sábado, 31 de janeiro de 2009

Santa Sé organiza Congresso Internacional sobre Galileu Galilei

Crédito imagem:florença_o globo
 
Dia 30/01/2009

Foi apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé o congresso internacional de estudos «O Caso de Galileu. Uma releitura histórica, filosófica e teológica», que se realizará em Florença, de 26 a 30 de maio.

O evento acadêmico será realizado dentro do Ano Internacional da Astronomia, proclamado pelas Nações Unidas em memória dos 400 anos das primeiras observações astronômicas (1609) por parte de Galileu Galilei (1564-1642).

Será organizado por Stensen, um instituto dos padres jesuítas localizado em Florença, com o fim de favorecer a pesquisa e o debate entre diversas culturas. Seu objetivo é plenamente formativo e está dirigido especialmente às gerações mais jovens.

O congresso contará com 33 expositores, entre historiadores, teólogos e cientistas; entre eles está o jesuíta e astrônomo George Coyne, ex-diretor do observatório astronômico vaticano, o professor Evandro Agazzi, professor presidente honorário da Federação Internacional de Sociedades Filosóficas (FISP), Nicola Cabibbo, físico italiano, conhecido pelos trabalhos sobre integração nuclear, Paolo Rossi, professor emérito de História da Ciência da Universidade de Estudos de Florença, entre outros.

O professor Rossi assegurou durante a apresentação do evento que este tratará de «todos os temas essenciais: a condenação da doutrina de Copérnico em 1616 e o processo a Galileu em 1633; a gêneses do caso Galilei na Itália, França e Inglaterra do século XVII; a história deste caso antes do Iluminismo e depois no século XIX (na idade do Positivismo) e por último, do século XX até os nossos dias».

O congresso, apoiado pela presidência da República Italiana, está patrocinado pela Região Toscana, e conta com o apoio da presidência do Conselho de Ministros e do Ministério para os Bens e Atividades Culturais.

Participarão 18 instituições de setores representativos da vida cultural e científica, entre elas o Conselho Pontifício para a Cultura, a Pontifícia Universidade Gregoriana, a Pontifícia Academia das Ciências e a Universidade de Florença.

Participarão 18 instituições de setores representativos da vida cultural e científica, entre elas o Pontifício Conselho para a Cultura, a Pontifícia Universidade Gregoriana, a Pontifícia Academia das Ciências e a Universidade de Florença.

A inauguração se realizará na basílica florentina da Santa Cruz (Santa Croce), onde se encontra o túmulo de Galileu e de outros importantes personagens italianos.

O evento de encerramento será realizado em 30 de maio, na Vila il Gioiello ad Arcetri, em Florença, que foi a última casa onde Galileu morou. Lá, Evandro Agazzi, Paolo Galluzzi, Paolo Prodi e Adriano Prosperi discutirão sobre Galileu na contemporaneidade, a relação com a Igreja e as perspectivas da busca bio-tecnocientífica.

Igualmente, para esta ocasião estão sendo organizados eventos cinematográficos, culturais e teatrais que serão realizados em Florença, dentro da comemoração do Ano da Astronomia.

Fonte: ZENIT - Por Carmen Elena Villa

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Lucimary Vargas
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Temperatura aumenta 700 graus Celsius em planeta a 200 anos-luz da Terra


Simulação computadorizada do planeta HD 80606b (Foto: NASA/JPL-Caltech/D. Kasen (UC Santa Cruz))
Tão temidas na Terra, as mudanças climáticas acontecem de forma natural e absolutamente espetacular a cada três meses em um planeta fora do Sistema Solar: quando, em razão de sua órbita, se aproxima de sua estrela, ele aquece nada menos que 700 graus em apenas seis horas. Pela primeira vez, o surpreendente aquecimento foi testemunhado por especialistas e pode servir para compreender características atmosféricas em momentos de aquecimento, revela matéria publicada nesta quinta-feira no jornal O Globo.

- Esta é a primeira observação de clima tão alterado em um planeta que não pertence ao Sistema Solar - afirmou Gregory Laughlin, principal autor do estudo publicado na edição de ontem da revista científica britânica "Nature".

O HD8606b é um gigante de gás com um tamanho quatro vezes superior ao de Júpiter, que orbita ao redor de uma estrela situada a 200 anos-luz da Terra. Depois de analisarem as informações proporcionadas pelo telescópio Spitzer, da Nasa, e medir a luz infravermelha irradiada pelo planeta, os cientistas conseguiram determinar que sua temperatura passou de 527 graus Celsius para 1.277 graus Celsius em um período de seis horas. O HD8606b tem uma temperatura média abrasadora de 525 graus Celsius, mas, as variações são extremas, como revelaram as medições. - Esta é a primeira observação de clima tão alterado em um planeta que não pertence ao Sistema Solar - afirmou Gregory Laughlin, principal autor do estudo publicado na edição de ontem da revista científica britânica "Nature".

Os efeitos desse enorme aumento de temperatura poderiam ser descritos como uma explosão. À medida que a atmosfera de aquece e expande, produz fortes ventos, da ordem de 18 mil quilômetros por hora. Os ventos, devido à rotação em órbita, formam tormentas em grande escala, que só começam a serenar quando o planeta se afasta de seu sol.

