UOL - Um episódio que ocorre a cada 13 meses está prestes a acontecer. A Terra ficará entre Júpiter e o Sol, e isso fará com que o maior planeta do sistema solar fique ainda mais visível para nós, terráqueos. Este fenômeno, chamado de “oposição de Júpiter”, terá seu
auge no dia 8 de março.
A posição do planeta fará com que ele fique completamente iluminado pelo Sol e em seu ponto mais próximo da Terra. A junção desses dois fatores tornará o planeta ainda mais visível quando atingir o ponto mais alto do céu, quando ele deverá ser um dos objetos mais luminosos do céu durante a noite — não podemos esquecer que a Lua e Vênus brilham mais que Júpiter.
O legal disso tudo é que não será necessário um telescópio para ver o planeta no dia 8 de março. Porém, os detalhes, como as bandas ou as luas que circundam o planeta, só poderão ser vistos com um telescópio. Sobre isso, explica o astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Gustavo Rojas ao Gizmodo Brasil:
Apesar de ser visível a olho nu, só é possível ver detalhes do planeta com telescópios. Instrumentos pequenos já mostram Júpiter como um pequeno disco, acompanhado de suas 4 maiores luas (Io, Calisto, Ganimede e Europa) – as mesmas vistas por Galileu Galilei em 1609. Instrumentos com aberturas de 15 cm ou mais já mostram bem mais detalhes como as faixas equatoriais e a Grande Mancha Vermelha.
Que fique claro: apesar da oposição de Júpiter, Rojas ressalta que o planeta pode ser visto em quase todo o ano (a exceção são algumas semanas quando Júpiter se “esconde” atrás do Sol). Ontem, por exemplo, o astrofísico disse que era possível ver o planeta ao lado da Lua Cheia.
Júpiter fica visível no horizonte leste ao início da noite. Com o passar das horas, vai ficando cada vez mais alto no céu.
Atualizado às 18:00.
Imagem do topo: Foto de Júpiter (ao centro) com suas quatro luas. Crédito: Nasa Commons/Flickr.