Observações com Telescópio Hubble confirmam origem do corpo celeste. Astro se afasta com velocidade de 2,5 milhões de km/h.
Do G1, em São Paulo
Imagem mostra caminho da estrela, com velocidade de 2,5 milhões de km/h (Ilustração: G. Bacon/Nasa/ESA)
Astrônomos da Nasa afirmaram nesta quinta-feira (22) que a estrela HE 0437-5439, astro com velocidade de 2,5 milhões de quilômetros por hora, foi expulso da Via Láctea após interação com buraco negro gigante localizado no centro da galáxia.
Utilizando o Telescópio Espacial Hubble, os especialistas acreditam que o corpo celeste, um dos mais rápidos já detectados, era integrante de um sistema com outras duas estrelas, desfeito após aproximação com a singularidade no meio da Via Láctea.
A rapidez do astro é três vezes maior que a velocidade do Sol no decorrer da órbita em torno do centro da galáxia.
Buracos negros
Buracos negros são corpos gerados após a morte de grandes estrelas, alguns com milhares de vezes a massa do Sol. Após a explosão das estrelas gigantes, conhecida como supernova, o peso das camadas externas leva à formação de um objeto chamado singularidade, de dimensões ínfimas e com densidade que tende ao infinito.
A gravidade em torno de uma singularidade é tão intensa que nem a luz consegue escapar. Toda informação desta região não consegue ser detectada, uma vez que a velocidade da luz é o limite conhecido para a taxa de deslocamento de qualquer fenômeno.
O buraco negro representa a região em torno da singularidade e a proximidade de estrelas da região pode acarretar destruições ou, como os astrônomos acreditam ser o caso de HE 0437-5439, deslocamentos violentos dos astros.
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