Olho do furacão é 20 vezes maior que vórtice de uma tempestade terrestre.
Imagem foi captada pela sonda Cassini, da Nasa.
 
 
Imagem
 colorida artificialmente mostra furacão registrado pela sonda Cassini 
no Polo Norte de Saturno. O olho do furacão se assemelha a uma botão de 
rosa vermelha (Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI)
 Cientistas da agência espacial americana, Nasa,
 identificaram que uma tempestade no Polo Norte de Saturno é, na 
verdade, um furacão com um vórtice (região central do fenômeno) com 
largura equivalente a 20 vezes o tamanho do olho de um furacão na Terra.
 Seu tamanho é de 2 mil km, segundo a Nasa.
A tempestade, captada pela sonda Cassini, havia sido divulgada 
inicialmente em novembro do ano passado, mas somente agora a equipe 
revelou dados a respeito.
De acordo com os pesquisadores, a velocidade dos ventos do furacão de 
Saturno era quatro vezes mais rápida se comparada ao máximo que pode 
atingir um fenômeno terrestre.
Por aqui, a velocidade dessas tempestades é subdivida em cinco 
categorias de força pela escala Saffir-Simpson. Fenômenos classificados 
na categoria 1 têm ventos de até 152 km/h. Tempestades com ventos entre 
153 km/h e 176 km/h estão na categoria 2.
Furacões com ventos entre 177 km/h e 207 km/h são classificados na 
categoria 3. Foram classificados neste patamar os fenômenos Katrina, que
 devastou Nova Orleans em 2005, e matou 1.700 pessoas, e Glória, que 
1985 atingiu a região da Carolina do Norte e Nova York e causou oito 
mortes.
Na categoria 4, os ventos têm velocidade entre 209 km e 250 km. Já os 
furacões classificados na categoria 5 são aqueles que registram ventos 
com velocidade acima de 251 km/h, de acordo com o meteorologista do 
Inmet.
A Nasa afirma que estudar o furacão no Polo Norte de Saturno pode 
auxiliar em descobertas sobre a formação deles na Terra. O fenômeno 
climático é resultado da combinação de alta temperatura na superfície do
 oceano, elevada quantidade de chuvas e queda da pressão do ar (sistema 
que favorece uma subida mais rápida do ar e uma constante evaporação da 
água do mar). Esse sistema costuma se formar em áreas próximas à Linha 
do Equador.
A missão Cassini-Huygens é um projeto de cooperação entre a Nasa, a 
Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI). As 
duas câmeras a bordo da sonda foram projetadas, desenvolvidas e montadas
 no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, em Pasadena, na 
Califórnia. A equipe que trabalha com as imagens fica no Instituto de 
Ciência Espacial em Boulder, no Colorado.
 
 
 

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