São conhecidos quatro planetas ao redor da estrela HR 8799, que está a 130  anos-luz de distância do Sol (aproximadamente 1,2 quatrilhões de  quilômetros).
Os corpos foram descobertos entre no final da década de 2000, após pesquisas  no observatório W. M. Keck e no telescópio Gemini North, ambos localizados no  Havaí. Eles não foram encontrados em 1998 pois ainda não eram conhecidas as  técnicas usadas atualmente para a detecção desses astros.
Planetas fora do Sistema Solar costumam ser detectados apenas pela influência  que exercem na trajetória das estrelas que orbitam e não são fotografados, já  que estão muito longe da Terra.
Mas no caso do sistema planetário ao redor de HR 8799 é diferente. Onze anos  após as imagens do Hubble, a equipe do astrônomo David Lafreniere, da  Universidade de Montreal, no Canadá, conseguiu ver o planeta com órbita maior,  após analisar as fotos do Hubble com uma tecnologia que diminui o brilho da  estrela e revela dados que estavam "escondidos".
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Nova técnica de processamento de imagem permitiu 'ver' planetas.
 (Foto:  R. Soummer / STScI / Nasa / ESA) 
Agora, cientistas do Space Telescope Science Institute (STScI, na sigla em  inglês), grupo que analisa imagens brutas obtidas por telescópios, conseguiram  não só detectar o planeta mais afastado da estrela como também outros dois com  órbitas menores. Eles foram coordenados pelo astrônomo Remi Soummer e melhoraram  a técnica desenvolvida por Lafreniere em 2009.
Somente o quarto planeta, o mais próximo de HR 8799, permanece sem ser  visualizado. Este astro foi conhecido somente em 2010 e os astrônomos conseguem  dizer apenas a distância que ele mantém da estrela: 2,4 bilhões de  quilômetros.
Os três planetas mais afastados têm órbitas que duram de 100 a 400 anos. Para  conhecer a trajetória desses astros, os cientistas precisam esperar muito tempo.  Mas o aproveitamento dos dados do Hubble permitiu conhecer quais eram as  posições dos planetas há 13 anos.
Para Soummer, sem os dados do Hubble, os astrônomos teriam de esperar mais  uma década para chegar às mesmas conclusões. Agora, a equipe do STScI quer  estudar outras 400 estrelas também registradas nos arquivos antigos do  telescópio espacial.
 

 
 

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