quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

China e Índia querem construir o maior telescópio do mundo em 2018

Do G1, com informações da Associated Press - China e Índia assinaram uma acordo para construir o maior telescópio do mundo no topo do vulcão Mauna Kea, no Havaí, arquipélago norte-americana no Oceano Pacífico. O projeto deve estar concluído em 2018. Chamado de Thirty Meter Telescope, o equipamento irá ajudar os astrônomos em pesquisas sobre a origem do Universo.
É a primeira vez que ambas as nações asiáticas participam de um projeto para construção de um instrumento óptico tão grande e que deverá explorar as fronteiras da astronomia. Quando pronto, o telescópio vai permitir aos cientistas investigar objetos a 13 bilhões de anos-luz de distância -- 1 ano-luz equivale a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.

Telescópio será instalado no topo do vulcão Mauna Kea, no Havaí. (Crédito: Thirty Meter Telescope / AP Photo)

Após ficar pronto em 2018, o telescópio será o maior do mundo. (Crédito: Thirty Meter Telescope / AP Photo)

Missão da Nasa encontra 3 menores planetas fora do Sistema Solar

Do G1 em SP - A agência espacial norte-americana anunciou a descoberta dos três menores planetas fora do Sistema Solar detectados até o momento. Os astros foram descobertos pela missão Kepler, sonda voltada para a pesquisa de exoplanetas. A descrição dos astros foi feita na revista científica "Nature" em um estudo coordenado por Phil Muirhead, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
 
O trio gira ao redor de uma estrela chamada KOI-961. São todos rochosos como a Terra, mas possuem menos de 80% o raio do nosso planeta -- aproximadamente 6.370 quilômetros. O menor deles é do tamanho de Marte. A estrela também não é muito grande, sendo vermelha e sendo apenas 70% maior que Júpiter. Ela está a "apenas" 130 anos-luz da Terra -- aproximadamente 1,2 quatrilhão de quilômetros.

Eles orbitam muito perto da estrela para poderem ter superfícies habitáveis, já que a temperatura é elevada e a água líquida não deve existir em nenhum dos três astros. Cada giro dos três exoplanetas ao redor de KOI-961 demora apenas dois dias. Estrelas vermelhas essa são conhecidas como anãs-vermelhas e são as mais comuns na Via Láctea.

Ilustração mostra como seria o pequeno sistema planetário ao redor de KOI-961. (Foto: JPL - Caltech / Nasa)

O conjunto forma o menor sistema planetário que se tem notícia até o momento. Para John Johnson, pesquisador do Caltech, o quarteto mais se parece em extensão com Júpiter e seus satélites. Mas como anãs-vermelhas são comuns na nossa galáxia, os cientistas acreditam que possam existir muitos outros planetas rochosos a serem desvendados.
Até janeiro de 2012, mais de 700 exoplanetas são conhecidos, após 16 anos de descobertas de planetas fora do Sistema Solar. O site da missão Kepler traz uma contagem de até 2.326 candidatos a exoplanetas. Novas observações são necessárias para dizer se eles são ou não planetas. Apenas 35 astros foram confirmados como exoplanetas pela missão -- dois deles orbitando duplas de estrelas, revelados na quarta-feira (11).
A sonda Kepler foi lançada ao espaço em março de 2009 para investigar 150 mil estrelas em uma região no céu entre as constelações da Lira e do Cisne em busca de exoplanetas que possam reunir as condições para o desenvolvimento da vida. Isso é possível pela mudança no brilho das estrelas observadas, que podem indicar a presença de um planeta próximo.
Cada suspeita de exoplanetas deve ser confirmada por observações complementares feitas por grandes observatórios na Terra. No caso do estudo sobre os 3 menores exoplanetas já detectados, foram utilizados os observatórios de Palomar e o W.M Keck, ambos em territórios norte-americanos.

Mistério de 'bolha de sabão' espacial é solucionado pelo telescópio Hubble

Do G1 em SP - Os resquícios de uma explosão estelar que mais se parecem com uma bolha de sabão foram finalmente explicados após observações realizadas com o Telescópio Espacial Hubble, das agências espacias europeia (ESA) e norte-americana (Nasa).
O fenômeno se encontra dentro da Grande Nuvem de Magalhães. As Nuvens de Magalhães são duas galáxias pequenas que giram ao redor da nossa Via Láctea. A dupla é possível de ser vista a olho nu em locais com pouca poluição atmosférica.
A bolha (veja imagem abaixo) se chama SNR 0509-67.5 e está localizada a 170 mil anos-luz da Terra -- um ano-luz é a distância percorrida por um raio de luz durante um ano e equivale a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.

Cores da supernova 0509-67.5 foram obtidas a partir de dados coletados pelo Hubble e por instrumentos na Terra a partir da luz visível e dos raios X vindos do espaço. (Foto: Telescópio Espacial Hubble / ESA / Nasa)

Este tipo de supernova é classificada como Tipo 1a e acontece quando uma estrela conhecida como anã-branca "rouba" massa de uma companheira próxima. Anãs-brancas são pequenas e muito "pesadas" e representam o último estágio da vida de estrelas anteriores, que já não tinha material para realizar fusões nucleares.
Até agora, os pesquisadores não haviam encontrado a companheira que teria cedido material para a explosão da anã-branca que gerou SNR 0509-67.5. Mas o Telescópio Hubble conseguiu resolver o mistério, quando astrônomos da Universidade Estadual de Louisiana, nos Estados Unidos, aproveitaram uma foto obtida pelo instrumento e detectaram uma região no centro da supernova que impedia a visualização de estrelas ao fundo.
A aposta dos cientistas é que SNR 0509-67.5 tenha sido criada a partir da união de duas anãs-brancas, que teriam se aproximado e explodido intensamente no passado. A energia liberada por uma supernova é tão grande que pode chegar a ofuscar o brilho de galáxias inteiras.
Durante 40 anos, os astrônomos tiveram dificuldade para encontrar os astros que dão origem a supernovas do tipo 1a. A importância desses resquícios de material estelar aumentou na última década, pois eles são bons indicadores para a aceleração do Universo.
Os dados sobre a pesquisa feita a partir das observações do telescópio Hubble foram divulgados em um encontro da Sociedade Astronômica Americana em Austin, no estado do Texas. O estudo também foi divulgado na revista científica "Nature" desta semana.

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