quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ESA detecta variação de temperatura em nuvens de poeira de Andrômeda

Azul retrata temperaturas mais elevadas e vermelho as mais frias.
Imagem foi feita pelo Observatório Espacial Herschel.

Do G1, em São Paulo

Nuvens de poeira ao redor da galáxia Andromeda (Foto:  ESA/NASA/JPL-Caltech/NHSC) 
Nuvens de poeira que preenchem a galáxia Andrômeda 
(Foto: ESA/NASA/JPL-Caltech/NHSC)
 
O Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), detectou a variação de temperatura entre os aneis de poeira espacial que preenchem a galáxia Andrômeda. A diferença foi captada por diferentes cores.

As nuvens mais frias são muito mais brilhantes e estão em comprimentos de onda maiores. Elas aparecem em vermelho na imagem, enquanto as mais quentes adquiriram uma cor azulada. De acordo com os astrônomos da Nasa, parceira da ESA na missão, o brilho visto na imagem retrata o comprimento de onda mais longo, que tem entre 250 a 500 micrometros – milionésimo do metro.

A capacidade de Herschel para detectar luz permite aos astrônomos enxergar nuvens de poeira a temperaturas de apenas algumas dezenas de graus acima do zero absoluto. Estas nuvens são escuras e opacas, com comprimentos de onda mais curtos. A imagem de Herschel também realçam raios de poeira entre os aneis.

De acordo com a agencia espacial, as cores foram melhoradas para tornar mais fácil a visualização, procedimento que não afetou a análise das informações e a variação das cores.

Os dados revelam que outras propriedades da poeira espacial, e não só a temperatura, também estão afetando a cor infravermelha da imagem. Segundo os astrônomos, a aglomeração de grãos de poeira ou crescimento de mantos de gelo sobre os grãos em direção à periferia da galáxia parecem contribuir para essas variações sutis de cores.

O comprimento de onda de 250 micrometros é processado como azul, o de 350 é verde, e o de 500 micrometros vermelho. A saturação de cor foi aprimorada para revelar as pequenas diferenças nestes comprimentos de onda.

'Nunca saberei por que Armstrong foi o 1º a pisar na Lua', diz Buzz Aldrin

Buzz Aldrin, de 83 anos, participou da missão Apollo 11, em 1969.
Ele palestrou na Campus Party, evento que acontece em São Paulo.

Laura Brentano Do G1, em São Paulo

Astronauta Buzz Aldrin falou no evento 'nerd' (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação) 
Astronauta Buzz Aldrin falou no evento 'nerd'
 (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação)
 
“Nunca vou saber por que Neil Armstrong foi o primeiro a pisar na Lua”, disse Buzz Aldrin, de 83 anos, companheiro de Armstrong e Michael Collins na missão Apollo 11, de 1969, e o segundo homem a pisar no satélite natural da Terra. Ele participou nesta terça-feira (29) da Campus Party, em São Paulo.

“Houve muita discussão nos 40 anos depois da missão sobre as razões de Armstrong ter sido o primeiro a pisar na Lua”, disse Buzz. “Pode ser porque ele era o comandante da missão ou porque ele estava mais perto da porta de saída. Eu nunca vou saber”, brincou. No momento de sair da nave, Buzz conta que um dos itens que eles precisavam prestar atenção era não fechar a porta para não ficarem trancados do lado de fora, porque não havia uma "maçaneta" para abri-la depois.

Na Campus Party, Buzz falou ainda sobre a depressão que enfrentou depois da missão Apollo 11. “O mais difícil depois de chegar à Lua era voltar para a Terra. Eu tinha alcançado o pico da minha carreira”, disse. Ele conta que depois que voltou para a Nasa, eles não sabiam o que fazer com um homem que já tinha ido para a Lua.

“Comecei a beber e entrei em depressão. Eu me tornei uma pessoa problemática. Foi um momento muito difícil na minha vida”, diz Buzz, que se divorciou naquela época pós-Lua. Ele foi aplaudido pela plateia que lotou o espaço do palco principal da Campus Party quando disse que completou 34 anos sem beber.

Experiência na Lua
Buzz falou sobre sua experiência como um dos únicos homens a ter pisado na Lua. “Era uma desolação magnífica como seria para qualquer ser humano pisar em outro mundo pela primeira vez. Tinha um sentimento de desolação, de ver aquela paisagem escura, sem vida”. Buzz ainda brincou sobre as pegadas que eles deixaram no satélite natural da Terra. “São evidências comprometedoras. Tenho que voltar lá para apagar”.

O momento mais crítico da missão era pousar na Lua, conforme Buzz. “Quando fomos descendo a nave, vimos o Mar da Tranquilidade [região lunar onde os astronautas pousaram]. Era o momento mais crítico. Sem nosso pouso lá, não íamos conseguir concluir a missão.” Buzz ainda disse que, naquele momento, apesar de eles estarem tão longe e serem os homens mais distantes da Terra, sempre se sentiram conectados ao seu planeta. “Estávamos sempre conversando com Houston (no Texas).”

Na época da missão Apollo 11, o mundo estava vivendo a Guerra Fria. Depois do lançamento do satélite Sputnik 1, pela União Soviética, em 1957, começou a corrida espacial. Conforme Buzz, naquela época, os EUA começaram a estudar formas de levar o homem para a Lua. Porém, se chegou à conclusão que isso demoraria 15 anos para acontecer.

Buzz Aldrin em palestra na Campus Party (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação) 
Buzz Aldrin em palestra na Campus Party
 (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação)
 
“Em vez de aceitar o que era possível, em 1961, o presidente John F. Kennedy desafiou a América a se comprometer com a ideia de colocar um homem na Lua até o fim da década e trazê-lo de volta”, contou Buzz. “Muitos achavam que esse desafio seria impossível de ser conseguido. Mas tínhamos um líder com determinação e coragem, que colocou um prazo específico para ser atingido. Ele não nos deu nenhuma alternativa. Era fazer ou fazer”.

Buzz gostaria que o mundo se empolgasse novamente com as explorações espaciais. “Os homens precisam explorar o espaço como fizemos há quase 44 anos”. Ele acredita que os jovens devem gostar de estudar áreas como ciência, engenharia, matemática, para que a nova geração busque inovações.

“Por que precisamos de um programa espacial?”, questionou. “Chegando ao espaço, melhoramos a vida na Terra, com a criação de novas tecnologias, que melhoram nossa vida diária”, disse. “Sem os investimentos espaciais, não existiram celulares e outros aparelhos”.

Agora seu foco é Marte, que parece ser o próximo destino de um homem que já foi à Lua, conforme Buzz. Ele irá lançar um livro sobre missões à Marte em maio deste ano. “Estamos falando de múltiplas missões para chegar lá”, disse.

Serviço
O que é? Campus Party Brasil 2013
Onde? Anhembi Parque – Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana - São Paulo (SP)
Quando? De 28 de janeiro a 3 de fevereiro de 2013
Quanto? R$ 300 para todos os dias do evento. Para acampar é necessário pagar R$ 75 pela barraca individual ou R$ 37,50 pela barraca dupla - valor que vale para todo o evento. A entrada para o pavilhão de exposições é gratuita.

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