Dúvida sobre água na Lua persiste após mapa da Nasa
A Nasa, agência espacial americana, apresentou nessa quarta-feira o mais detalhado mapa já feito da região da cratera Shackleton, no pólo sul da Lua. Mas as imagens, obtidas pelo radar Goldstone, baseado no deserto de Mojave, nos EUA, não conseguiram dirimir a dúvida quanto à presença de água nessa área, tida como uma forte candidata para um futuro pouso de astronautas ou instalação de base lunar, ambos projetos que estão nos planos da agência espacial.Água poderá ser importante para futuras missões tripuladas, reduzindo não só a massa de víveres como a de combustível que precisaria ser levada da Terra para abastecer um posto avançado - da água pode-se extrair hidrogênio, que é usado como combustível de foguete, além de oxigênio.A “Visão para Exploração Espacial” anunciada pelo presidente dos EUA, George W. Bush, em 2004, pede um retorno de astronautas à Lua por períodos de permanência cada vez mais prolongados, começando a partir de 2015. Nos anos 90, duas sondas orbitais, Clementine e Lunar Prospector, detectaram sinais que poderiam ser de água congelada na região de Shackleton. Em 2003 e, depois em 2006, no entanto, o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, não foi capaz de confirmar a presença de massas de gelo na área. Já o sinal do radar Goldstone não conseguiu penetrar fundo o suficiente na superfície lunar para eliminar a dúvida.Ao apresentar os resultados do Goldstone, no entanto, representantes da Nasa mantiveram-se otimistas quanto às perspectivas de usar Shackleton para uma futura base, adiando a palavra final sobre a ausência ou presença de água para a sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que fará mapas 3D da superfície lunar e deverá ser lançada no final do ano.
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