O Globo

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Eclipse anular do Sol encanta observadores no Oriente

Fenômeno foi visível em países na região do Oceano Índico.Ele ocorre quando a Lua passa na frente do Sol.

Do G1, com informações da Reuters



Imagens do eclipse anular do Sol, ocorrido nesta segunda-feira (26). Fenômeno foi visível na região do Oceano Índico. Imagens acima são de Bandar Lampung, em Cingapura. (Foto: Reuters)

domingo, 25 de janeiro de 2009

De olho no céu

Postado por Cássio Barbosa em 12 de Janeiro de 2009 às 17:07
Começando bem o ano da Astronomia, um cometa se aproxima da Terra. Trata-se do cometa Lulin, cujo nome de registro é C2007 N3 e foi descoberto por uma equipe de astrônomos chineses e taiwaneses.
cometa lulin 1
O cometa Lulin (batizado em homenagem ao observatório em que ele foi descoberto) já pode ser visto na constelação da Libra, entrando em Escorpião ao amanhecer. Por enquanto ele só pode ser visto através de pequenos telescópios, pois está com magnitude 8. Mas mesmo tão fraco assim, ele já mostra algumas características interessantes.
O Lulin tem uma coloração esverdeada, uma cauda tradicional e uma "anticauda", apontando na direção do Sol, ou seja, direção contrária à cauda tradicional. Esta "anticauda" é composta por partículas mais pesadas que não são empurradas pelo vento solar e ficam orbitando o núcleo do cometa, e não é tão incomum de ser observada. Uma olhada mais atenta nas imagens (processadas) do cometa revela jatos sendo emitidos pelo núcleo (com evidências de rotação), além das caudas, como pode ser visto nesta foto.
As surpresas podem vir em breve. O cometa Lulin está mergulhando se aproximando do Sol. A sua órbita hiperbólica nos indica que é a primeira (e provavelmente a última) visita dele ao interior do Sistema Solar. Ninguém sabe ao certo como o núcleo, repleto de gelo e materiais bem voláteis vai se comportar com um aumento súbito da intensidade da luz solar. Isto deve fazer com que a temperatura do núcleo aumente e se agora, ainda distante do Sol, o núcleo já está emitindo jatos, pode muito bem ser que aconteça uma ruptura e o cometa se despedace.
A máxima aproximação do Lulin com a Terra acontecerá em 24 de fevereiro, quando ele estará a 61,5 milhões de quilômetros e espera-se que ele atinja a magnitude 5. Com este brilho ele poderá ser visto a olho nu em locais bem escuros, mas será um alvo fácil para binóculos.
Até lá vamos esperar que tanta atividade no núcleo faça com que este cometa dê um show igual ao do McNaught, no começo de 2007.

Cassiopeia A comes alive across time and space

The study of Cas A and remnants like it help astronomers better understand how the explosions that generate them seed interstellar gas with heavy elements, heat it with the energy of their radiation, and trigger blast waves from which new stars form.
Provided by Harvard-Smithsonian, Cambridge
 
Cas A 3-D Model: A Star From the Inside Out
This stunning visualization of Cassiopeia A (Cas A), the result of an explosion approximately 330 years ago, uses X-ray data from Chandra, infrared data from Spitzer and pre-existing optical data from NOAO's 4-meter telescope at Kitt Peak and the Michigan-Dartmouth-MIT 2.4-meter telescope. NASA/CXC/MIT/T.Delaney et al. [View Larger Image]

January 6, 2009
Two new efforts have taken a famous supernova remnant from the static to the dynamic. A new movie of data from NASA's Chandra X-ray Observatory shows changes in time never seen before in this type of object. And an unprecedented and dramatic three-dimensional visualization of the same remnant by a separate team is being released.

Nearly 10 years ago, Chandra's "First Light" image of Cassiopeia A (Cas A) revealed previously unseen structures and detail. Now, after 8 years of observation, scientists have been able to construct a movie that tracks the remnant's expansion and changes over time.

"With Chandra, we have watched Cas A over a relatively small amount of its life, but so far the show has been amazing," said Daniel Patnaude of the Smithsonian Astrophysical Observatory in Cambridge, Massachusetts. "And, we can use this to learn more about the aftermath of the star's explosion."

A separate, but equally fascinating visualization featuring Cas A was presented at a press conference at the American Astronomical Society meeting in Long Beach, California. Based on data from Chandra, NASA's Spitzer Space Telescope and ground-based optical telescopes, Tracey Delaney and her colleagues have created the first three-dimensional fly-through of a supernova remnant.

"We have always wanted to know how the pieces we see in two dimensions fit together with each other in real life," said Delaney of the Massachusetts Institute of Technology. "Now we can see for ourselves with this 'hologram' of supernova debris."

This groundbreaking visualization of Cas A was made possible through collaboration with the Astronomical Medicine project based at Harvard. The goal of this project is to bring together the best techniques from two very different fields - astronomy and medical imaging.

"Right now, we are focusing on improving three-dimensional visualization in both astronomy and medicine," said Harvard's Alyssa Goodman who heads the project. "This project with Cas A is exactly what we have hoped would come out of it."

