distância da Terra.
Espera-se também que a estrutura funcione como uma poderosa estação terrestre para missões espaciais.
Vida extraterrestre
A maior expectativa, no entanto, é de que o radiotelescópio potencialize as buscas por vida extraterrestre.
Em julho deste ano, a Nasa, agência espacial americana, anunciou a descoberta do Kepler 452-B, um planeta com características semelhantes às da Terra e cuja proximidade com o Sol é ideal para apoiar uma atmosfera e água no estado líquido.
Segundo especialistas, porém, ainda não é possível detectar sinais de rádio, ou potenciais indícios de vida extraterrestre, com a infraestrutura disponível atualmente.
Eles acreditam, contudo, que o cenário se modifique com o início das operações do FAST – cuja área ocupa o equivalente a 30 campos de futebol.
Estrutura
O radiotelescópio vai usar uma superfície ativa que se ajusta para criar parábolas em diferentes direções, com um disco de 300 metros de diâmetro.
Isso significa que a estrutura não vai apontar diretamente para cima, mas permitirá observar o céu a um ângulo de 40 graus.
A depressão Karst, onde o radiotelescópio está sendo construído, é grande o suficiente para acomodar a estrutura de 500 metros de diâmetro e permitir que ela seja posicionada a um ângulo de 40 graus.
Segundo os responsáveis pela construção, o refletor principal irá corrigir o desvio esférico do chão sem sistemas de alimentação complexos.
Da BBC - As agências espaciais da Rússia e da Europa enviarão um módulo espacial para o polo sul da Lua. Será a primeira de uma série de missões para preparar a volta de humanos à superfície lunar e da criação de uma colônia permanente no satélite.
A espaçonave avaliará se existe água, além de materiais brutos para produzir combustível e oxigênio.
A BBC News obteve detalhes exclusivos da missão, chamada Luna 27, que tem previsão de ser lançada daqui a cinco anos e fará parte de uma série de missões lideradas pela agência russa, a Roscosmos, para retornar à Lua.
Elas retomarão o programa de exploração lunar que foi interrompido pela antiga União Soviética (URSS) em meados dos anos 1970, segundo Igor Mitrofanov, do Instituto de Pesquisa Espacial, em Moscou, e um dos cientistas-chefes da iniciativa.
"Precisamos voltar à Lua. O século 21 será o século em que criaremos um posto avançado da civilização humana, e nosso país tem de participar deste processo", diz ele à BBC News.
Cooperação internacional
Mas, diferentemente dos esforços dos anos 1960 e 1970, quando a URSS competia com os Estados Unidos e outras nações, "será necessária uma cooperação internacional", segundo Mitrofanov.
Bérengère Houdou, líder em exploração lunar do Centro de Tecnologia e Pesquisa Espacial da agência europeia, tem uma estratégia semelhante.
"Temos a ambição de levar astronautas europeus à Lua. Há discussões em nível internacional em curso para que haja uma cooperação para este retorno (de humanos ao satélite)", diz Houdou.
Uma das primeiras coisas que o novo diretor da Agência Espacial Europeia (ESA), Johann-Dietrich Wörner, fez ao assumir o cargo foi declarar que deseja ter parceiros internacionais para construir uma base no lado mais distante da Lua.
As missões iniciais serão feitas com robôs. A Luna 27 pousará na beirada da bacia Aitken, no polo sul do satélite. Essa região tem áreas que nunca são iluminadas pelo Sol e são alguns dos locais mais frios do Sistema Solar. Portanto, poderiam abrigar água em forma de gelo e outros químicos que ficam protegidos do calor dos raios solares.
'Ficção científica'
David Shukman, editor de ciência da BBC, diz que, na época das missões Apollo, parecia ser "quase inevitável" que viagens à Lua seriam seguidas pelo estabelecimento de uma presença permanente, mas a ideia de uma colônia lunar logo se provou ser uma "fantasia de ficção científica".
"Os EUA conseguiram superar a URSS, mas a um custo muito alto. Depois que 12 astronautas pisaram na Lua, o governo americano e seus cidadãos deram este objetivo de explorar a Lua como cumprido, e as três missões Apollo finais foram canceladas", diz Shukman.
