Informações foram reveladas a partir de medições de sondas da Nasa.
Estudo sobre o tema foi publicado nesta quinta-feira na revista 'Science'.
 Os asteroides e cometas que colidiram com a Lua não apenas tornaram sua
 superfície esburacada, mas também provocaram profundas fraturas na 
crosta do satélite terrestre, disseram pesquisadores da Agência espacial
 americana, a Nasa.
 A informações foram reveladas a partir de medições de sondas da missão 
Grail (Laboratório Interior e de Recuperação de Gravidade, na sigla em 
inglês), surpreendendo cientistas que tiveram seus trabalhos publicados 
nesta quinta-feira (6) na edição impressa da "Science".
 A descoberta pode ajudar a decifrar um enigma sobre Marte. No planeta 
vizinho da Terra, fraturas similares podem ter proporcionado um caminho 
para que a água da superfície penetrasse profundamente no solo, onde ela
 pode estar até hoje, afirmaram os cientistas.
 "Marte pode ter tido um antigo oceano e todos nós nos perguntamos para 
onde ele foi. Bem, esse oceano pode muito bem estar no subterrâneo", 
afirmou a cientista Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de 
Massachusetts (MIT).
 "Sabia-se que os planetas rochosos do Sistema Solar tinham sofrido 
muitos impactos há vários bilhões de anos, mas ninguém pensava que a 
superfície lunar tivesse sido tão maciçamente bombardeada", destacou 
Maria Zuber, professora de Geofísica no Massachusetts Institute of 
Technology (MIT), encarregada científica da missão.
 As duas sondas gêmeas, em órbita polar desde janeiro passado, fizeram 
medições muito precisas do campo gravitacional lunar que revelaram a 
divisão das massas, assim como a espessura e a composição dos diferentes
 estratos da Lua, até seu núcleo.
 Deixaram claro, por exemplo, que a crosta lunar é muito mais fina do 
que pensavam os cientistas, ao apresentar uma espessura de 34 km a 43 
km, de 6 km a 12 km a menos do que o se tinha calculado até agora.
 
 
Imagem feita pelas sondas da Nasa mostra mapeamento feito na superfície da Lua 
(Foto: Nasa)
 A composição da Lua aparece, então, como "similar à da Terra, o que 
alimenta a teoria de que está formada por materiais terrestres 
espalhados após um enorme impacto no começo da história do Sistema 
Solar", explicou Mark Wieczorek, do Instituto de Física do Globo de 
Paris, autor de um dos três estudos sobre os resultados da missão Grail.
 Estas pesquisas foram apresentadas na conferência anual da American 
Geophysical Union, em San Francisco nesta quarta-feira (5). Em relação à
 sua superfície, o interior da Lua parece extremamente regular. Os 
cientistas descobriram que a maior parte das variações constatadas no 
campo gravitacional eram produto de formações geológicas produzidas na 
superfície, como montanhas ou crateras.
 A crosta externa da lua carece de estruturas rochosas densas e é 
constituída, provavelmente, por materiais porosos ou pulverizados. O 
mapa do interior da Lua revela, por sua vez, a existência de mapas mais 
densas, formadas por magma vulcânico, que terminou se solidificando e 
formando densas paredes rochosas.
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*Com informações da Reuters e da France Presse
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