While these are stunning visuals, both the data movie from Patnaude and the 3-D model from Delaney are rich resources for science. The two teams are trying to get a more complete understanding of how this famous supernova explosion and its remnant work.

Patnaude and his team have measured the expansion velocity of features in Cas A from motions in the movie, and find it is slower than expected based on current theoretical models. Patnaude thinks the explanation for this mysterious loss of energy is cosmic-ray acceleration.

Using estimates of the properties of the supernova explosion, including its energy and dynamics, Patnaude's group show that about 30 percent of the energy in this supernova has gone into accelerating cosmic rays, energetic particles that are generated, in part, by supernova remnants and constantly bombard Earth's atmosphere. The flickering in the movie provides valuable new information about where the acceleration of these particles occurs.

Likewise, the new 3-D model of Cas A provides researchers with unique ability to study this remnant. With this new tool, Delaney and colleagues found two components to the explosion, a spherical component from the outer layers of the star and a flattened component from the inner layers of the star.

Notable features of the model are high-velocity plumes from this internal material that are shooting out from the explosion. Plumes, or jets, of silicon appear in the northeast and southwest, while plumes of iron are seen in the southeast and north. Astronomers had known about the plumes and jets before, but did not know that they all came out in a broad, disk-like structure.

The implication of this work is that astronomers who build models of supernova explosions must now consider that the outer layers of the star come off spherically, but the inner layers come out more disk like with high-velocity jets in multiple directions.

Cassiopeia A is the remains of a star thought to have exploded about 330 years ago, and is one of the youngest remnants in the Milky Way Galaxy. The study of Cas A and remnants like it help astronomers better understand how the explosions that generate them seed interstellar gas with heavy elements, heat it with the energy of their radiation, and trigger blast waves from which new stars form.

Hubble Space Telescope finds stars that 'go ballistic'

SPACE TELESCOPE SCIENCE INSTITUTE NEWS RELEASE
Posted: January 7, 2009


Even some stars go ballistic, racing through interstellar space like bullets and tearing through clouds of gas.

Images from NASA's Hubble Space Telescope reveal 14 young, runaway stars plowing through regions of dense interstellar gas, creating brilliant arrowhead structures and trailing tails of glowing gas. These arrowheads, or bow shocks, form when the stars' powerful stellar winds, streams of matter flowing from the stars, slam into surrounding dense gas. The phenomenon is similar to that seen when a speeding boat pushes through water on a lake.



"We think we have found a new class of bright, high-velocity stellar interlopers," says astronomer Raghvendra Sahai of NASA's Jet Propulsion Laboratory in Pasadena, Calif., and leader of the Hubble study. "Finding these stars is a complete surprise because we were not looking for them. When I first saw the images, I said 'Wow. This is like a bullet speeding through the interstellar medium.' Hubble's sharp 'eye' reveals the structure and shape of these bow shocks."

The astronomers can only estimate the ages, masses, and velocities of these renegade stars. The stars appear to be young‹ just millions of years old. Their ages are based partly on their strong stellar winds.

Most stars produce powerful winds either when they are very young or very old. Only very massive stars greater than 10 times the Sun's mass have stellar winds throughout their lifetimes. But the objects observed by Hubble are not very massive, because they do not have glowing clouds of ionized gas around them. They are medium-sized stars that are a few to eight times more massive than the Sun. The stars are not old because the shapes of the nebulae around aging, dying stars are very different, and old stars are almost never found near dense interstellar clouds.

Depending on their distance from Earth, the bullet-nosed bow shocks could be 100 billion to a trillion miles wide (the equivalent of 17 to 170 solar system diameters, measured out to Neptune's orbit). The bow shocks indicate that the stars are traveling fast, more than 112,000 miles an hour (more than 180,000 kilometers an hour) with respect to the dense gas they are plowing through, which is roughly five times faster than typical young stars.

"The high-speed stars were likely kicked out of their homes, which were probably massive star clusters," Sahai says.

There are two possible ways this stellar expulsion could have happened. One way is if one star in a binary system exploded as a supernova and the partner got kicked out. Another scenario is a collision between two binary star systems or a binary system and a third star. One or more of these stars could have picked up energy from the interaction and escaped the cluster.

Assuming their youthful phase lasts only a million years and they are moving at roughly 112,000 miles an hour, the stars have traveled about 160 light-years.

Runaway stars have been seen before. The Infrared Astronomical Satellite (IRAS), which performed an all-sky infrared survey in 1983, spied a few similar-looking objects. The first observation of these objects was in the late 1980s. But those stars produced much larger bow shocks than the stars in the Hubble study, suggesting that they are more massive stars with more powerful stellar winds.

"The stars in our study are likely the lower-mass and/or lower-speed counterparts to the massive stars with bow shocks detected by IRAS," Sahai explains. "We think the massive runaway stars observed before were just the tip of the iceberg. The stars seen with Hubble may represent the bulk of the population, both because many more lower-mass stars inhabit the universe than higher-mass stars, and because a much larger number are subject to modest speed kicks."

Astronomers have not spotted many of these stellar interlopers before because they are hard to find. "You don't know where to look for them because you cannot predict where they will be," Sahai says. "So all of them have been found serendipitously, including the 14 stars we found with Hubble."