"Por um tempo, perdemos o interesse em nosso vizinho mais próximo. Mas, em anos recentes, uma série de descobertas sobre a poeira lunar indicou que o satélite pode ter água e outros minerais. Então, agora, uma série de novas missões está em curso."
Shukman diz que a China parece estar especialmente interessada nisso e realizando lançamentos de espaçonaves robóticas para preparar o terreno para viagem tripuladas por humanos em meados dos anos 2030.
"Provavelmente, os próximos robôs a pousarem na Lua serão chineses. Um dos principais cientistas espaciais do país me disse vislumbrar a abertura de minas lunares para extrair recursos valiosos", afirma.
"Ao longo de toda a história, a humanidade viu a Lua de formas diferentes. Nos anos 1960, foi o cenário da rivalidade da Guerra Fria. Agora, é visto como um posto avançado para viagens espaciais mais longas e como uma rocha à espera de perfurações."
Frio extremo
Segundo James Carpenter, cientista-chefe da ESA no projeto, um dos principais objetivos é investigar o uso de água como um recurso em potencial no futuro e descobrir o que ela pode indicar sobre a origem da vida no Sistema Solar.
"O polo sul da Lua é diferentes de qualquer lugar que já estivemos", diz Carpenter. "Por causa do frio extremo, podemos vir a achar uma grande quantidade de gelo e outros componentes químicos em sua superfície, que poderíamos usar como combustível de foguete ou em sistemas de apoio a vida em missões humanas no futuro nestes locais."
Mitrofanov diz haver benefícios científicos e comerciais para o estabelecimento de uma presença permanente de humanos na superfície lunar.
"Será para observações astronômicas, o uso de minerais e outros recursos lunares e para criar um posto avançado que pode ser visitado por astronautas que trabalharão juntos em testes para uma futura viagem a Marte."
A ESA e empresas parceiras estão desenvolvendo um novo tipo de sistema de pouso para escolher as áreas de aterrissagem com maior precisão do que os usados nas missões dos anos 1960 e 1970.
Este sistema usa câmeras para navegar e um guia a laser para avaliar o terreno na aproximação da superfície e decidir por conta própria se o local é seguro para pouso ou não, e se será necessário buscar um ponto melhor.
Novas tecnologias
A Europa também fornecerá o equipamento de perfuração para atingir 2 m abaixo do solo e coletar amostras de gelo. Segundo Richard Fisackerly, o engenheiro-chefe do projeto, esta camada congelada pode ser mais dura que concreto - então, a broca usada terá de ser muito resistente.
"Estamos avaliando as tecnologias que seriam necessárias para perfurar esse tipo de material, com movimentos que combinem rotações e golpes. Isso está além do que está em desenvolvimento hoje em dia."
A agência europeia também proverá um laboratório em miniatura, chamado ProSPA, similar aos instrumentos usados pelo módulo Philae, que pousou na superfície do cometa 67P no ano passado.
Mas o ProSPA será calibrado para buscar por ingredientes-chave para a geração de água, oxigênio, combustível e outros materiais que poderão ser explorados por astronautas.
Ele ajudará cientistas a descobrir a quantidade existente desses materiais sob a superfície e, principalmente, se é possível extraí-los facilmente.
A participação europeia nessa missão ainda precisa ser aprovada por ministros do continente em uma reunião prevista para ocorrer no fim de 2016.
Por sua vez, os cientistas envolvidos na Luna 27 estão confiantes e dizem não ser uma questão de "se", mas de "quando" humanos voltarão à Lua.
"Essa série de missões parece ser o início de nossa volta à superfície lunar, mas também é início de algo novo em relação à exploração do Sistema Solar", diz Fisackerly.
Da BBC - Um foco de luz localizado entre as constelações de Lyra and Cygnus tem intrigado os cientistas por parecer uma estrela, mas comportar-se de modo muito diferente desses corpos celestes.
Essa "anomalia" do espaço foi flagrada pela sonda Kepler, da Nasa (agência espacial americana), e identificada por um programa de ciência cidadã que ajuda a filtrar as informações enviadas pelo telescópio.
Os pesquisadores perceberam que a estrela encontrada, chamada KIC 8462852, tem o estranho hábito de diminuir a intensidade do seu brilho em intervalos irregulares.
