Santiago do Chile, 11 jul (EFE).- Milhares de pessoas tiveram hoje a oportunidade de presenciar e desfrutar na Ilha de Páscoa do eclipse solar total mais esperado da história, apesar de nas últimas horas um forte temporal ter caído no local.
A incerteza vivida nas últimas horas por turistas e cientistas que tinham chegado a Rapa Nui, no meio do Pacífico, e que temiam que a chuva não lhes deixasse ver como a Lua se interpunha entre Terra e Sol, teve um final feliz.
O fenômeno deu passagem à alegria incontrolável de milhares de pessoas que puderam presenciar o fenômeno não só na Ilha de Páscoa, mas também através da internet no mundo todo.
O eclipse solar terminou em Rapa Nui perto das 16h15 (hora local 17h15 de Brasília), embora a sombra projetada pela Lua tenha se deslocado cerca de 4.000 quilômetros pelo Pacífico em direção a leste.
A Rapa Nui chegaram cerca de quatro mil pessoas, um número de visitantes nunca antes visto nessa remota possessão chilena, situada a 3.700 quilômetros do litoral.
O fenômeno chegou em sua plenitude ao Chile continental às 17h (18h de Brasília) e terminou quase uma hora depois, embora o clima de inverno tenha frustrado as intenções de observá-lo.
Em Rapa Nui ou "umbigo do mundo", como lhe chamam os habitantes da ilha, a prefeita Luz del Carmen Zasso se manifestou feliz pela concorrência de cientistas e turistas, mas também pelo bom tempo que fez na região.
Desde as 4h (5h de Brasília) um numeroso grupo de cientistas que pernoitou em tendas nas praias de Anakena, Al Tahai e Ahu Hakiri, esperaram com incerteza para que o mau tempo terminasse.
Para sua sorte, às 14h10 hora insular; 16h10 hora continental (17h10 em Brasília), quando começou o fenômeno, os ranis (céus) e as águas do tai (mar) eram de um azul intenso e pouco a pouco foram mudando de cor na medida que a Lua cruzava na frente do Sol.
No início do eclipse, o povo começou a gritar e a aplaudir, mas nos quatro minutos restantes, um silêncio sepulcral foi vivido em Rapa Nui e muitos cientistas lembraram que mais de algum nativo da ilha tinha-lhes advertido: "Aqui sempre há uma força que se impõe nos grandes fatos".
Anticipando-se à grande quantidade de gente que chegaria à ilha, os serviços de segurança foram reforçados, de modo que os Carabineiros (Muto'I Henua) prepararam diferentes lugares de Rapa Nui - como Rano Raraku, Togariki, Rano Kau, pelo menos duas praias, e os mirantes Tahai, Angora e Hanga Piko - para os espectadores.
Na capital chilena, o eclipse um fenômeno que não se observava desde o dia 11 de julho de 1991, pôde ser observado do planetário da Universidade de Santiago do Chile (Usach).
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