Sahai and his team used Hubble's Advanced Camera for Surveys to examine 35 objects that appeared as bright infrared sources in the IRAS archive. They were looking for long-lived pre-planetary nebulae, puffed-up aging stars on the verge of shedding most of their outer layers to become glowing planetary nebulae. Instead, the astronomers stumbled upon the runaway stars.

The team is planning follow-up studies to search for more interlopers, as well as study selected objects from this Hubble survey in greater detail to understand their effects on their environment.

"One of the questions that these very showy encounters raise is what effect they have on the clouds," says team member Mark Morris of the University of California, Los Angeles. "Is it an insignificant flash in the pan, or do the strong winds from these stars stir up the clouds and thereby slow down their evolution toward forming another generation of stars?"

Sahai will discuss his team's results at the American Astronomical Society meeting in Long Beach, Calif.

The science team consists of R. Sahai of NASA's Jet Propulsion Laboratory in Pasadena, Calif., M. Morris of the University of California in Los Angeles, M. Claussen of the National Radio Astronomy Observatory in Socorro, N.M., and R. Ainsworth of the University of Tennessee in Knoxville.

VSS-BOLETIM 51

 
VSS*Boletim 51


LUA DE SATURNO PODE TER 'VULCÕES DE GELO', DIZEM CIENTISTAS



Titã, a maior das cerca de 60 luas de Saturno, pode ter vulcões de gelo ativos ou que estiveram ativos até recentemente, sugeriram observações feitas a partir da sonda Cassini e apresentadas em reunião na União Geofísica dos Estados Unidos, em São Francisco. Ao invés de expelir lava, acredita-se que estes vulcões liberariam água gelada, amônia e metano. Segundo Bob Nelson, da Nasa (agência espacial americana), já foram montados muitos modelos teóricos que mostram que o "criovulcanismo" é viável na região mais afastada do Sol no Sistema Solar, "em um objeto do tamanho de Titã". Mas nem todos os pesquisadores estão convencidos da idéia de vulcões em Titã. Jeffrey Moore, um geólogo da Nasa independente da missão Cassini, disse na reunião que o relevo com aparência de fluxo de lava visto na superfície de Titã "pode ser apenas de detritos gelados que foram lubrificados com chuva de metano e transportados (...) em linhas sinuosas como deslizamentos de terra".


INTERNET INTERPLANETÁRIA


O mundo ficou pequeno demais para a internet, que acaba de ir para o espaço. A Nasa, agência espacial norte-americana, testou com sucesso a primeira rede de comunicação espacial baseada na tecnologia da rede mundial de computadores. Por meio de um sistema chamado de Rede Tolerante a Interrupções (DTN, na sigla em inglês), pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, Califórnia, conseguiram transmitir dezenas de imagens de uma espaçonave que se encontra a cerca de 33 milhões de quilômetros da Terra e também enviar arquivos de volta. "É o primeiro passo no sentido da criação de uma infra-estrutura de comunicação espacial totalmente nova. Ou seja, uma internet interplanetária", disse o coordenador do projeto Adrian Hooke, gerente de arquitetura de redes espaciais da Nasa.

FENÔMENO RARO É VISTO NO CÉU DURANTE UMA HORA E MEIA

No início da noite de segunda-feira, foi possível ver a conjunção Lua crescente, Júpiter e Vênus. O fenômeno, que ocorrerá novamente em 2052, durou cerca de uma hora e meia em Brasília (DF). Acima, a Lua; abaixo e à esquerda, Vênus, e abaixo, mas à direita, Júpiter, que, juntos, formaram um triângulo. Depois da Lua e do Sol, Vênus e Júpiter são os astros de maior brilho no sistema solar. Júpiter é o maior planeta, distante cerca de 870 milhões de km da Terra, por isso aparece menor que Vênus, mais próximo do globo terrestre.

BURACO GIGANTE É VISTO EM CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA

Os satélites da missão espacial Themis, lançados em 2007, descobriram um grande buraco no campo magnético da Terra. Segundo os cientistas da Nasa, a agência espacial americana, a abertura é dez vezes maior do que a esperada, e o buraco é quatro vezes mais amplo do que a Terra e sete vezes maior do que o diâmetro terrestre. O campo magnético da Terra, também conhecido como magnetosfera, é uma espécie de bolha magnética que circunda o planeta e protege a superfície terrestre das partículas carregadas pelo vento solar. Os cientistas explicam que o vento solar carregado de partículas "abre" o buraco na magnetosfera da mesma forma como um polvo envolve um objeto com seus tentáculos – um processo conhecido como "reconexão magnética".


COMETA MAIS BRILHANTE DE 2009 JÁ PODE SER VISTO NA MADRUGADA

Observar um cometa no céu é uma das mais interessantes experiências para qualquer pessoa. Afinal, não é todo dia que temos a oportunidade de ver um objeto no céu diferente dos planetas e das estrelas conhecidas. Para aqueles que gostam de astronomia, então, nem se fala. A atividade deixa de ser apenas "interessante" e passa a ser fascinante e educativa. Atualmente, um dos objetos que começa a chamar a atenção é a chegada do cometa C/2007 N3 Lulin, que já pode ser visto durante as madrugadas de praticamente qualquer lugar do hemisfério Sul. As últimas observações mostram que o cometa já atingiu a magnitude 8 e deverá aumentar de brilho até a magnitude 4 com o passar dos dias.


