Processo ocorre a cada 11 anos, informa a Nasa.
Erupções de energia podem aumentar durante a fase de 'máximo solar'.
 
 
Imagem da Nasa mostra o Sol em meio a uma erupção, em maio deste ano.
 (Foto: AP/Observatório de Dinâmica Solar da Nasa)
 Nos próximos três a quatro meses o campo magnético do Sol completará 
uma inversão de polaridade, um processo que ocorre dentro de um ciclo de
 11 anos que está quase na metade, informou nesta quarta-feira a Nasa 
(agência espacial americana).
"Esta mudança terá repercussões em todo o Sistema Solar", disse o 
físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford (Califórnia), em
 declarações para a agência espacial. A inversão de polaridade - norte e
 sul trocam de posição - ocorre quando o dínamo magnético interno do Sol
 se reorganiza.
Durante essa fase, que os físicos denominam máximo solar, as erupções 
de energia podem aumentar os raios cósmicos e ultravioleta que chegam à 
Terra, e isto pode interferir nas comunicações de rádio e afetar a 
temperatura do planeta.
Hoeksema é diretor do observatório Solar Wilcox, de Stanford, um dos 
poucos observatórios do mundo que estudam os campos magnéticos do Sol e 
cujos magnetogramas observaram o magnetismo polar da estrela a partir de
 1976, desde quando já foram registrados três ciclos.
Phil Scherrer, outro físico solar em Stanford, disse que "os campos 
magnéticos polares do Sol se debilitam, ficam em zero, e depois emergem 
novamente com a polaridade oposta. É parte regular do ciclo solar".
O alcance da influência magnética solar, conhecida como heliosfera, se 
estende a bilhões de quilômetros além de Plutão, e as sondas Voyager, 
lançadas em 1977, que agora rondam o umbral do espaço interestelar, 
captam essa influência.
 
 
 

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