Foguete sai do Novo México, nos EUA, e viagem deve durar 8 minutos.
Instrumento vai analisar camada intermediária da atmosfera solar.
 A agência espacial americana (Nasa) lança nesta quinta-feira (5), do 
Novo México, uma missão para estudar os campos magnéticos da cromosfera 
do Sol, camada que fica entre a superfície visível (fotosfera) e a 
atmosfera exterior (corona) da principal estrela do nosso sistema.
 O voo do aparelho Sumi (sigla para Investigação Solar Magnetográfica 
Ultravioleta) deve durar apenas 8 minutos e pretende analisar o complexo
 campo magnético do Sol, que está em constante transformação.
 Essa mecânica pode estar no centro da explicação de por que o astro tem enormes explosões de luz e partículas.
 Apesar de a Nasa já ter instrumentos espaciais e terrestres para 
verificar esse magnetismo, nenhum deles consegue visualizar a 
cromosfera. Com o Sumi, será possível analisar a camada por raios 
ultravioleta, enquanto os demais meios veem o Sol por luz infravermelha 
ou visível.
 
Imagem do Sol foi feita em janeiro de 2007, por missão conjunta dos EUA, Europa e Japão (Foto: Jaxa/Nasa)
 Esse comprimento de onda diferente do instrumento fará com que os 
níveis mais altos da atmosfera solar possa ser estudado. A missão vai 
observar a luz emitida a partir de dois tipos de átomos: magnésio 2 e 
carbono 4.
 Assim, os cientistas serão capazes de medir a força original e a 
direção dos campos magnéticos do Sol, para então criar um mapa 
tridimensional.
 A cromosfera é conhecida por ser uma região de transição, onde o 
material solar se aquece muito, formando a corona e os ventos solares. 
Essa área é também onde se acredita que sejam originadas as partículas 
de aceleração das chamas.
 A viagem do Sumi é, na verdade, um grande voo experimental para 
garantir que o instrumento funciona e avaliar possíveis melhorias no 
futuro. O aparelho já foi para o espaço uma vez, em julho de 2010, mas 
sofreu uma força gravitacional muito maior que a esperada, motivo pelo 
qual teve quebrados os parafusos que prendem seu espelho principal, 
impossibilitando reunir dados precisos. O espelho agora foi reforçado.
 
Concepção
 artística mostra a estrela TYC 8241 2652 emitindo radiação 
infravermelha há vários anos. (Foto: Gemini Observatory/AURA artwork by 
Lynette Cook. )
Outra
 concepção artística mostra novamente a estrela e como o sistema estaria
 após o desaparecimento da maior parte da poeira. (Foto: Gemini 
Observatory/AURA artwork by Lynette Cook.)