PRIMEIRA VIAGEM HUMANA À LUA COMPLETA 40 ANOS

A missão Apollo 8, que completou 40 anos, foi a primeira a levar homens à Lua. A viagem, que fazia parte do Projeto Apollo, teve duração de seis dias; do dia 21 ao dia 27 de Dezembro de 1968. Os astronautas Frank Borman, Jim Lovell e William A. Anders foram os primeiros homens a circum-navegar o satélite natural da Terra, abrindo caminho para o pouso histórico que aconteceria sete meses mais tarde, com a Apollo 11. Embora os astronautas não tenham pousado no solo lunar, na noite de Natal de 1968, eles foram os primeiros astronautas a abandonar a órbita da Terra, enviando inéditas fotos do solo da Lua. "Estávamos voando para Lua pela primeira vez", disse Jim Lovell, um dos três astronautas a bordo do histórico vôo.


VÊNUS: NOVOS DADOS APONTAM DETALHES NA ATMOSFERA



Novos dados e imagens enviados pela sonda Venus Express, da ESA, agência espacial européia, exibem detalhes nunca vistos da atmosfera de Vênus. Segundo um estudo publicado pela revista Nature, será possível compreender melhor a meteorologia do planeta para compará-la às encontradas na Terra. Vênus está encoberto por uma densa camada de nuvens de dióxido de enxofre e de ácido sulfúrico que reflete de volta ao espaço a maior parte da luz solar recebida. E impede uma observação direta da superfície do planeta. Ao ser observado agora em luz ultravioleta, com os instrumentos a bordo da sonda, o planeta aparece com numerosos detalhes em alto contraste, com regiões claras e outras escuras. A causa seria uma distribuição não homogênea de substâncias absorventes (da luz) — e ainda desconhecidas — na atmosfera.

CRÉDITOS: Boletim Supernovas, Terra, Folha OnLine, Apolo 11, Agência FAPESP, BBC Brasil, NASA, ESA
COLABORADORES: Ibanez, Tralback e Ielcinis Louis



Lucimary Vargas
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E-mail: observatorio.monoceros@gmail.com
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Celebrando a ciência...por Marcelo Gleiser

Celebrando a ciência
Marcelo Gleiser

Uma lua obscura de Saturno pode ter uma combinação de água e compostos
orgânicos necessários para a vida. Planetas girando em torno de outras
estrelas foram vistos com telescópios pela primeira vez. Células-tronco
não precisam mais ser extraídas de fetos ou mesmo de cordões umbilicais.

O gigantesco acelerador de partículas, o LHC, foi ligado e funcionou, ao
menos por um pouco. Deve entrar em funcionamento em meados de 2009.
Mapas do cérebro por meio de ressonância magnética mostram onde fazemos
escolhas morais e quando mentimos, uma descoberta com enormes
conseqüências para o processo penal. E que podem ser usados para
diagnosticar a doença de Alzheimer nos seus estágios preliminares.

Essas são algumas das novidades da ciência de 2008. A lista, claro, é
muito mais longa. Mas acho que já é o bastante para celebrar.

Ninguém pensa muito em celebrar a ciência ou os cientistas. Acho que
isso deveria mudar. Sei que sou suspeito para falar. Mas olhe em volta.
Veja as dezenas de aparelhos eletrodomésticos ou de eletrônicos, seu
carro, seu celular, GPS, notícias e futebol ao vivo via satélite, a
rapidez das telecomunicações, o progresso da medicina, a internet, os
mistérios do universo -dos ocultos no interior dos átomos até os confins
do cosmo- sendo revelados de forma magnífica.

De onde vem isso tudo? Do trabalho de milhares de cientistas e
engenheiros, de pessoas que dedicam suas vidas à busca do conhecimento e
à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Sem dúvida, existe o aspecto comercial da tecnologia. Também, nem toda a
ciência é para o bem, como vemos no progresso das armas de destruição em
massa, nas tecnologias de guerra biológica, na absurda exploração do
planeta feita de forma irresponsável por megacorporações gananciosas.
Mais uma vez, a lista é grande.

Mesmo assim, o fato é que nossas vidas, a sociedade moderna como um
todo, depende inteiramente dessa infra-estrutura tecnológica. Se ela
colapsa, se colapsam as telecomunicações, se ficamos sem energia
elétrica, se cai a internet, voltamos a viver como vivíamos há 200 anos.
Ficaríamos completamente paralisados. Ninguém mais sabe caçar (ou quase
ninguém) ou viver diretamente do que a natureza produz. (Com exceção dos
agricultores de subsistência, mas a sua produção seria ineficaz para
manter a população global.) Imagine um mundo sem antibióticos, sem
aviões, sem carros, sem ar-condicionado.

Após oito anos de uma administração que demonstrou desprezo pelo meio
ambiente, de uma política internacional que inventou uma guerra
mentirosa e que serviu apenas a alguns grupos de interesse, as coisas
parecem que estão mudando nos EUA.

