Astrônomos não tinham consenso para explicar jatos simétricos.
Estudo do Observatório Europeu do Sul foi publicado pela 'Science'.
Nebulosa planetária Fleming 1 (Foto: ESO/H. Boffin)
 Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (8) resolve uma questão que 
os astrônomos tentavam solucionar havia tempos. A observação feita pela 
equipe do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), do qual
 o Brasil faz parte, confirmou uma teoria já existente, e pode servir 
ainda para aprimorá-la.
 O estudo é sobre um fenômeno conhecido como nebulosa planetária que, 
apesar do nome, não envolve um planeta, de fato. Uma nebulosa planetária
 é uma concha brilhante de gás situada em torno de anãs-brancas – 
estrelas do mesmo tipo que o Sol, no último estágio de vida.
 Mais especificamente, a nebulosa estudada foi a Fleming 1, conhecida 
por ter jatos extraordinariamente simétricos, o que é estranho para 
conjuntos como esse. Os astrônomos nunca haviam chegado a um consenso 
para explicar esse comportamento atípico.
 O grupo liderado por Henri Boffin combinou observações do telescópio 
VLT e dados anteriores e concluiu que, no centro dessa nebulosa não há 
apenas uma, mas sim duas estrelas, que giram uma em torno da outra.
 Pares como esse são conhecidos como estrelas binárias, e a hipótese já 
tinha sido apresentada para explicar esse fenômeno. Com a descoberta, os
 cientistas melhoram a compreensão de como esses conjuntos se formam no 
Universo.
 "Os nossos resultados confirmam de modo consistente o papel 
desempenhado pela interação entre pares de estrelas, no sentido de darem
 forma, ou até formarem, as nebulosas planetárias," afirmou Boffin, em 
material divulgado pelo ESO.
 

 
 

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