Para se ter uma ideia de o quanto essa característica é única, entre as outras cerca de 150 mil estrelas avistadas pelo telescópio, esta é a única que se comporta dessa maneira.
Em geral, quando há uma redução temporal da luminosidade produzida, é porque um planeta está passando diante de sua estrela - no que seria uma volta da sua órbita.
Essa característica seria a comprovação de que existiria um planeta ali. A frequência dessas quedas na intensidade do brilho da estrela – que são regulares – corresponderia à duração de sua órbita.
Mas, no caso específico dessa estrela, os intervalos observados foram completamente irregulares, tanto em termos de frequência quanto de intensidade.
Assimetria
Em 2009, por exemplo, foram registradas pequenas quedas na produção de luz. Depois houve outra queda assimétrica que durou uma semana em 2011 e, mais recentemente, uma série de quedas durante três meses em 2013 (algumas delas chegaram a 20%).
Diante de tais características, os cientistas acabaram descartando a possibilidade de a anomalia representar a presença de um novo planeta.
Além disso, a hipótese foi ignorada também porque a intensidade da queda de luz é muito grande: mesmo que fosse um planeta do tamanho de Júpiter (o maior do nosso Sistema Solar), a luz da KIC 8462852 poderia ser reduzida somente em 1%.
Então, como se explica esse fenômeno?
Especulações
Tabetha Boyajian, astrônoma da Universidade de Yale, nos Estados Unidos – instituição que lançou o programa de ciência cidadã Planet Hunters em 2010 -, publicou um estudo recentemente sobre as possíveis causas.
Mas cada uma delas, segundo a cientista, têm um ponto frágil.
"Nós estamos quebrando a cabeça: para cada ideia que surgia sempre havia algum argumento contrário", explicou Boyajian.
A princípio, ela e sua equipe descartaram a possibilidade de a "estrela bizarra" representar uma falha de processamento de dados no telescópio.
Eles também eliminaram a hipótese de ser uma estrela jovem, que está em processo de acumular massa e, por isso, estaria rodeada por uma nuvem de poeira, o que poderia explicar a irregularidade de seu brilho.
O estudo conclui que a explicação mais factível pode estar em um grupo de "exocometas" que se aproximaram da estrela e se romperam por causa da gravidade, deixando enormes quantidades de poeira e gás no processo.
Se os cometas se movimentam em uma órbita que os faz passar na frente do planeta a cada 700 dias aproximadamente, seus fragmentos, que ainda estão se desprendendo no espaço, poderiam explicar a diminuição irregular do brilho percebida pela sonda Kepler.
A única maneira de checar essa teoria seria conseguindo mais informações, mas desde que o telescópio parou de funcionar corretamente, em 2013, ficou mais difícil obter dados.
Extraterrestres?
A hipótese mais surpreendente levantada pelos cientistas é de a "anomalia" encontrada no espaço representar um sina de vida extraterrestre inteligente.
Intrigada com a questão, Boyajian compartilhou os resultados do seu estudo com Jason Wright, cientista da Universidade Penn State e membro de uma organização que investiga exoplanetas e mundos habitáveis.
A opinião dele abre portas a possibilidades mais ousadas.
Segundo Wright, se nenhuma das razões acima mencionadas é convincente, por que não pensar que o fenômeno poderia ser causado por uma série de megaestruturas equipadas com painéis solares – e que teriam sido construídas por extraterrestres?
"Quando (Boyajian) me mostrou as informações, eu fiquei fascinado, porque parecia algo bizarro", disse ao site The Atlantic. "Alienígenas sempre devem ser a última hipótese a se considerar, mas isso parecia ser algo que uma civilização de extraterrestres poderia construir".
Os cientistas que acreditam na existência de vida inteligente – ou ao menos na possibilidade disso – fora do nosso planeta sustentam que uma civilização alienígena avançada se caracterizaria muito provavelmente por sua capacidade de obter energia de seu sol, e não da exploração de outros recursos do seu próprio planeta.
Boyajian e Wright, porém, advertem que essa hipótese ainda é muito remota e deve ser analisada com cautela - ainda que seja válida e digna de investigação. E para isso, vão apresentar uma proposta para colocar um telescópio na estrela e analisá-la de maneira minuciosa.
Se tudo der certo, as primeiras análises deverão ser feitas em janeiro.