
 A China
 vai lançar, na tarde de sábado (16), a nave tripulada Shenzhou IX, a 
quarta deste tipo, com uma novidade a bordo: a primeira mulher 
astronauta chinesa, Liu Yang.
 A expectativa é que Liu, que irá acompanhada de dois homens, melhore a 
"eficiência" do trabalho da tripulação, segundo a porta-voz, Wu Ping, em
 entrevista na plataforma de lançamento, situada na província de Gansu 
(noroeste), segundo a agência oficial Xinhua.
 
 
Liu Yang, a primeira astronauta chinesa, posa para fotos nesta sexta-feira (15) (Foto: AP)
 Liu se somará à lista de mais de 50 mulheres astronautas que viajaram 
ao espaço desde que a russa Valentina Tereshkova se tornou a primeira 
cosmonauta em 1963, dois anos depois da histórica viagem de Yuri 
Gagarin.
 A designação de Liu foi anunciada nesta semana após um longo processo 
de seleção que deu preferência a mulheres casadas e com filhos (embora 
esse não seja o caso da escolhida), devido ao fato de o voo espacial e a
 possível exposição à radiação poderem causar infertilidade.
 Os critérios da escolha são rigorosos. A escolhida tinha, entre outros,
 de ter dentes perfeitos, pele sem calos ou problemas, bom hálito e odor
 corporal agradável -o contrário pode ser um problema durante a 
permanência no espaço.
 Além disso, com esta missão, a China realizará o primeiro acoplamento 
de uma nave tripulada ao módulo chinês Tiangong I, lançado no último mês
 de setembro e criado para hospedar os tripulantes e servir de base para
 experimentos científicos que desenvolverão durante dez dias.
 Os astronautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang embarcarão às 7h37 de 
sábado (de Brasília) na Shenzhou IX, que será propulsada ao espaço por 
um foguete desde o Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no 
deserto noroeste da China.
 O lançamento foi anunciado em fevereiro, mas na ocasião foi informado 
que seria uma nave não tripulada com animais e sementes a bordo para 
realizar experimentos em condições de gravidade zero e radiação.
 Este será a quarta viagem tripulada da China depois das realizados em 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008.
 Segundo dados oficiais chineses, a China se situa no segundo posto no 
número de lançamentos depois da Rússia, embora os analistas considerem 
que o país asiático tem atualmente o nível tecnológico de Estados Unidos
 e União Soviética na década de 1960.
 
 
 

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