Essa semana, Obama escolheu seu secretário de ciência, o equivalente ao
nosso ministro de ciência e tecnologia, pasta bem servida atualmente
pelo físico Sérgio Resende.

O escolhido aqui, John Holdren, é um físico de primeira linha e, tal
como o novo secretário de energia escolhido pelo novo presidente, um
militante do combate ao aquecimento global. O que me deixou esperançoso
foi o que Obama disse: "minha administração irá restaurar o princípio
básico de que decisões governamentais devem ser baseadas na melhor
evidência científica possível, baseadas em fatos e não distorcidas por
ideologia política".

Belas palavras, que celebram o papel da ciência em nossas vidas e o
perigo de corromper fatos a serviço de ideologia. Estamos vivendo um
momento mágico. A transição começou. O planeta Terra começará a ser
respeitado como deve pelos que causavam os maiores danos. Estava mais do
que na hora.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College, em
Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Artigo publicado
na "Folha de SP" 28/12.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Inglês teria traçado mapa da Lua antes de Galileu


Mapa da lua, por Thomas Harriott (Foto: BBC)

Documentos encontrados na Grã-Bretanha indicam que um inglês pode ter mapeado a Lua antes de Galileu Galilei. Thomas Harriott teria traçado mapas completos da superfície lunar há 400 anos, meses antes do gênio italiano.O professor Allan Chapman, da Universidade de Oxford, afirma que Harriott compilou um mapa completo da superfície lunar em uma série de folhas."O conjunto completo marca o nascimento da cartografia moderna, antecede Galileu e o próximo trabalho semelhante só apareceria 30 anos mais tarde", diz Chapman.

O pesquisador defende que, em seu 400º aniversário de nascimento, Thomas Harriott seja comemorado como um dos grandes cientistas da história britânica. Harriott era um rico nobre inglês que, segundo historiadores, não almejava fama e fortuna, diferentemente de Galileu.Quatro séculos mais tarde, os mapas de Harriott vão ser expostos pela primeira vez, e talvez o inglês venha a ser mais reconhecido por seu trabalho pioneiro.
BBC

sábado, 10 de janeiro de 2009

Cometa mais brilhante de 2009 já pode ser visto na madrugada

Observar um cometa no céu é uma das mais interessantes experiências para qualquer pessoa. Afinal, não é todo dia que temos a oportunidade de ver um objeto no céu diferente dos planetas e das estrelas conhecidas. Para aqueles que gostam de astronomia, então, nem se fala. A atividade deixa de ser apenas "interessante" e passa a ser fascinante e educativa.



Atualmente, um dos objetos que começa a chamar a atenção é a chegada do cometa C/2007 N3 Lulin, que já pode ser visto durante as madrugadas de praticamente qualquer lugar do hemisfério Sul. As últimas observações mostram que o cometa já atingiu a magnitude 8 e deverá aumentar de brilho até a magnitude 4 com o passar dos dias.O cometa se aproxima cada vez mais da Terra. Sua distância atual é de 239 milhões de quilômetros e no dia 24 de fevereiro atingirá o perigeu, a apenas 59 milhões de quilômetros. Neste dia sua magnitude será mínima (brilho máximo) e poderá ser visto facilmente por qualquer pessoa, mesmo sem auxílio de instrumentos.No dia 10 de janeiro, sábado, C/2007 N3 atingirá a menor distância do Sol, quando passará a apenas 182 milhões de quilômetros da estrela. Sua órbita quase-parabólica sugere que este será o primeiro cometa a visitar o Sistema Solar interior, formado pelos quatro planetas rochosos e os objetos do Cinturão de asteróides. Como os cometas são bastante imprevisíveis, ninguém pode afirmar como C/2007 N3 se comportará na presença dos intensos raios solares.A descobertaC/2007 N3 é um cometa não periódico (não orbita o Sol) e foi descoberto no dia 11 de julho de 2007 pelos astrônomos Quanzhi Ye, do observatório de Guangzhou, na China e seu colega Chi Sheng Lin, do Instituto de Astrofísica de Lulin, em Taiwan. Alguns dias após ser descoberto o astrônomo norte-americano Joseph Young observou que o objeto aparentava ter uma cauda. As primeiras observações ocorreram quando C/2007 N3 apresentava brilho de magnitude 19, tão fraco que só podia ser visto através de grandes instrumentos. Em julho de 2008 a magnitude do cometa havia decaído para 11 e em setembro de 2008 já estava na décima magnitude, lembrando que quanto menor a magnitude maior o brilho do objeto.De acordo com dados publicados pelo REA-Brasil, Rede de Astronomia Observacional, em 26 de dezembro o astrônomo amador A. Amorim observou o cometa após sua a conjunção com o Sol. Na ocasião Amorim estimou que seu brilho era de 8 magnitudes, classificada com auxílio de um binóculo 20x80 e de um telescópio refletor de 180 mm.Observando o cometaComo explicado acima, atualmente C/2007 N3 apresenta brilho de 8 magnitudes, impossível de ser percebida pelo olho humano sem auxílio de instrumentos. Normalmente, o olho humano começa a perceber o brilho de objetos a partir de seis magnitudes e mesmo assim sob condições excelentes de visibilidade. Portanto, para ver o cometa nestes dias é necessário ir a um local bem escuro, longe das luzes e poluição da cidade, acompanhado de um telescópio ou binóculos.




