sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nasa capta movimento nas dunas de Marte, dizem cientistas

Da EFE - As dunas de Marte são muito mais dinâmicas do que se imaginava e chegam a se deslocar vários metros, segundo constataram cientistas da Nasa (agência espacial americana) graças às imagens da sonda de reconhecimento MRO, que orbita o planeta vermelho e que foram divulgadas nesta quinta-feira (17).
"Estamos acostumados a pensar que a areia em Marte é relativamente imóvel, por isso estas novas observações estão mudando nossa perspectiva", afirmou Nathan Bridges, cientista do Laboratório de Física da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.
Segundo Bridges, que publicou suas descobertas na revista Geology, "ou Marte tem mais rajadas do que se pensava ou os ventos são capazes de transportar mais areia".

Imagem da Nasa mostra dunas de Marte que se ‘movimentaram’ cerca de dois mestros entre março de 2007 e dezembro de 2010. (Foto: Nasa / AP Photo)

A superposição das imagens detectadas pela sonda mostra claramente o movimento das dunas, algo que contrasta com as teorias científicas de apenas uma década atrás, que apontavam que estas não se movimentavam ou faziam em um ritmo tão lento que não se podia detectar.
A sonda Mars Reconnaisance Orbiter (MRO), lançada em 2005, e as imagens captadas pela câmera de alta resolução HiRISE, permitiram documentar o movimento anual de uma dúzia de dunas e outras formações em todo o planeta.
A atmosfera de Marte é muito tênue e por isso são necessários ventos muito fortes mesmo que para movimentar um grão de areia. De acordo com os cálculos, apenas ventos de 130 km/h podem movimentar essas pequenas partículas que na Terra se deslocariam com ventos de 16 km/h.
Os cientistas declararam que não registraram movimento em todas as dunas observadas, mas destacaram que esta descoberta ressalta a importância da vigilância a longo prazo em alta resolução.

‘Triângulo amoroso’ cósmico explica origem de estrelas ‘fugitivas’

Do G1 em São Paulo - Os astros jovens e velozes conhecidos pelos astrônomos como “estrelas fugitivas” podem ser sobras rejeitadas de um triângulo amoroso espacial, segundo um estudo apresentado nesta sexta-feira (18) na revista “Science”.
Esse tipo de estrelas é conhecido por ser muito mais veloz do que as outras. Cálculos feitos a partir de sua trajetória indicam que a fugitiva está se afastando de outra estrela – por isso, o nome.

Ilustração mostra uma estrela fugitiva se afastando rapidam. (Foto: Science/AAAS)

Uma das explicações para a existência delas afirma que supernovas ocorridas em um sistema estelar teriam “atirado” essas estrelas para longe. O estudo divulgado nesta sexta, no entanto, sugere outra origem.
Para Simon Portegies Zwart e Michiko Fujii, as estrelas fugitivas seriam resultado do encontro catastrófico de três estrelas dentro de um aglomerado. A intensa atração gravitacional entre elas faz duas formarem um "casal", um sistema binário. A que sobra, é lançada ao espaço e vira uma “fugitiva”.

Sonda Cassini registra formação de tempestade gigante em Saturno

Da EFE - A sonda Cassini captou a formação e a evolução de uma tempestade gigante que se estendeu por uma área de 15 mil quilômetros na face norte de Saturno durante 200 dias e cujas imagens foram divulgadas nesta quinta-feira (17) pela Nasa (agência espacial americana).
Nas imagens é possível observar uma pequena mancha que aparece no dia 5 de dezembro de 2010 e vai aumentando até se transformar em uma gigantesca tempestade que, no final de janeiro de 2011, dá a volta em todo o planeta.
Trata-se da maior tempestade detectada nas últimas duas décadas em Saturno e já observada de uma sonda interplanetária.
No mesmo dia que as câmeras de alta resolução da Cassini capturaram as primeiras imagens da tempestade, o rádio da sonda e o instrumento de ondas de plasma detectaram a atividade elétrica da tempestade, revelando que era uma tempestade convectiva.
A Cassini confirmou que a fase ativa da tempestade terminou no final de junho, mas suas nuvens turbulentas permanecem na atmosfera atual.


Este mosaico mostra a cauda da enorme tempestade de 200 dias que envolveu Saturno. (Foto: NASA / JPL / AP Photo)

"A tempestade de Saturno se parecia mais com um vulcão que com um sistema climático terrestre", disse Andrew Ingersoll, integrante da equipe de imagens da Cassini no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. "A pressão se acumula durante muitos anos antes da tempestade explodir. O mistério é que não há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos", explicou Ingersoll em comunicado divulgado pela Nasa.
A Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997 junto com a sonda Huygens da Agência Espacial Europeia (ESA). A nave chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.
Desde então os 12 instrumentos de Cassini estiveram transmitindo informação do sistema de Saturno durante quase seis anos, ainda que a missão deveria ter terminado no final de 2008.
No ano passado, a Nasa decidiu prolongar sua missão até 2017, o que permitirá aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e em suas luas.

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