Da EFE -A velocidade de rotação do planeta Vênus é inferior do que a comunidade  científica tinha calculado até o momento, informou nesta sexta-feira  (10) a Agência Espacial Europeia (ESA), que comparou suas últimas  medições com as realizadas no começo da década de 1990.
  Os cientistas estudaram os dados proporcionados pela sonda Vênus  Express, que entrou em sua órbita em abril de 2006 para estudar em  detalhe o planeta e sua atmosfera mediante seu Espectrômetro de Imagem  Infravermelha e Visível, e comprovaram que havia detalhes de sua  superfície que não apareciam onde eram esperados.
  Se for mantido o ritmo de rotação calculado pelo satélite Magellan da  Nasa no começo dos anos 90, os traços analisados teriam que estar  situados a cerca de 20 quilômetros mais ao norte, segundo informou a ESA  em comunicado.
 Vênus gira ao redor de seu eixo em aproximadamente 243 dias. (Foto: Nasa)
  "Quando os dois mapas não coincidiram, a princípio pensei que havia um  erro em meus cálculos, porque as medições do Magellan foram muito  precisas, mas comprovamos qualquer possível falha que nos ocorreu", diz  na nota o cientista planetário Nils Müller, do Centro Aeroespacial  alemão DLR.
  Os cientistas estabeleceram com os dados proporcionados pela missão do  Magellan que uma rotação completa de Vênus equivalia a 243 dias da  Terra, mas as observações da superfície facilitadas pela Vênus Express  só poderiam coincidir com a primeira se seus dias fossem 6,5 minutos  superiores ao calculado.
  Recentes modelos atmosféricos mostraram que o planeta poderia ter  diminuído seus ciclos climáticos durante as últimas décadas, o que  também poderia ter feito variar os períodos de rotação, mas nenhuma das  razões com que a comunidade científica trabalha é definitiva.
  Outro dos cientistas ocupados neste projeto, Hakan Svedhem, diz que  calcular a velocidade de rotação desse planeta ajudará a planejar  futuras missões, porque 'será preciso informação precisa para selecionar  lugares potenciais de aterrissagem'.
  A ESA explica que na Terra o tamanho dos dias pode chegar a variar  cerca de um milissegundo ao ano e se vê afetada pelos ventos e as marés  nesse período.
  Com missões como a Venus Express, se espera poder determinar como esse  tipo de forças afetam Vênus, o que, segundo a ESA, ajudaria a descobrir,  entre outros fatores, a composição de seu núcleo.
 

 
 

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