Principal descoberta é que Makemake não possui atmosfera.
Corpo celeste fica no Sistema Solar, mais distante que Plutão.
 Uma equipe internacional de astrônomos publicou nesta quarta-feira (21)
 o mais completo estudo já feito sobre o planeta-anão Makemake que fica 
no Sistema Solar, mais distante do Sol que Plutão. Os resultados obtidos
 pela pesquisa estão nas páginas da revista científica “Nature”.
 A principal descoberta foi a constatação de que o planeta-anão não 
possui uma atmosfera, o que é uma surpresa. Até o momento, o que os 
cientistas imaginavam que ele teria uma, assim como Plutão, considerado 
um corpo celeste “irmão" de Makemake.
 
 
Concepção artística do planeta-anão Makemak 
(Imagem: ESO/L. Calçada/Nick Risinger)
 Makemake é menor que Plutão, com cerca de dois terços de seu tamanho. O
 planeta-anão de maior massa do Sistema Solar é Éris, que fica ainda 
mais distante que Makemake.
 Até o momento, pouco se sabia sobre as condições do local. O estudo foi
 possível quando Makemake passou em frente a uma estrela, em um fenômeno
 conhecido na astronomia como “ocultação estelar” – a lógica é a mesma 
que a de um eclipse total, quando a Lua nos impede de ver o Sol.
 O desaparecimento e o ressurgimento da estrela se deram de forma 
abrupta. Se Makemake tivesse uma atmosfera, como Plutão tem, essa 
alteração de luzes aconteceria gradualmente. O fenômeno ocorreu em abril
 de 2011, mas a leitura dos dados é complexa, e só agora foi possível 
publicar as conclusões.
 O evento durou apenas um minuto foi observado por diversos telescópios 
situados no Chile e no Brasil – vários astrônomos brasileiros 
participaram da equipe responsável pelo projeto, inclusive. O líder do 
grupo foi José Luis Ortiz, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, na 
Espanha.
 O estudo também revelou outras informações sobre a composição do 
planeta-anão, como a sua densidade e sua capacidade de refletir a luz do
 Sol.
 
 
 

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