Pesquisa mostrou ainda que formato do astro varia menos que o esperado.
Astrônomo brasileiro integrou a equipe que fez a descoberta.
Uma equipe internacional de cientistas, com a participação de um 
astrônomo brasileiro, revelou que o Sol é “o objeto natural mais redondo
 já medido”. O estudo que chegou à conclusão foi publicado nesta 
quinta-feira (16) na edição online da prestigiada revista “Science”.
Além disso, eles descobriram que o formato e o tamanho do Sol são 
constantes, o que é uma novidade. O Sol tem ciclos de 11 anos, em que 
seu campo magnético sofre variações. Até esse momento, os astrônomos 
acreditavam que o formato da estrela também passava por alterações, mas o
 atual estudo mostrou que isso não acontece.

Imagem do Sol obtida pelo SDO e usada no estudo (Foto: Nasa/SDO)
O Sol tem um formato elíptico, assim como a Terra. No entanto, a Terra 
tem uma diferença considerável no tamanho de seu raio em relação ao 
Equador e aos pólos. No Sol, essa variação é muito pequena. Se o astro 
fosse do tamanho de uma bola de futebol, a diferença não seria maior que
 a grossura de um fio de cabelo humano.
“Achava-se que haveria um achatamento dos polos maior do que a gente 
encontrou”, afirmou Marcelo Emílio, professor da Universidade Estadual 
de Ponta Grossa (PR). Ele desenvolveu o trabalho durante estudos de 
pós-doutorado na Universidade do Havaí, nos EUA, em parceria com os 
pesquisadores Jeff Kuhn e Isabelle Scholl. Rock Bush, da Universidade de
 Stanford, nos EUA, também assina o estudo.
Rotação
Emílio explicou que a composição do Sol faz com que ele tenha movimentos muito diferentes dos da Terra. O que vemos do astro é sua parte externa, formada por gases, e esses gases se comportam de maneira diferente do nosso planeta – rochoso –, que os cientistas chamam de “corpo rígido”. Por isso, ele gira mais rápido no Equador do que nos polos.
Emílio explicou que a composição do Sol faz com que ele tenha movimentos muito diferentes dos da Terra. O que vemos do astro é sua parte externa, formada por gases, e esses gases se comportam de maneira diferente do nosso planeta – rochoso –, que os cientistas chamam de “corpo rígido”. Por isso, ele gira mais rápido no Equador do que nos polos.
Os autores acreditam que a descoberta sobre a forma do Sol possa ter 
relação com a rotação do astro. “Estamos tentando entender melhor os 
mecanismos que fazem o Sol funcionar como funciona”, disse o pesquisador
 brasileiro.
A partir daí, novos estudos podem ser feitos nesse sentido, para chegar
 a uma previsão mais precisa do comportamento solar. “Não conhecemos as 
variações do sol em longo prazo”, completou Emílio.
As variações na rotação do Sol influenciam a atividade da estrela de 
várias formas. Uma delas é seu campo magnético, que tem ciclos em que 
fica mais fraco ou mais forte. Neste ano, várias tempestades magnéticas 
do Sol já atingiram a Terra, e esse fenômeno afeta o funcionamento de 
satélites e a comunicação por rádio.
 
 
 

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