À medida que o cometa se aproximar mais do nosso planeta, sua magnitude irá decair até o dia 24 de fevereiro, quando as simulações indicam que seu brilho máximo atingirá a magnitude 4, similar à intensidade da estrela Gamma de Libra, mostrada na carta celeste acima. Atualmente o cometa está nascendo no horizonte leste aproximadamente às 03h00 da madrugada e pode ser visto até um pouco antes dos primeiros raios de Sol. Com o passar do tempo C/2007 N3 surge mais cedo sobre o horizonte, tornando as observações mais duradouras durante a madrugada. A carta celeste mostrada retrata a posição do cometa e das estrelas às 03h30 da madrugada e tem validade por aproximadamente uma semana, quando publicaremos um novo gráfico.

Fonte: Site Apolo 11 - www.apolo11.com
http://www.apolo11.com/destaque.php
Editoria: Astronomia Sexta-feira, 9 jan 2009 - 10h07

Colaboração: Adriano Remorini Tralback

Artes: No topo, cometa C/2007 N3 fotografado pelo astrônomo Karzaman Ahmad, do observatório Nacional de Langkawi, na Malásia. A cena após 24 minutos de exposição fotográfica feita através de um telescópio de 20 polegadas (meio metro) de abertura. Acima, carta celeste ajuda a localizar o cometa no céu. Créditos: Karzaman Ahmad, Langkawi National Observatory / Apolo11.com.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Astrônomos criam 1º modelo 3D de explosão de estrela


Astrônomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) anunciaram que recriaram pela primeira vez um modelo em 3D dos momentos seguintes à explosão de uma estrela, o que pode ser uma boa ferramenta para se estudar melhor o processo.



Os especialistas recolheram informações de dois telescópios orbitais da Nasa - o Chandra, de raios X, e p Spitzer, que obtém imagens pela detecção de radiação infravermelha ou de calor - e de telescópios na superfície da Terra.

Eles utilizaram técnicas de obtenção de imagens normalmente empregadas na área médica para criar um holograma da supernova Cassiopéia A. As supernovas são corpos celestes brilhantes surgidos após as explosões de estrelas e que, com o tempo, acabam perdendo a luminosidade. Haley Gomez, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, disse que o modelo oferece "uma visão surpreendente da explosão original de uma estrela".

Discos
A imagem mostra jatos na forma de discos saindo da estrela quando ela explode. Os astrônomos já sabiam das emanações das estrelas, mas a estrutura no formato de disco é uma nova descoberta. A equipe internacional usou imagens de raio-X e infravermelho para criar a visualização e ter uma compreensão mais completa do que acontece na explosão.

A Cassiopéia A é uma supernova - resultante de uma estrela que, acredita-se, explodiu há 330 anos. Gomez disse que a recriação é "realmente extraordinária". "Astrônomos e o público estão acostumados a ver imagens 'achatadas', com duas dimensões. Agora nós podemos visualizar um objeto a 11 mil anos-luz por ângulos diferentes."

"Nós sempre quisemos saber como as peças que vemos em duas dimensões se encaixam entre si na vida real. Agora podemos ver por nós mesmos com esse 'holograma' de restos de supernova", disse Tracey DeLaney, chefe da equipe de pesquisadores.No vídeo, liberado pelos astrônomos, a região em verde é, na maioria, ferro, observado através de raios X. A região amarela é uma combinação de argônio e silício vistos por raios X, meios óticos e infravermelho, incluindo jatos de silício. A região vermelha é de resíduos frios vistos por infravermelho. Finalmente, o azul revela uma onda externa resultante da explosão, detectada em mais evidência por raios X.

Globo on line

Mundo inicia comemorações pelo Ano Internacional da Astronomia


Finalmente 2009 começou! Por que tanta ansiedade? Porque 2009 é o Ano Internacional da Astronomia. Ele é especial, pois marca os 400 anos de descobrimento das luas galileanas de Júpiter por Galileu Galilei (por isso são chamadas de “galileanas”).

Há quatro séculos, Galileu apontou sua pequena luneta para céu e começou a descobrir um universo totalmente novo: descobriu luas em Júpiter (descrevendo-as como um minissistema solar), observou as crateras da Lua, descobriu as fases de Vênus, observou as manchas solares (e praticamente ficou cego por isso, não tente fazer igual!) e várias outras observações que levaram-no a postular que não é o Sol que se move em torno da Terra, mas sim o contrário. Existe alguma controvérsia em relação à descoberta das luas galileanas; já ouvi por aí que elas foram observadas antes, mas a história guardou as anotações de Galileu de modo que para a história foi ele o descobridor.

Dizem também que Galileu foi o inventor do telescópio, mas sabe-se que isso não é verdade. Ele ouviu falar que na Holanda havia instrumentos desse tipo e comprou algumas lentes para fabricar a sua própria luneta. A partir daí passou a fabricá-las, sempre aperfeiçoando-as, de modo que rapidamente Galileu possuía os mais avançados instrumentos do mundo.

