Da EFE - A sonda Cassini captou a formação e a evolução de  uma tempestade gigante que se estendeu por uma área de 15 mil quilômetros na  face norte de Saturno durante 200 dias e cujas imagens foram divulgadas nesta  quinta-feira (17) pela Nasa (agência espacial  americana).
Nas imagens é possível observar uma pequena mancha que aparece no dia 5 de  dezembro de 2010 e vai aumentando até se transformar em uma gigantesca  tempestade que, no final de janeiro de 2011, dá a volta em todo o planeta.
Trata-se da maior tempestade detectada nas últimas duas décadas em Saturno e  já observada de uma sonda interplanetária.
No mesmo dia que as câmeras de alta resolução da Cassini capturaram as  primeiras imagens da tempestade, o rádio da sonda e o instrumento de ondas de  plasma detectaram a atividade elétrica da tempestade, revelando que era uma  tempestade convectiva.
A Cassini confirmou que a fase ativa da tempestade terminou no final de  junho, mas suas nuvens turbulentas permanecem na atmosfera atual.
Este mosaico mostra a cauda da enorme tempestade de 200 dias que  envolveu Saturno. (Foto: NASA / JPL / AP Photo) 
"A tempestade de Saturno se parecia mais com um vulcão que com um sistema  climático terrestre", disse Andrew Ingersoll, integrante da equipe de imagens da  Cassini no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. "A pressão se  acumula durante muitos anos antes da tempestade explodir. O mistério é que não  há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos",  explicou Ingersoll em comunicado divulgado pela Nasa.
A Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997 junto com a sonda Huygens  da Agência Espacial Europeia (ESA). A nave chegou às imediações de Saturno em  2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.
Desde então os 12 instrumentos de Cassini estiveram transmitindo informação  do sistema de Saturno durante quase seis anos, ainda que a missão deveria ter  terminado no final de 2008.
No ano passado, a Nasa decidiu prolongar sua missão até 2017, o que permitirá  aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e em suas luas.
 

 
 

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