Estrelas nascem, vivem e morrem em um ciclo que se parece muito com o ciclo de vida de seres humanos. Algumas estrelas vivem mais, outras menos. Tudo depende da quantidade de massa que elas têm. Aquelas com muita massa (mais de 10 vezes a massa do Sol) dão um show no momento derradeiro e explodem em supernovas. Já aquelas com menos massa (como o nosso Sol) morrem de uma maneira mais pacífica, mas deixam para trás verdadeiros tesouros no céu, as nebulosas planetárias. O termo nebulosa planetária não caracteriza planetas, mas sim um dos estágios finais da vida de estrelas com pouca massa. Ele é decorrente de observações antigas, com equipamentos que ainda não forneciam imagens nítidas. Assim, quem as observava achava que esses objetos poderiam ser planetas. Por razões históricas, ninguém mexeu no termo.

Uma dessas nebulosas é esta, conhecida como o “olho do gato”, mas que vem a ser a nebulosa planetária NGC 6543, a 3.000 anos-luz de distância, na constelação do Dragão. NGC 6543 não é exatamente uma novidade para os astrônomos, mas essa última imagem em raios X obtidas pelo Chandra (nesta composição, representada pela coloração azulada) trouxe novidades.
Logo ali no centro, aquela mancha branca é na verdade uma estrela prestes a se tornar uma anã branca, rodeada por uma nuvem de gás aquecido a vários milhões de graus. Uma comparação entre a imagem em raios X e a imagem do Hubble (em vermelho e roxo) mostra que a composição química na região central é diferente da composição química do gás mais distante, que está mais frio.
Acelerado pelo vento da estrela central (uma gigante vermelha, provavelmente), o gás adquire velocidades de quase 5 milhões de quilômetros por hora, mas ninguém sabe ao certo como são formadas as estruturas vistas nesta imagem. Várias teorias existem, considerando a presença de uma estrela companheira, jatos ou até mesmo um sistema planetário, mas até agora não há nenhuma explicação definitiva Mas, sabemos que a estrela central deve ser tornar uma anã branca em alguns milhões de anos.
P.S. Você gostaria de acompanhar um eclipse total do Sol na Rússia? É fácil, basta acessar o site www.nasa.gov/eclipse. A Nasa e a Universidade da Califórnia montaram uma parceria para transmitir esse eclipse ao vivo na internet. Ele deve acontecer entre 7 e 9 da manhã do dia 01 de agosto. A totalidade, a melhor parte do eclipse, deve ocorrer entre 08:08 e 08:10 da manhã, todos horários de Brasília.
Este post foi publicado em Observatório, Quinta-feira, (31/07/2008), às 13h51.
Nenhum comentário:
Postar um comentário