Galileu foi também o inventor do método científico, usado em larga escala na ciência. É por conta dele que podemos ter confiança em teorias que expliquem os fenômenos da natureza, desde o átomo até as galáxias, com as hipóteses por trás delas testadas à exaustão. Mas não é disso que eu quero falar agora.

Para celebrar esses acontecimentos, 2009 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional da Astronomia. A idéia é usar os 400 anos das descobertas de Galileu para despertar ou impulsionar o gosto pelas ciências, seja ela qual você gostar mais. E tudo será descentralizado!

O esquema proposto desde o final de 2007 é montar uma rede mundial de associações, clubes de astronomia, universidades, escolas e qualquer grupo interessado em divulgar a astronomia. Essas entidades são chamadas de “nós” de desta grande rede. Há uma coordenação mundial que passa as diretrizes para as coordenações nacionais, que por sua vez as repassam para esses nós. Tudo através da internet, de maneira totalmente democrática.

Os trabalhos de divulgação ficam a cargo e critério dos nós cadastrados, pode ser através de palestras, observações, filmes, o que for. Existem atividades mundiais, como as 100 horas de astronomia, por exemplo. Essa atividade prevê uma maratona de 100 horas ininterruptas de observação do céu pelo mundo todo, com transmissão ao vivo por diversos grandes observatórios do mundo.

Outro projeto bem legal é o chamado “Galileuscópio”. Esse projeto visa a construção de lunetas simples e de fácil montagem que lembrem aquelas usadas por Galileu há quatro séculos. Isso ficaria a cargo dos nós locais e a meta é fazer com que 10 milhões de pessoas no mundo todo observem o céu através de um telescópio pela primeira vez.

Como eu disse, todo o evento pretende ser aberto e democrático. A página doAno Internacional da Astronomia no Brasil (http://www.astronomia2009.org.br/) éonde você pode saber da programação pelo Brasil afora, mas também pode cadastrar o seu clube de astronomia como um nó local.

Aqui em São José dos Campos-SP, vamos começar oficialmente este ano magnífico no próximo dia 15 (veja a programação na página acima) e pretendemos juntar três instituições com ampla tradição na divulgação de astronomia. Eu mesmo devo coordenar uma das principais atividades e se você estiver na região do Vale do Paraíba ou Litoral Norte, fique atento à programação.

Procure o seu nó local e feliz Ano Internacional da Astronomia!

Cássio Barbosa
Observatório

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Imagem da Nasa mostra lua de Saturno sobre os anéis


Imagem distribuída pela Nasa mostra uma das luas de Saturno, Gray Mimas, sobre os anéis do planeta. A grande cratera vista no lado direito da lua leva o nome de William Herschel, que descobriu Mimas em 1789. As imagens foram feitas usando filtros espectrais vermelhos, verdes e azuis especiais, pela câmara da espaçonave Cassini, a uma distância de 3,151 milhões de quilômetros da Mimas (foto: AFP).

Via Láctea é maior do que se pensava, dizem astrônomos


Resultados são de pesquisadores americanos.Nossa galáxia rivaliza em porte com sua vizinha Andrômeda.

Da EFE

Cientistas americanos descobriram que a Via Láctea pesa 50% a mais do que era estimado antes e gira em torno de seu próprio exio a 965.600 km/h, quase 161.000 km/h mais rápido do que se considerava anteriormente. A equipe, formada por pesquisadores do Observatório Nacional de Rádio e Astronomia dos EUA e do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, apresentou nesta segunda-feira (5) os resultados de sua pesquisa em reunião da Sociedade Americana de Astronomia em Long Beach, na Califórnia. Eles explicam que, por ser mais veloz e pesada, a galáxia tem maior força gravitacional, o que significa que são maiores as possibilidades de ela colidir com a galáxia de Andrômeda, ou com outras, menores e mais próximas. "Acabou a ideia de a Via Láctea como irmã menor de Andrômeda em nosso grupo local", afirmou o cientista Mark Reid, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. O fato de as observações científicas terem sido feitas de o interior da galáxia dificulta as medições e o estudo de sua estrutura, algo mais simples para o restante de galáxias, das quais se pode obter uma imagem geral. Até agora, o valor das magnitudes da Via Láctea era calculado por medições indiretas. No entanto, os radiotelescópios VLBA da Fundação de Ciência Nacional dos EUA registram imagens de alta qualidade e medidas diretas de distâncias e movimentos que não dependem de outras propriedades, como o brilho. Nas imagens da galáxia captadas pelos radiotelescópios, os cientistas localizaram regiões de intensa formação de estrelas nas quais moléculas gasosas aumentam as emissões de rádio. Essas áreas servem como marcas brilhantes para o radiotelescópio, o que permitiu determinar os movimentos tridimensionais dessas regiões, que, em sua maioria, seguem um caminho circular, na medida em que se movimentam pela galáxia, mas elíptico e a uma velocidade inferior às das demais regiões. Os pesquisadores atribuem estes movimentos às ondas expansivas de densidade espiral, que tomam gás de uma órbita circular, o comprimem para formar estrelas e originam uma nova órbita elíptica. Esses processos, segundo explicam os cientistas, contribuem para reforçar a estrutura espiral da Via Láctea. A equipe sugere ainda que a galáxia tem quatro, e não dois braços, de gás e pó em espiral, nos quais se formam estrelas.

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