quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dez anos em órbita

Dez anos em órbita
Satélite SCD-2, segundo satélite projetado, construído e operado por brasileiros, está em operação desde 1998 (divulgação)
 
24/10/2008
Agência FAPESP – O SCD-2, segundo satélite de coleta de dados ambientais desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), está completando dez anos em plena operação. O SCD-2 foi lançado em 22 de outubro de 1998 pelo foguete americano Pegasus, o mesmo que colocou em órbita o SCD-1 em fevereiro de 1993, também ainda operacional.
Os primeiros satélites projetados, construídos e operados por brasileiros continuam apresentando desempenho satisfatório, embora tenham sido projetados para uma vida útil de até dois anos. Segundo o Inpe, a longevidade é resultado da competência tecnológica e operacional e do rigor empregado na qualificação de componentes e subsistemas nos processos de integração e montagem.
No dia de seu aniversário de dez anos, o SCD-2 completou 52.807 voltas ao redor da Terra. Em uma década, percorreu a distância de 2,36 bilhões de quilômetros, o que corresponde a 3,1 mil viagens de ida e volta à Lua. Sua velocidade orbital é cerca de 27 mil km/h. Desde o lançamento, foram realizadas 33 manobras de reorientação do eixo de rotação e 29 de incremento da velocidade de rotação.
O SCD-1 e o SCD-2 integram, junto com o satélite sino-brasileiro CBERS-2B, este em operação há um ano, o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. A missão é retransmitir para uma estação receptora os dados coletados por uma rede de aproximadamente 750 plataformas automáticas de coleta de dados ambientais distribuídas ao longo do território nacional.
Quando os satélites passam sobre a região de visibilidade das estações de rastreio de Cuiabá (MT) e de Alcântara (MA), onde estão localizadas as antenas para contato, os sinais das plataformas que se encontram visíveis aos veículos são captados e retransmitidos à estação. Ali, os dados recebidos são gravados e, após a passagem do satélite, transmitidos ao Centro de Missão de Coleta de Dados, em Cachoeira Paulista (SP), onde são processados e distribuídos aos usuários.
Os dados são utilizados em diversas aplicações, como previsão de tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, planejamento agrícola.
Uma aplicação de grande relevância é o monitoramento das bacias hidrográficas, que fornece dados fluviométricos e pluviométricos. Os dados estão disponíveis no endereço http://satelite.cptec.inpe.br/PCD.
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Lucimary Vargas
Presidente
Observatório Astronômico Monoceros
Além Paraíba-MG-Brasil
observatorio.monoceros@gmail.com

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