quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Astrônomos criam 1º modelo 3D de explosão de estrela


Astrônomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) anunciaram que recriaram pela primeira vez um modelo em 3D dos momentos seguintes à explosão de uma estrela, o que pode ser uma boa ferramenta para se estudar melhor o processo.



Os especialistas recolheram informações de dois telescópios orbitais da Nasa - o Chandra, de raios X, e p Spitzer, que obtém imagens pela detecção de radiação infravermelha ou de calor - e de telescópios na superfície da Terra.

Eles utilizaram técnicas de obtenção de imagens normalmente empregadas na área médica para criar um holograma da supernova Cassiopéia A. As supernovas são corpos celestes brilhantes surgidos após as explosões de estrelas e que, com o tempo, acabam perdendo a luminosidade. Haley Gomez, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, disse que o modelo oferece "uma visão surpreendente da explosão original de uma estrela".

Discos
A imagem mostra jatos na forma de discos saindo da estrela quando ela explode. Os astrônomos já sabiam das emanações das estrelas, mas a estrutura no formato de disco é uma nova descoberta. A equipe internacional usou imagens de raio-X e infravermelho para criar a visualização e ter uma compreensão mais completa do que acontece na explosão.

A Cassiopéia A é uma supernova - resultante de uma estrela que, acredita-se, explodiu há 330 anos. Gomez disse que a recriação é "realmente extraordinária". "Astrônomos e o público estão acostumados a ver imagens 'achatadas', com duas dimensões. Agora nós podemos visualizar um objeto a 11 mil anos-luz por ângulos diferentes."

"Nós sempre quisemos saber como as peças que vemos em duas dimensões se encaixam entre si na vida real. Agora podemos ver por nós mesmos com esse 'holograma' de restos de supernova", disse Tracey DeLaney, chefe da equipe de pesquisadores.No vídeo, liberado pelos astrônomos, a região em verde é, na maioria, ferro, observado através de raios X. A região amarela é uma combinação de argônio e silício vistos por raios X, meios óticos e infravermelho, incluindo jatos de silício. A região vermelha é de resíduos frios vistos por infravermelho. Finalmente, o azul revela uma onda externa resultante da explosão, detectada em mais evidência por raios X.

Globo on line

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